Asma
O que é asma?
A Asma é uma doença inflamatória pulmonar crônica que acomete as vias respiratórias inferiores.
Durante um ataque de asma, há uma combinação de três processos simultâneos que dificultam a passagem do ar pelas vias aéreas:
- Broncoespasmo: Os músculos ao redor das vias aéreas se contraem, estreitando as vias de passagem do ar.
- Inflamação: O revestimento das vias aéreas fica inchado, o que dificulta ainda mais a passagem do ar;
- Produção de muco: as membranas que revestem as vias aéreas passam a produzir maior quantidade de muco. Este muco espesso ajuda a obstruir as vias aéreas.
Quando as vias aéreas ficam muito apertadas, a passagem do ar passa a produzir um chiado durante a respiração e o paciente passa a apresentar dificuldade para respirar.
Qual a causa da Asma?
A Asma pode ter diferentes causas. Estas causas podem ser divididas em dois grupos:
Asma alérgica
Responsável por 70% dos casos em crianças e por 20 a 60% dos casos em adultos, com incidência maior nos pacientes mais jovens (2).
Ela está associada a uma resposta do sistema imunológico a diferentes tipos de alergenos, incluindo:
- Alergia a Ácaros;
- Alergia a Animais de estimação;
- Alergia a Pólen;
- Alergia a Mofo;
- Outros.
Asma não alérgica
A asma é classificada como não alérgica quando ela não envolve uma resposta do sistema imunológico.
Ela pode ser desencadeada por diferentes condições, incluindo:
- Infecções respiratórias virais;
- Exercício (asma induzida pelo exercício)
- Irritantes no ar (fumaça de cigarro, produtos com cheiro forte, poeira (independente do ácaro), produtos de limpeza);
- Medicamentos (asma induzida por medicamentos)
- Estresse;
- Condições climáticas.
Fatores de risco
A maior parte das pessoas asmáticas desenvolve a doença ainda durante a infância. Em alguns casos, por[em, ela pode se manifestar apenas na idade adulta.
Pessoas com outros tipos de alergia ou aquelas expostas ao tabaco são mais vulneráveis, incluindo fumantes ou pessoas expostas regularmente à fumaça do cigarro (fumantes passivos).
Mulheres e negros são mais acometidos do que homens ou pessoas de outras raças.
Por fim, existe uma relação genética com a asma. Isso significa que familiares de asmáticos são mais propensos a desenvolverem a doença.
Sinais e sintomas da asma
Pessoas em curso de uma crise asmática geralmente apresentam sintomas óbvios.
Esses sinais e sintomas se assemelham a muitas infecções respiratórias:
- Aperto no peito, dor ou pressão.
- Tosse (especialmente à noite).
- Falta de ar.
- Chiado.
Os sintomas tendem a piorar à noite ou no início da manhã.
Por outro lado, existem alguns indícios que vão contra o diagnóstico da Asma, incluindo:
- Tosse isolada, sem outros sintomas respiratórios;
- Expectoração (a tosse asmática é caracteristicamente seca);
- Falta de ar associada a tontura, sensação de desmaio ou formigamento nas mãos e nos pés (parestesia). Esta situação associa-se mais a asma emocional ou crise histérica;
- Dor no peito;
Por fim, vale aqui considerar que os sintomas podem variar de uma crise para outra.
Insuficiência respiratória por asma
Pessoas com asma grave têm um risco aumentado de insuficiência respiratória. Isso ocorre quando não há oxigênio suficiente nos pulmões para ser transportado aos tecidos pelo sangue
A asma com risco de vida é rara, mas pode acontecer principalmente em pessoas com doença grave e com controle inadequado.
Segundo o Center For Dissease Control (CDC), aproximadamente 4 mil pessoas morrem de asma a cada ao nos Estados Unidos (3)
Diagnóstico
O diagnóstico é baseado na história clínica e exame físico compatível.
