medicina e exercicio
Pesquisar
Pesquisar

Cardiologia Pediátrica

O que é cardiologia pediátrica?

A Cardiologia Pediátrica é a subespecialidade da cardiologia que cuida do coração de bebês, crianças e adolescentes.

Ela pode tanto tratar doenças congênitas (presentes ao nascimento) quanto aquelas que foram adquiridas nos primeiros anos de vida.

A importância desta especialidade é que o coração apresenta características próprias nesta faixa etária, em relação ao tamanho, peso e frequência cardíaca, o que exige abordagens igualmente específicas.

Além disso, os problemas vistos neste grupo são diferentes daqueles habitualmente vistos nos adultos.

Sopro cardíaco

O sopro cardíaco é o motivo mais frequente de encaminhamento ao cardiologista pediátrico.

Ele se refere a um ruído produzido pela passagem do fluxo de sangue através das estruturas do coração, sendo observado durante a auscuta cardíaca.

Na maior parte das vezes, o sopro representa uma variação da normalidade. São chamados de sopros inocentes e não envolvem maiores preocupações. Em outros casos, porém, eles podem ser o primeiro indício de um outro problema cardíaco.

Dependendo do tipo de alteração observado na auscuta cardíaco, outros exames, como o eletrocardiograma ou o ecocardiograma, poderão ser solicitados.

A preocupação aumenta no caso de crianças prematuras, uma vez que aproximadamente 50% dos recém nascidos com peso abaixo de 1.500g têm algum tipo de cardiopatia. Quanto menor o peso de nascimento, maior é este risco.

Certos medicamentos, drogas, álcool e doenças maternas também aumentam o risco de malformações cardíacas no feto.

Por fim, é preciso estar atento a sinais e sintomas como infecções respiratórias de repetição, desmaios, dores torácicas, cansaço fácil ao se exercitar, dificuldade para deglutir, sudorese quando mama, respiração ofegante ou ganho de peso abaixo do esperado.

Arritmia na infância

A Arritmia se refere a um ritmo irregular no batimento do coração, que pode acometer tanto adultos como crianças.

O Ritmo de batimentos do coração é mantido por um pequeno “circuito elétrico” que corre através dos nervos nas paredes do coração. Quando este circuito está funcionando de forma incorreta, o paciente pode desenvolver a arritmia.

Algumas crianças nascem com anormalidades no circuito elétrico do coração, enquanto outras podem desenvolver as arritmias em decorrência de infecções ou desequilíbrios químicos presentes no sangue.

Certos tipos de arritmias são considerados comuns durante a infância e não requerem cuidados específicos, enquanto outras precisam ser tratadas.

Os batimentos cardíacos prematuros, por exemplo, são uma forma de arritmia que não requer nenhum tratamento. Esta é uma condição no qual se considerada que o coração “pulou uma batida”.

Por outro lado, o Flutter e a Fibrilação são arritmias consideradas verdadeiras e que exigem investigação e tratamento pelo Cardiologista Pediátrico

Miocardite

Entre as doenças cardíacas adquiridas na infância, a mais perigosa é a miocardite. Esta é também a causa mais comum de dilatação e disfunção no coração durante a infância.

A miocardite se refere a uma inflamação no músculo cardíaco, geralmente provocada pela evolução de um quadro viral. Ela pode ser provocada como complicação de infecções por adenovírus, influenza, vírus sincicial respiratório ou ainda pelo enterovírus, o mesmo que provoca a diarreia.

Algumas bactérias e outras doenças virais como a rubéola, a catapora e a infecção por citomegalovírus (vírus da família do herpes) também podem evoluir para miocardite.

A inflamação do míusculo cardíaco impede o bombeamento adequado do sangue, levando a um quadro de insuficiência cardíaca, que pode ser muito grave.

A boa notícia é que, ao contrário os adultos, a maioria das crianças com miocardite se recupera totalmente e sem sequelas.

Hipertensão Arterial

A Hipertensão Arterial, ou Pressão Alta, é um problema habitualmente relacionada ao avanço da idade, mas que pode também ser diagnosticada durante a infância.

Ela é considerada uma doença silenciosa, já que pode estar presente por muito tempo sem que o paciente tenha qualquer queixa. Mesmo que assintomática, ela pode ter diversas repercussões negativas no corpo.

Nos primeiros anos de vida, a pressão alta pode se desenvolver em decorrência de alguma doença de base, especialmente de doenças renais, endócrinas, cardíacas ou pulmonares.

Prematuros e crianças que nascem com baixo peso também estão sujeitas a desenvolver hipertensão arterial secundária.

Na adolescência, ela pode se desenvolver em decorrência de fatores como sedentarismo, obesidade, tabagismo, alcoolismo e uso de esteroides anabolizantes ou pílulas anticoncepcionais.

Discutimos mais a respeito em um artigo sobre a Hipertensão Arterial na infância e adolescência.

Colesterol Alto

O Colesterol Alto é um problema popularmente associado a pessoas mais velhas e obesas. Entretanto, ele pode acometer pessoas mais jovens e mesmo aquelas com peso dentro do esperado.

A genética pode ter forte influencia, especialmente no caso de uma condição conhecida por hipercolesterolemia familiar. Mesmo nestes pacientes, outros fatores contribuem para o aumento nos níveis de colesterol.

A causa mais comum para o aumento no colesterol na infância é a obesidade. Entretanto, uma alimentação inadequada pode levar ao aumento do colesterol em pessoas não obesas. O excesso de biscoitos recheados, sorvetes, doces em geral e carnes gordas estão entre os principais vilões.

Por fim, outras doenças, como o hipotireoidismo e o Diabetes também podem estar associados a um colesterol elevado.

Defeitos congênitos do coração

Os defeitos congênitos do coração se referem às mal formações cardíacas que ocorrem durante o desenvolvimento fetal.

Algumas delas são diagnosticadas ainda intraútero, enquanto outras são diagnosticadas ao nascimento.

Muitas das mal formações cardíacas acontecem sem um motivo aparente. Entretanto, alguns fatores de risco devem ser levados em consideração.

A preocupação aumenta no caso de crianças prematuras, uma vez que aproximadamente 50% dos recém-nascidos com peso abaixo de 1.500g têm algum tipo de cardiopatia. Quanto menor o peso de nascimento, maior é este risco.

Certos medicamentos, drogas, álcool e doenças maternas também aumentam o risco de malformações cardíacas no feto.

Por fim, é preciso estar atento a sinais e sintomas como infecções respiratórias de repetição, desmaios, dores torácicas, cansaço fácil ao se exercitar, dificuldade para deglutir, sudorese quando mama, respiração ofegante ou ganho de peso abaixo do esperado. Todos estes sintomas podem ser um sinal de algum problema cardíaco.

As mal formações cardíacas mais comuns incluem: