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Linfoma

O que é o Linfoma?

Linfoma é um câncer do sistema linfático.

O sistema linfático é uma rede complexa formada pelos vasos linfáticos, linfonodos, baço, timo e amigdalas.

Ele possui três funções principais:

  • Drenar o excesso de fluido tecidual, também chamado de linfa. Com isso, ele equilibra os volumes de fluidos presentes no sangue e nos tecidos;
  • Combate a infecção, por meio da filtragem dos fluidos corporais;
  • Absorção de gorduras no intestino, transportando os mesmos até o sangue.

O linfoma pode afetar todas as estruturas listadas acima. outros órgãos podem ser afetados secundariamente pela disseminação das células cancerígenas.

Quais os Tipos de Linfoma?

Existem diferentes tipos de linfoma.

Eles podem ser agrupados em dois grandes grupos

O Linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada de um grupo de linfonodos para outro grupo. Ele é um tipo mais agressivo de câncer, mas que por outro lado tende a ser bastante responsivo ao tratamento.

Já o Linfoma Não-Hodgkin se espalha de maneira não ordenada e pode começar em qualquer lugar do corpo. Alguns subtipos são mais agressivos do que outros.

Sinais e Sintomas do Linfoma

Os sinais e sintomas mais comuns incluem:

  • Inchaço indolor dos gânglios linfáticos no pescoço, axilas ou virilha;
  • Fadiga persistente;
  • Febre;
  • Suor noturno;
  • Falta de ar;
  • Perda de peso inexplicável.

Qual a Causa do Linfoma?

Ele se desenvolve a partir de uma mutação genética que afeta os linfócitos, um dos tipos de glóbulos brancos que atuam no combate a infecções.

A mutação faz com que estes linfócitos doentes comecem a se multiplicar rapidamente.

Fatores de Risco

Fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver o Linfoma incluem:

Idade

Alguns tipos de linfoma são mais comuns em adultos jovens, enquanto outros são diagnosticados com mais frequência em pessoas com mais de 55 anos de idade.

Imunodeficiência

O Linfoma é mais comum em pessoas com outros tipos de doenças que acometem o sistema imunológico ou em pessoas que tomam medicamentos imunossupressores.

Infecções

Algumas infecções estão associadas a um risco aumentado de Linfoma, incluindo o vírus Epstein-Barr e a infecção por Helicobacter pylori.

Diagnóstico

Frente a um paciente com suspeita clínica de Linfoma, o Médico Hematologista poderá solicitar os seguintes exames para o diagnóstico do linfoma:

Biópsia do Linfonodo

A Biópsia é o exame padrão para o diagnóstico do linfoma. Ela remove todo o linfonodo ou parte dele para análise em laboratório.

A análise por meio de microscópio permite determinar se as células do linfoma estão presentes e também permite determinar o tipo e subtipo de Linfoma.

Aspirado da Medula Óssea

O Aspirado da Medula Óssea costuma ser feito junto ou após a biópsia de linfonodos para avaliar se o câncer já atingiu a medula óssea.

Exames de Sangue

Na maioria absoluta dos casos, o hemograma não está alterado em pacientes com linfomas.

O hemograma só se altera quando a doença infiltra a medula óssea, nas fases mais avançadas da doença.

Quando isso acontece, pode haver um aumento no número de linfócitos e redução de uma ou mais das linhagens mielóides (anemia, neutropenia ou plaquetopenia).

Exames de Imagem

Exames de imagem podem ser usados após o diagnóstico, para procurar sinais de metástase.

A metástase significa que as células cancerígenas já se espalharam para outras áreas do corpo.

Os testes podem incluir tomografia computadorizada, tomografia por emissão de pósitrons (PET) ou ressonância magnética.

Tratamento

O tratamento do linfoma depende do tipo e estágio da doença e da saúde geral do paciente.

Dependendo do caso, poderá ser indicado:

Observação Ativa

Algumas formas de linfoma têm crescimento muito lento. Ainda que menos agressivos, estes cânceres são menos responsivos ao tratamento e apresentam baixo índice de cura.

Assim, a observação ativa pode ser considerada em alguns destes casos, adiando o tratamento até que a doença esteja causando sinais e sintomas que interfiram em suas atividades diárias (1).

Muitas vezes, eles evoluem para formas mais agressivas de câncer, mas que também são mais responsivas ao tratamento.

Quimioterapia

A Quimioterapia envolve o uso de medicamentos que destroem as células de crescimento rápido, como é o caso das células cancerígenas.

Radioterapia

A Radioterapia usa feixes de energia de alta potência, como Raios X e prótons, para matar as células cancerígenas.

Transplante de Medula Óssea

O Transplante de Medula Óssea, também conhecido como transplante de células-tronco, envolve o uso de altas doses de quimioterapia e radiação para destruir as células da medula óssea, incluindo as células do linfoma.

Em seguida, células-tronco saudáveis ​​da medula óssea de um doador são infundidas no sangue. Estas células viajam para os ossos e se estabelecem na medula óssea, que passa a produzir linfócitos não cancerígenos.

Ainda que bastante eficaz, o transplante de medula óssea está associado a importantes efeitos colaterais.

Imunoterapia

A imunoterapia é um tipo de tratamento contra o câncer que visa combater o avanço da doença pela estimulação do próprio sistema imunológico do paciente.

A ideia é que o organismo produza uma resposta de defesa contra as células cancerígenas, eliminando a doença de forma mais eficiente e com menos toxicidade.