Dependendo das queixas, da história clínica e dos possíveis diagnósticos diferenciais, diferentes exames poderão ser considerados:
- Pico de Fluxo expiratório (peak flow): teste realizado com um aparelho específico que mede a velocidade com que o ar é expirado.Esse é um teste simples e que pode ser feito até mesmo em casa pelo próprio paciente. Ele serve como um teste de triagem para asma e também para o monitoramento do paciente com o diagnóstico já estabelecido. O Peak Flow é especialmente útil no caso de crianças pequenas que ainda não estão prontas para colaborar com exames de maior complexidade, como a Espirometria.
- Testes de função pulmonar (espirometria.): exame funcional mais completo do que o peak flow, capaz de mensurar diversos parâametros ventilatóirios. O teste pode também ser feito em repouso, após exercícios ou após tomar medicamentos para asma.
- Testes de brocoprovocação: exame Indicado quando se faz a espirometria e vem sempre normal, em um paciente com clínica compatível com asma.O paciente faz uma nebulização com agentes irritantes para o pulmão e repete-se a espirometria a cada aumento na dose, buscando-se identificar sinais de broncoespasmo.Caso se atinja a dosagem máxima do irritante e não se observe a broncoconstrição, o teste é considerado negativo.Vale considerar que esse teste pode levar a uma crise de broncoespasmo. Assim, o exame deve sempre ser feito sob supervisão médica e o paciente só deve ser liberado quando a função pulmonar estiver retornado aos valores do início do teste.
- RAST (exame de sangue para alergia) ou teste cutâneo para alergia.
Vale considerar que o diagnóstico da asma em crianças com até 5 anos de idade tem algumas peculiaridades. Discutimos melhor o diagnóstico nessa faixa etária no artigo sobre Asma na Infância.
Diagnóstico da Asma na Infância
Os critérios diagnósticos da asma na infância variam de acordo com a idade do paciente.
0 a 2 anos
A Asma nos primeiros dois anos de vida pode ser difícil de diferenciar de outras condições que podem se apresentar com sintomas semelhantes, especialmente as infecções virais, como o resfriado comum, gripe ou Bronquiolite;
Até os dois anos de idade, a maior parte dos bebes chiadores não virão a ter o diagnóstico de asma no futuro. Esses lactentes são então caracterizados como “lactentes sibilantes” ou com a “Síndrome do Bebê Chiador”, não como bebês asmáticos.
2 a 5 anos
Entre os dois e os 5 anos de idade, as infecções ainda são responsáveis por muitos casos de sibilância. No entanto, já é possível identificar sinais de uma maior ou menor probabilidade de essa criança vir a desenvolver a asma:
Baixa probabilidade:
- Sintomas respiratórios por menos de 10 dias e em menos de 2 – 3 episódios no ano;
- Sem sintomas entre as crises;
Média probabilidade:
- Sintomas respiratórios por mais de 10 dias durante as crises
- Mais de 3 episódios anuais ou sintomas respiratórios graves nas crises ou piora dos sintomas durante à noite;
- Sintomas eventuais entre as crises;
Alta probabilidade:
- Sintomas respiratórios por mais de 10 dias durante as crise em mais de 3 episódios anuais;
- Sintomas respiratórios graves nas crises, piora dos sintomas durante à noite;
- Tosse, chiado ou desconforto respiratório entre as crises e especialmente durante ou após a prática de atividades físicas
- Exames demonstrando sensibilização alérgica, histórico pessoal de outras condições alérgicas, incluindo rinite, dermatite atópica ou alergias alimentares, histórico familiar de asma.
- Resposta satisfatória quando iniciado o tratamento com corticoide inalatório.
Maiores de 6 anos
Após os 6 anos de idade, as infecções respiratórias passam a ter um padrão diferente de sintomas. quando comparado com a Asma.
Testes de função pulmonar, como a espirometria, que dependem da colaboração da criança para ser realizado, podem em muitos casos ser realizados.
Assim, o diagnóstico da asma passa a ser feito com os mesmos critérios usados em adolescentes ou adultos.
