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Menopausa Precoce

Menopausa Precoce X Insuficiência Ovariana Prematura

A Menopausa Precoce é caracterizada quando acontece antes dos 40 anos de idade. Ela ocorre em cerca de uma a cada 1000 mulheres abaixo dos 30 anos e em uma a cada 100 mulheres abaixo dos 40 anos (1).

A menopausa é o fim dos ciclos menstruais na mulher que acontece em decorrência da perda da função dos ovários. Por definição, ela fica caracterizada quando a mulher passa um ano completo sem menstruar.

Já a Insuficiência Ovariana Prematura se caracteriza por uma redução gradativa que ocorre na função ovariana. Os sintomas podem variar entre a ausência total de menstruações (amenorreia) à fluxos menstruais muito espaçados e de pequena intensidade.

Ainda que os sintomas e os riscos sejam semelhantes nas duas condições, existe uma diferença fundamental:

  • Na Insuficiência Ovariana Prematura, a possibilidade de gestação espontânea é reduzida, mas não é nula;
  • Na Menopausa Precoce, a gestação definitivamente não pode acontecer.

O problema é que, ao menos que os ovários tenham sido removidos cirurgicamente ou que se tenha uma explicação clara para a falência ovariana, pode ser difícil diferenciar estas condições.

Quais os sintomas?

Os sintomas da Menopausa Precoce são semelhantes aos de outras mulheres na menopausa e incluem:

Quais as causas?

A menopausa precoce pode ser causada por uma condição médica ou tratamento. Entretanto, em muitos casos ela não tem nenhuma causa conhecida, sendo então denominada de menopausa precoce espontânea.

Os possíveis fatores que podem causar menopausa prematura incluem:

  • Cirurgia para a remoção do útero ou dos ovários;
  • Efeito de quimioterapia ou radioterapia;
  • Certas condições médicas, incluindo anomalidades cromossômicas, doenças inflamatórias (Artrite Reumatóide, Doença Intestinal Inflamatória), Infecção por HIV ou caxumba;
  • Histórico familiar de menopausa em idade precoce;
  • Mulheres muito magras (especialmente mulheres com Anorexia);
  • Tabagismo.

Quais as consequências da Menopausa Precoce?

Mulheres que passam pela menopausa precoce passam grande parte de suas vidas sem os efeitos protetivos proporcionados pelo estrogênio. Assim, ela está associada a riscos aumentados para vários problemas médicos, incluindo:

  • Doenças neurológicas, especialmente a demência;
  • Disfunção sexual;
  • Infertilidade;
  • Doença cardíaca;
  • Transtornos de Humor;
  • Osteoporose.

Como a Menopausa Precoce é diagnosticada?

Em muitos casos, pode ser diagnosticada apenas com base na história clínica.

Como diagnóstico diferencial, é importante que sejam descartadas a possibilidade de gravidez e também de doenças da Tireoide, as quais podem inibir a produção e liberação de estrógeno.

O exame de sangue também pode ajudar no diagnóstico:

  • Níveis baixos de estradiol (uma forma de estrogênio) são indicativos de que os ovários estão começando a falhar. Quando os níveis de estradiol estão abaixo de 30, provavelmente será um sinal de que a mulher está na menopausa;
  • FSH superior a 40 mIU / mL geralmente indicam que a pessoa está na menopausa. O FSH é um hormônio que estimula a liberação de estrogênio. Assim, quando os ovários diminuem a produção de estrogênio (como no caso da Menopausa Precoce), os níveis de FSH aumentam.

Tratamento

Infelizmente, não existe nenhum tratamento capaz de reverter a menopausa precoce. O tratamento tem como objetivo minimizar os sintomas e os riscos à saúde relacionados à menopausa precoce.

Dados os riscos associados à saúde, a terapia de Reposição Hormonal Feminina é rotineiramente recomendada para todas as mulheres com menopausa precoce. Ela só não deve ser feita quando há uma razão convincente para que isso.

Por fim, é fundamental que a mulher adote um estilo de vida saudável. Isso inclui uma boa alimentação, a manutenção de um peso saudável, a prática regular de atividade física e uma boa higiene de sono.

Tratamento da Infertilidade

Embora existam técnicas sendo desenvolvidas e estudas, não existe no momento nenhum tratamento comprovado capaz de restaurar a fertilidade.

Algumas mulheres e seus parceiros engravidam por meio da fertilização in vitro, usando óvulos de doadores.

O procedimento envolve a remoção de óvulos de uma doadora e a fertilização deles com o esperma do pai. Um óvulo fertilizado (embrião) é então colocado no útero.