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Nefropatia Diabética

O que é a Nefropatia Diabética?

Nefropatia Diabética é uma condição decorrente da destruição progressiva do rim que acomete o paciente com diabetes.

Essa é a principal causa de doença renal em pacientes que iniciam tratamento por diálise (1). Ela acomete entre 15 e 40% dos pacientes com Diabetes tipo 1 e entre 5 e 20% dos pacientes com Diabetes tipo 2 (2).

É definida pelo aumento da excreção urinária de albumina (EUA), na ausência de outras doenças renais que justifiquem este achado.

Como o diabetes pode afetar os rins?

O excesso de glicose no sangue tem efeito deletério sobre os pequenos vasos sanguíneos do nosso corpo, chamados de capilares.

Rins, olhos, cérebro, coração e nervos periféricos são estruturas ricas nestes capilares. São assim os locais mais predispostos a desenvolverem lesões graves em decorrência do diabetes.

Classificação da Nefropatia Diabética

Ela é subdividida em dois estágios (3):

  • Microalbuminúria: EUA >20 μg/min e ≤199 μg/min);
  • Macroalbuminúria: EUA ≥200 μg/min.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para a nefropatia diabética incluem:

Diagnóstico da Nefropatia Diabética

Como regra geral, a triagem para microalbuminúria deve ser realizada anualmente para todos os pacientes diabéticos.

Entretanto, a triagem não deve ser realizada na presença de condições que aumentem a excreção urinária de Albumina, incluindo:

Após a confirmação do diagnóstico de micro ou macroalbuminúria, os pacientes devem ser submetidos a uma avaliação mais extensiva. Ela deve incluir a investigação de outras possíveis causas para este achado, bem como a avaliação da função renal e de outras comorbidades.

A Nefropatia Diabética precisa ser diferenciada de outras causas de doenças renais não relacionadas à diabetes. Uma boa forma de se fazer esta diferenciação é pesquisando a Retinopatia Diabética.

Tanto a Nefropatia Diabética como a Retinopatia Diabética estão relacionadas à doença microvascular característica dos pacientes diabéticos.

A retinopatia diabética é habitualmente a primeira forma de acometimento (5). Assim, a presença de micro ou macroaubuminúria na ausência de retinopatia diabética deve levar o médico a pensar em outras possíveis causas para a doença renal (6).

Pacientes com nefropatia diabética, devido ao alto risco cardiovascular, devem ser rotineiramente avaliados quanto à presença de doença coronariana, independentemente da presença de sintomas cardíacos.

Tratamento da Retinopatia Diabética

Nenhuma forma de tratamento é capaz de reverter o dano á causado aos rins. Entretanto, a evolução da doença pode ser retardada.

Além de evitar a evolução da doença renal, o tratamento também deve ter por objetivo controlar os fatores de risco cardiovasculares. Isso porque a doença cardiovascular é a principal causa de morte entre os pacientes com Nefropatia Diabética.

As seguintes medidas devem ser consideradas para isso:

  • Melhor controle do diabetes (mantendo-se a Hemoglobina Glicada inferior a 7%);
  • Tratamento da Hipertensão Arterial;
  • Uso de medicamentos bloqueadores da renina-angiotensina –aldosterona;
  • Tratamento da dislipidemia (objetivando-se um colesterol LDL < 100 mg/dl);
  • Tratamento da obesidade;
  • Abandono do Tabagismo.

Tratar a pressão arterial agressivamente geralmente começando com inibidores de angiotensina

Transplante de rim

O transplante de rim é uma opção para pacientes com insuficiência renal em estágio terminal.

A sobrevida do transplante de rim em pacientes com Nefropatia diabética é de 86% em 5 anos e 74% em 10 anos (7).

Já a sobrevida do paciente com Nefropatia Diabética após o início da diálise, sem realizar transplante, é de apenas 37,2% (8).