Fisioterapia para a Coluna Vertebral

A fisioterapia é uma profissão da área da saúde que busca manter ou restaurar a funcionalidade do corpo por meio de métodos, conceitos e técnicas próprias.

Estes recursos são utilizados para restabelecer as funções motora e sensório-sensitiva dos pacientes.

A coluna vertebral é especialmente sensível para eventuais desbalanços musculoesqueléticos e sobrecarga mecânica, sendo a principal fonte de queixas em consultórios de ortopedia.

A fisioterapia dispõe de recursos que inibem e minimizam a dor. Do mesmo modo, aplicam técnicas que restauram as funções articular, óssea, motora e sensitiva das estruturas acometidas.

Duas condutas fisioterapêuticas que podem fazer parte do tratamento (inclusive complementando-se) são os exercícios terapêuticos (cinesioterapia) e a terapia manual.

A cinesioterapia pode incluir diferentes modalidades de exercícios e métodos, buscando-se ativações musculares, estabilizações, força e resistência.

Já a terapia manual se utiliza diversas intervenções manuais baseadas no raciocínio clínico. Isto é, são condutas como manipulações e mobilizações articulares ou liberações de músculos e fáscias, visando restabelecer a função da estrutura.

Diferentes métodos de avaliação e tratamento foram desenvolvidos dentro da fisioterapia, voltados especificamente para a coluna vertebral ou que são amplamente utilizados nos distúrbios da coluna.

Cada um destes métodos envolve princípios específicos, que podem ser mais ou menos benéficos a depender do problema do paciente.

A fisioterapia esportiva ou a fisioterapia ortopédica pode também se utilizar de diferentes conceitos e técnicas pertencentes a cada um dos métodos discutidos abaixo.

Em outros casos, o paciente pode realizar mais de uma técnica, em dias alternados ao longo da semana. Idealmente, isso deve ser feito sob a orientação do Ortopedista especialista em coluna ou do fisioterapeuta, buscando=se somar os benefícios de diferentes métodos.

Um exemplo disso seria realizar uma sessão de osteopatia em um dia da semana, associado a uma sessão de pilates em outro dia da semana.

A osteopatia é uma área de atuação da fisioterapia baseada em técnicas manuais.

Ela é usada com o objetivo de prover o alívio de dores e recupera disfunções musculoesqueléticas, além de diversos outros problemas funcionais do corpo.

Como princípio, a osteopatia busca atuar não apenas sobre a área dolorida, mas sobre a origem da dor.

A osteopatia enxerga o corpo como uma unidade.

Assim sendo, os sistemas estão interligados e sofrem as consequências dos problemas uns dos outros. Isso significa dizer que a dor lombar pode ter a sua origem verdadeira em um problema intestinal.

Da mesma forma, não adianta tratar um problema no joelho, por exemplo, sem olhar para o funcionamento do tornozelo e do quadril.

A quiropraxia é uma profissão da área da saúde, que no Brasil é reconhecida como uma sub-especialidade da fisioterapia.

Primordialmente, ela atua na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de problemas neuro-músculo-esqueléticos por meio de técnicas manipulativas e exercícios posturais.

Dessa forma, promove aumento da mobilidade articular, relaxamento muscular e alívio da dor.

O RPG é um método terapêutico manual que se utiliza da função estática dos músculos para alterar o padrão postural.

Por meio de técnicas realizadas no solo, em pé ou em uma maca específica, o RPG promove o alongamento estático das cadeias musculares encurtadas. Assim, promove equilíbrio muscular e estabilidade articular.

O diferencial do RPG é a sua abordagem global e o entendimento de que cada paciente responde de maneira única aos estímulos.

Na prática, o RPG ajuda na melhora da consciência corporal, da postura, do padrão respiratório e da flexibilidade.

O tratamento geralmente é realizado uma ou duas vezes por semana, por 50 minutos em média.

Escoliose infantil, lombalgia crônica e lesões relacionadas ao esporte estão entre algumas indicações para o RPG.

O Método Pilates, inicialmente chamado de Contrologia, surgiu para melhorar o condicionamento físico, a estabilização do tronco e a postura.

Ele foi concebido a partir de modalidades como a dança, a ioga e as artes marciais, sendo uma importante ferramenta para aprimorar a força, a flexibilidade e o controle motor.

A metodologia utiliza tanto o movimento humano (exercícios de solo, ou Matwork), quanto equipamentos específicos (Reformer, Cadillac e Wonder Chair, entre outros). Por isso, o pilates se caracteriza-se como um recurso cinesioterapêutico e mecanoterapêutico.

O Pilates pode ser aplicado tanto por fisioterapeutas como por educadores físicos com formação específica.

Os objetivos principais do método são de melhorar a estabilidade postural, a harmonia das cadeias musculares e a mobilidade articular, para manter ou recuperar a funcionalidade corporal.

Dois grandes benefícios são a ativação dos músculos abdominais profundos e a resistência elástica imposta pelos aparelhos (molas).

Em relação à coluna vertebral, o pilates possui como principais indicações a dor lombar inespecífica, a cervicalgia e a escoliose não estrutural.

Ela é especialmente interessante para idosos, já que os exercícios podem ser lentos e progressivos. No entanto, é muito utilizado inclusive por atletas profissionais, o que mostra que ele pode ser bem adaptado para as necessidades individuais de cada tipo de paciente.

O atendimento com o Pilates Fisioterapêutico é realizado individualmente, ou, nos casos preventivos e de menor complexidade, em grupos de até quatro pacientes. As sessões têm duração de 50 a 60 minutos, com frequência de até três vezes por semana.

O Método McKenzie ® de Diagnóstico e Terapia Mecânica ® (MDT) é utilizado para avaliar, tratar e prevenir a dor na coluna, pescoço e membros.

É uma filosofia, que envolve a educação e a participação do paciente, por meio de uma avaliação inicial precisa.

Uma vez identificada a natureza do problema, quase sempre mecânica, o tratamento acontece com movimentos repetidos e posturas mantidas. Além disso, o paciente é orientado a evitar certas mosturas e movimentos.

Algumas técnicas complementares também podem ser utilizadas, como a terapia manual e apoios de espuma.

O paciente é instruído a realizar os exercícios algumas vezes ao dia, uma forma de autotratamento.

O Rolfing ® – Integração Estrutural atua na liberação da fáscia, por meio do toque, do estímulo à percepção do corpo e da coordenação dos movimentos.

A metodologia abrange os sistemas músculo esquelético, neurovegetativo e psicossomático, contribuindo para movimentos mais naturais e eficientes. Além disso, colabora para a reorganização do corpo em relação à força da gravidade e para o tratamento da dor.

Por fim, é um método que libera a rigidez entre os tecidos corporais, gerando flexibilidade, bem-estar e novos padrões posturais.