Endocrinologia Esportiva

[accordion-model-lca titulo=”Importância dos hormônios para o atleta”]

O sistema endócrino compreende várias glândulas secretoras de hormônio distribuídas por todo o corpo.

Esses mensageiros químicos agem dos diferentes órgãos e tecidos do corpo, regulando processos diretamente relacionados ao desempenho esportivo.

Entre estes processos, incluem-se:

  • Metabolismo de músculos e gordura;
  • Regulação energética;
  • Estados de sono e vigília;
  • Frequência cardíaca e respiratória;
  • Recuperação pós-treino;
  • Ciclo Menstrual;
  • Sistema Imunológico
  • Outros.

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[accordion-model-lca titulo=”Regulação dos níveis hormonais”]

Os vários hormônios produzidos pelo sistema endócrino não funcionam isoladamente. A produção e liberação de cada hormônio possui uma complexa rede de regulação que envolve a alimentação, sono, prática de atividades físicas e condições gerais de saúde.

Além disso, os diferentes hormônios interagem entre sí, estimulando ou inibindo a liberação um do outro.

Os níveis hormonais podem ser positiva ou negativamente afetados por diferentes aspectos relacionados ao estilo de vida. Isso é ainda mais importante no caso dos atletas.

Uma testosterona baixa, por exemplo, pode estar relacionada a uma doença que afete a produção do hormônio ou seus sinalizadores. Mas, na maior parte das vezes, esta redução nos níveis hormonais é apenas uma resposta a um estilo de vida pouco saudável ou mesmo ao excesso de treino.

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[accordion-model-lca titulo=”Como a Endocrinologia Esportiva pode ajudar o atleta?”]

Muitos associam a Endocrinologia Esportiva ao uso de testosterona ou esteroides anabolizantes.

Na maior parte das vezes, este não é o caso. O uso destes hormônios só é recomendado em casos bastante específicos de doenças que levem ao comprometimento da produção hormonal, condições estas ainda menos comuns nos atletas.

Por outro lado, o endocrinologista esportivo pode atuar com recomendações de mudanças no estilo de vida ou mesmo na rotina de treinamento para favorecer um melhor equilíbrio hormonal.

Pode atuar, também, na identificação e tratamento de eventuais doenças do sistema endócrino que possam afetar a saúde e o desempenho esportivo do atleta.

Um exemplo disso é a Síndrome da Deficiência Energética do Atleta (RED-S), condição que, entre outras coisas, compromete a produção de diferentes hormônios.

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[accordion-model-lca titulo=”Atividade física e esportiva para o diabético”]

Toda a população deve ser recomendada a manter uma prática regular de atividades físicas. No entonto, isso é ainda mais importante para o paciente diabético.

O exercício aumenta a sensibilidade à insulina, o que ajuda o diabético mover o açúcar do sangue para dentro das células, onde será usado como fonte de energia. Isso ajuda a manter a glicemia sob controle.

Além disso, a atividade física ajuda o diabético a perder peso, o que é outra parte fundamental do tratamento da Diabetes tipo 2.

Por fim, o exercício físico ajuda no controle de diversos outros fatores de risco cardiovascular, incluindo o colesterol alto, a Doença Arterial Coronariana e a Hipertensão Arterial Sistêmica.

Isso é de suma importância, visto que o Infarto Agudo do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral são duas das mais temidas complicações associadas ao Diabetes.

Por outro lado, a atividade física exige um controle mais próximo da glicemia. Como o gasto energético durante o exercício é elevado, há o risco de o paciente desenvolver hipoglicemia, caso um ajuste nos medicamentos / insulina não seja realizado. O endocrinologista esportivo pode, desta forma, ajudar a montar uma estratégia de medicamentos e treinamentos, a depender dos objetivos de cada paciente.

