Lesão do Tendão Subescapular

O Tendão do Subescapular é um dos quatro tendões que formam o manguito rotador do ombro, responsáveis pela estabilização da articulação.

Ele é o maior dos tendões, o único que corre para a frente do ombro e o único que tem a função de girar o braço para dentro. Todos os outros tendões do manguito rotador giram o braço para fora. Além disso, o subescapular ajuda a estabilizar o ombro, evitando as luxações anteriores (para frente).

A Lesão do Subescapular é comum, especialmente entre atletas arremessadores. As queixas são semelhantes às de outros tipos de Lesão do Manguito Rotador e incluem dor que piora à noite ou ao realizar atividades com a mão acima da altura da cabeça e fraqueza no ombro.

Testes clínicos para avaliar a capacidade de rotação interna do ombro ajudam a diferenciar a Lesão do Subescapular de outros problemas que causam queixas semelhantes:

• • Teste de Gerber: o paciente apoia o dorso da mão sobre as costas e tenta afastar ativamente a mão das costas. O teste é considerado positivo quando o paciente não for capaz de retirar a mão do local, o que indica ruptura ou disfunção do Tendão Subescapular;
  • Teste da pressão abdominal: o paciente apoia a palma da mão sobre a barriga e realiza uma força de compressão girando o braço para dentro. Diferença na força entre a mão sintomática e a mão assintomática são características da Lesão do Subescapular.

O tratamento para uma ruptura do Subescapular depende do tamanho da lesão e de quanto ela afeta negativamente a rotina do paciente. Se a lesão for pequena e o paciente for capaz de realizar suas atividades diárias sem maiores limitações, o ombro poderá ser tratado inicialmente sem cirurgia.

Isso inclui o gelo, medicações analgésicas ou anti-inflamatórias e fisioterapia. A maior parte dos pacientes mais velhos podem ser adequadamente tratados desta forma.

O tratamento cirúrgico é indicado especialmente nas seguintes condições:

• Pacientes jovens e ativos com lesão completa do Tendão Subescapular
• Lesão decorrente de trauma ou evento agudo;
• Pacientes mais velhos e menos ativos que não responderam bem ao tratamento sem cirurgia.

A maioria das cirurgias é feita por artroscopia. Isso significa que o médico insere uma câmera no ombro por meio de uma pequena incisão e a usa para orientar a cirurgia. Ela é feita com instrumentos que também são inseridos por meio de pequenas incisões, de 5 a 10mm cada.

Após a cirurgia, o paciente deve manter o braço apoiado em uma tipoia durante 6 semanas, para então iniciar a fisioterapia. Carregar peso e elevar o ombro são permitidos apenas três meses após, quando exercícios de complexidade crescente são introduzidos. O retorno pleno ao esporte é esperado aproximadamente 7 meses após a cirurgia.