Exame de sangue para alergia
O exame de sangue para alergia mede a quantidade de um tipo de anticorpo (célula de defesa) chamada de Imunoglobulina E (IgE).
A imunoglobulina E (IgE) é um anticorpo fortemente ligado à resposta alérgica do corpo. Assim, ela costuma estar presente em níveis baixos em pessoas sem alergia, mas elevado em pessoas alérgicas.
Além disso, ela é bastante específica. Isso significa que existem diferentes tipos de IgE, cada um deles atuando contra um alérgeno específico (pólen, ácaro, látex, outros).
Assim, existem dois tipos de exames de sangue de alergia:
- Teste de IgE total: mede a quantidade total de IgE no sangue.
- Teste de IgE específico: mede a IgE no sangue em resposta a alérgenos específicos.
Diagnóstico diferencial
O principal diagnóstico diferencial através é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Além da história clínica, a diferenciação pode ser feita com o teste de broncoprovocação. No caso da asma, é esperado um aumento no VEF-1 após o uso do broncodilatador, o que não acontece na DPOC (1).
Classificação da gravidade da asma
A asma pode ser classificada quanto a sua gravidade em quatro níveis, de acordo com o resultado da espirometria:
Asma Intermitente
O paciente apresenta sintomas no máximo duas vezes por semana. Não há limitação para a realização de qualquer atividade.
Crises agudas são muito raras, ocorrendo uma vez por ano ou até mesmo sem registro desse tipo de episódio.
Asma Persistente leve
O paciente apresenta sintomas mais de duas vezes por semana, mas não diariamente.
Atividades físicas são realizadas normalmente, exceto quando há exacerbações, que acontecem pelo menos duas vezes por ano.
Asma persistente moderada
Os sintomas são diários, sendo que o paciente acorda durante à noite com falta de ar em ao menos uma vez na semana.
As crises agudas se repetem duas ou mais vezes ao ano.
Asma persistente grave
Os sintomas costumam ser diários e contínuos. Também o despertar noturno se repete com grande frequência.
As limitações físicas são permanentes e a doença impõe dificuldades para a realização de atividades rotineiras.
As crises agudas ocorrem no mínimo duas vezes ao ano.
Tratamento de manutenção da Asma
O tratamento de manutenção da asma é aquele que é feito diariamente, independentemente de o paciente estar ou não com sintomas.
O objetivo aqui é controlar os sintomas da asma e tornar as crises menos prováveis.
Os medicamentos utilizados dependem da gravidade da asma e da resposta aos tratamentos prévios:
- Corticoesteroides inalatórios: tratamento de início da asma leve a moderada.
- Corticoesteroides inalatórios + Broncodilatadores inalatórios de ação prolongada: indicados quando os corticoides inalatórios usados isoladamente não estão sendo suficientes, ou quando o paciente apresenta uma crise grave já em sua apresentação inicial.
- Anti-leucotrienos: drogas de segunda linha para manutenção dos pacientes asmáticos, quando os corticoesteroides e os broncodilatadores não estiverem sendo suficientes.
- Vacina anti-alérgica: indicada quando todos os tratamentos acima estiverem sendo insuficientes.
Corticoides inalatórios
Os corticoides são medicamentos com ação anti-inflamatória, capazes de reduzir a inflamação crônica presente nos pulmões do paciente asmático.
Eles devem ser usados diariamente para o controle da asma e prevenção da crise asmática.
Alguns exemplos de corticoides inalatórios incluem:
- Beclometasona;
- Fluticasona;
- Budesonida.
Ao contrário dos corticosteróides orais, os corticosteróides inalatórios têm um risco relativamente baixo de efeitos colaterais graves.
Entretanto, podem ser necessários vários dias ou semanas antes que eles atinjam seu benefício máximo.
Os principais efeitos colaterais dos corticoides inalatórios são a candidíase oral (sapinho) e a disfonia. Por isso, é fundamental escovar o dente após a inalação.