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[accordion-model-lca titulo=”Atividade física pelo paciente com hipotireoidismo”]

O hipotireoidismo faz com que o metabolismo fique mais lento, causando inchaço, palpitações, fadiga, depressão, dores musculares e dores nas articulações. Tudo isso contribui para o ganho de peso e para o desenvolvimento da obesidade.

O exercício físico, por outro lado, pode ajudar estes pacientes de diferentes maneiras:

Ajuda a queimar mais calorias, evitando-se o ganho de peso;

Libera endorfina, o que ajuda na melhora do humor e do bem-estar mental;

Melhora a qualidade de sono, o que contribui para o melhor funcionamento da glândula. Tireoide.

Por outro lado, o hipotireoidismo pode diminuir a disposição do paciente para se exercitar e diminuir a disponibilidade energética. Assim, é papel do endocrinologista e em especial do endocrinologista do esporte criar meios de otimizar a prática e exercícios pelo paciente com hipotireoidismo.

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[accordion-model-lca titulo=”Esteroides Anabolizantes”]

Infelizmente, os efeitos benéficos de alguns hormônios no desempenho esportivo, incluindo o Hormônio do crescimento, Eritropoeitina (EPO) e Esteróides anabolizantes, entre outros, faz com que eles sejam utilizados de forma deliberada como Doping.

Hormônios exógenos administrados em excesso não apenas interrompem os ciclos normais de feedback de controle, mas também apresentam sérios riscos à saúde.

É comum ouvirmos tanto de profissionais médicos como de usuários tentativas de minimizar os efeitos negativos dos esteroides anabolizantes. “A diferença entre o remédio e o veneno está na dose”, dizem.

Vale considerar, aqui, que o uso de hormônio para fins estéticos e de desempenho esportivo é proibido pela maior parte dos conselhos e entidades médicas no Brasil e no Mundo, Incluindo a Sociedade Internacional de Endocrinologia (1) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia (2). Isso se deve justamente ao fato de não existir uma dose considerada segura.

Estudos que mostrem esta suposta segurança simplesmente não existe, até porque não são aprovados por entidades que regulam a ética em pesquisas. Assim, não existem publicações confiáveis que comprovem esta suposta segurança.

Vale também reforçar que a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia não reconhece especialidades como a Modulação Hormonal bem como cursos que oferecem especialização para isso (3).

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[accordion-model-lca titulo=”Como abandonar o uso de Esteroides Anabolizantes”]

A dependência aos esteroides anabolizantes está quase sempre relacionada a aspectos estéticos. O uso se inicia devido a uma insatisfação com o próprio corpo. A pessoa que se sente fraca e vê nos anabolizantes uma forma de melhorar a aparência.

Entretanto, mesmo depois que atinge uma massa magra acima da média, ela continua vendo espaço para mais e mais musculatura.

O abuso dos anabolizantes é cada vez mais vista como uma doença de origem psiquiátrica. Ele funciona como uma estratégia de enfrentamento durante momentos de dificuldade emocional, incluindo estresse, ansiedade, depressão, raiva e solidão.

Pessoas dependentes de esteroides anabolizantes obtêm uma sensação de controle sobre suas vidas, usando a imagem corporal como uma forma de lidar com essas emoções difíceis.

Da mesma forma que com outras drogas, o paciente viciado em anabolizantes pode apresentar sintomas de abstinência quando tentam parar de usar a substância.

Ele sente que precisa continuar usando a substância para funcionar normalmente, mesmo percebendo que aquilo está fazendo mal para ela e que precisa parar.

O abuso e o vício em esteroides anabolizantes devem ser tratados como qualquer outro problema relacionado a dependência de drogas, o que pode envolver desintoxicação supervisionada, medicação de conforto e terapia comportamental.

O paciente deve se sentir acolhido, e não simplesmente ser responsabilizado por algo ao qual ele não tem mais controle. Este tratamento deve envolver uma equipe multidisciplinar, incluindo o médico psiquiatra, médico endocrinologista e psicólogo, entre outros profissionais.

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