Hipogonadismo Feminino
O que é Hipogonadismo Feminino?
O hipogonadismo feminino é uma condição na qual os ovários não funcionam normalmente. Ele envolve uma produção deficiente de óvulos e dos hormônios sexuais femininos (estrogênio e progesterona).
Qual a causa Hipogonadismo Feminino?
O hipogonadismo nas mulheres se desenvolve em decorrência da ruptura de qualquer seção da via do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano.
A partir da puberdade, o hipotálamo feminino produz um hormônio denominado de Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH).
O GnRH estimula a hipófise a produzir dois outros hormônios, o Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) e o Hormônio Luteinizante (LH).
FSH e LH agem então nos ovários para estimular a produção de estrogênio e progesterona.
Tipos de Hipogonadismo Feminino
O hipogonadismo feminino se divide em dois tipos:
Hipogonadismo primário
Decorrente de uma condição que afeta diretamente os ovários.
Ele é também chamado de Hipogonadismo Hipergonadotrófico.
Hipogonadismo secundário
Decorrente de uma condição que acomete o hipotálamo ou a hipófise.
A hipófise, sob estímulo do hipotálamo, é responsável pela produção dos hormônios LH e FSH, os quais estimulam o funcionamento dos ovários.
Na ausência destes hormônios, os ovários deixam de funcionar normalmente.
O hipogonadismo secundário é chamado também de Hipogonadismo Hipogonadotrófico.
Hipogonadismo Feminino Congênito X Adquirido
O Hipogonadismo Feminino primário ou secundário podem ser tanto congênitos como adquiridos.
As principais causas para isso são mostradas na tabela abaixo:
PRIMÁRIO | SECUNDÁRIO | |
CONGÊNITO | Causa desconhecida na maioria dos pacientes. | Mutações genéticas, como a síndrome de Kallmann. |
ADQUIRIDO |
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Quais os sintomas do Hipogonadismo Feminino?
Após a puberdade, os sinais e sintomas do hipogonadismo incluem:
- Amenorreia secundária (interrupção da menstruação por 3 meses ou menstruação irregular por 6 meses);
- Palpitação;
- Fadiga
- Intolerância ao calor;
- Rubor;
- Sudorese noturna,
- Irritabilidade, ansiedade e depressão;
- Insônia
- Perda de libido,
- Secura vaginal
- Infertilidade feminina.
Complicações da deficiência de estrogênio
Os riscos a longo prazo da deficiência de estrogênio incluem um risco aumentado de osteoporose e de doenças cardiovasculares.
O risco é maior quanto mais jovem a mulher desenvolve o problema.
Por outro lado, o risco de câncer de mama pode ser ligeiramente reduzido.
Diagnostico
Os exames iniciais para a avaliação do paciente com suspeita de Hipogonadismo feminino incluem:
Exame de sangue
- Gonadotrofina coriônica humana (hCG), com o objetivo de excluir a possibilidade de gravidez;
- FSH e LH: quando baixos, são indicativos de Hipogonadismo Hipogonadotrófico (secundário);
- Estradiol;
- Prolactina sérica: quando elevado, é indicativo de problema na hipófise.
Exames de imagem - Ultrassonografia pélvica: permite a avaliação dos ovários;
- Ressonância magnética de crânio: permite a avaliação da Hipófise e do Crânio.
Tratamento
A reposição Hormonal é a principal forma de tratamento disponível para o Hipogonadismo Feminino. Entretanto, os riscos e benefícios deste tratamento devem ser avaliados individualmente.
Como regra geral, as mulheres em idade reprodutiva devem receber terapia de reposição hormonal.
Após a menopausa, a terapia de reposição hormonal é indicada na mulher com sintomas significativos.
Discutimos mais a respeito no artigo sobre a Reposição Hormonal Feminina.
Os principais benefícios da reposição hormonal incluem:
- Prevenção da Osteoporose;
- Prevenção de Doenças cardiovasculares;
- Prevenção da Atrofia Urogenital.
- Por outro lado, a reposição Hormonal aumenta o risco para as seguintes condições:
- Câncer de mama;
- Tromboembolismo venoso;
- Acidente vascular cerebral;
- Doença Arterial Coronariana.