Broncodilatadores inalatórios de ação prolongada
Os broncodilatadores são remédios que dilatam os brônquios dos pulmões facilitando a entrada de ar.
Para o tratamento a longo prazo, devem ser considerados os broncodilatadores de ação prolongada. Estes medicamentos demoram mais para começar a agir, de forma que não são indicados para uma crise aguda de asma. Entretanto, seus efeitos são prolongados, geralmente por cerca de 12 horas após o uso.
Alguns exemplos de broncodilatadores inalatórios de ação prolongada são o salmeterol e o formoterol.
OS broncodilatadores de ação prolongada não devem ser usados por crianças menores do que 4 a 6 anos, a depender, do tipo.
Anti-leucotrienos
Os Anti-leucotrienos agem impedindo o estreitamento e inchaço das vias respiratórias dos pulmões, causado pelos leucotrienos.
O medicamento mais usado nesta classe é o Montelucaste (Singulair).
Esses medicamentos podem ter efeitos colaterais importantes, especialmente mudanças de comportamento ou agressividade. Assim, não são drogas de primeira escolha, sendo indicados quando a asma não puder ser controlada pelos corticoides inalatórios e broncodilatadores.
Podem também ser indicados no bebê sibilante que não responde ao corticoide inalatório ou na presença de rinite importante associada.
Vacina Anti-alérgica
A vacina antialérgica, também chamada de Imunoterapia, é um procedimento que tem por objetivo a dessensibilização de uma alergia específica.
Ela envolve a administração a intervalos regulares de doses progressivamente crescentes (fase de indução) seguida de doses constantes (fase de manutenção) do extrato ao que a pessoa é alérgica.
O alérgeno deve estar em quantidade suficiente para estimular a resposta do sistema imunológico, mas não o suficiente para causar uma reação alérgica completa.
Aos poucos, o sistema imunológico cria uma tolerância aos alérgenos, fazendo com que os sintomas de alergia diminuam ao longo do tempo
Nos pacientes com asma, ela é indicada quando nenhum dos tratamentos discutidos acima estiverem sendo suficientes para o controle da doença.
Tratamento da crise de Asma
O tratamento da crise de asma tem por objetivo o alívio imediato dos sintomas Respiratórios.
Devido às possíveis consequências de um tratamento tardio, é fundamental que todo paciente tenha um plano de ação para o caso de uma crise, que deve ser discutido de forma individualizada com o médico assistente.
Os principais medicamentos usados na crise de asma incluem:
Broncodilatadores inalatórios de ação curta
Os broncodilatadores são remédios que dilatam os brônquios dos pulmões facilitando a entrada de ar.
Para o tratamento das crises, são indicados aqueles de ação curta. São medicamentos que começam a agir dentro de poucos minutos, mas que têm efeito por período limitado, geralmente entre 4 e 6 horas.
Os medicamentos mais utilizados nesta classe são o Salbutamol e o Fenoterol.
Os beta-agonistas de ação curta podem ser tomados por meio de um inalador portátil ou um nebulizador, uma máquina que converte medicamentos para asma em uma névoa fina. Eles são inalados através de uma máscara facial ou bocal.
Corticoides de ação sistêmica
Crises graves de asma exigem o uso de corticoides inalatórios sistêmicos, usados de forma oral ou injetável.
Estes remédios não devem ser usados por tempo prolongado para o tratamento da asma.
Passo a passo do tratamento da crise
O primeiro passo no caso de uma crise de asma é compreender se ela é leve, moderada ou grave, conforme abaixo:
- Crise leve: tosse e chiado leve, mas com frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação adequados.
- Crise Moderada: frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação estão alterados, mas paciente consegue conversar bem.
- Crise grave: fala entrecortada, não consegue falar frases completas. O paciente pode estar sonolento ou agitado
Crises leves podem ser inicialmente tratadas com os beta bloqueadores de curta ação. Caso persista sintomático, procurar atendimento.
Na crise moderada, iniciar o tratamento em casa com beta bloqueadores de curta ação e procurar o pronto atendimento. Em alguns casos, o uso de corticoide sistêmico pode ser considerado
Já nas crises graves, deve-se fazer 4 jatos de broncodilatador de ação curta a cada 20 minutos, no máximo 3 sequências, associado a corticoide sistêmico (oral ou injetável). Além disso, é preciso procurar por atendimento médico imediato.
Os corticoides inalatórios não devem ser usados para o tratamento das crises.
Quando o tratamento precisa ser ajustado?
O tratamento de manutenção da asma precisa ser ajustado sempre que se identifique que a asma não esteja bem controlada.
Em alguns casos, o controle da doença pode estar inadequado, ainda que a família tenha a percepção de um bom controle.
São indicativos de que a asma não está bem controlada:
- Necessidade de broncodilatador de curta ação para controle de crises nas últimas quatro semanas.
- Presença de sintomas durante o período diurno.
- Acorda à noite por conta do quadro.
- OS sintomas respiratórios estão limitando a realização de atividades
Quando nenhum dos fatores acima estão presentes, a asma está bem controlada. Na presença de 1 ou 2 fatores, a asma está parcialmente controlada. Na presença de 3 ou 4 fatores, ela está descontrolada.
O primeiro passo, nesses casos, é avaliar se a técnica inalatória e a adesão estão adequadas.
O uso do espaçador é fundamental. Menores de seis anos devem usar a máscara como espaçador, enquanto nas maiores de 6 anos já podem usar o espaçador.
Também devemos avaliar se há medicamento no fraco, especialmente no caso do uso de bombinhas que não possuem contadores de doses. Ao assionar o spray, o jato continuará saído, mas sem o medicamento.
Por fim, é preciso avaliar se o controle ambiental está adequado, com a retirada dos possíveis alérgenos.
Caso os ajustes acima estejam insuficientes, o passo seguinte do tratamento deve ser considerado, conforme discutido acima.
Atividade Física e Esportiva para pacientes com asma
Entre 75% e 95% das pessoas asmáticas apresentam crises associadas a prática de atividades físicas. Isso pode fazer com que muitos desses pacientes ou seus familiares regeitem a prática de atividades física ou mesmo queiram usar essa justificativa para não fazer aulas de Educação Física.
A prática de atividade física é indicada para a maior parte da população e ainda mais indicada para aqueles com diagnóstico de asma (incluindo o Broncoespasmo induzido por exercício).
Manter-se ativio é fundamental para o controle da doença no longo prazo e para o bem-estar geral do paciente. Isso acontece porque o exercício pode fortalecer os músculos respiratórios do tórax e ajudar os pulmões a funcionar melhor, ajudando com isso a melhorar a função pulmonar.
Diferentes estudos já demonstraram como a prática de atividades físicas ajuda a melhorar os sintomas da asma, reduzir as crises e a reduzir o uso de medicamentos de resgate.
O diagnóstico da Asma Induzida pelo exercício, desta forma, não deve ser usado como justificativa para que uma pessoa deixe de se exercitar. Mais do que isso, ela deve ser vista como parte do tratamento do paciente com asma.
Discutimos mais a respeito da Atividade física e esportiva no paciente com asma em um artigo específico.
Prognóstico da Asma
A asma é uma doença crônica, sem cura. Entretanto, a maioria dos pacientes atinge um bom controle da doença com o tratamento adequado.
Ainda assim, entre 5 e 10% dos pacientes desenvolvem uma doença refratária ao tratamento, também chamada de asma grave não controlada (1).
Estes pacientes podem apresentar alterações crônicas nas vias aéreas, com obstrução permanente do fluxo aéreo. A obstrução, ainda que possa ser aliviada com o tratamento, não é mais reversível.
São pacientes com sintomas relevantes em suas vidas diárias, incluindo falta de ar ao realizar pequenas atividades, tosse crônica e maior risco de infecções respiratórias e novas crises de asma.