Sexologia

A sexologia é uma ciência interdisciplinar que se concentra em diversos aspectos do comportamento sexual e da sexualidade humana, incluindo desenvolvimento sexual, estudo de comportamentos sexuais, relacionamentos amorosos, relações sexuais, disfunção sexual, doenças sexualmente transmissíveis e patologias como abuso sexual infantil ou dependência sexual.

Devido aos inúmeros tabus que envolvem a sexualidade, o sexólogo deve desenvolver uma linguagem empática e agregadora, que busque oferecer conforto ao paciente, evitando-se qualquer forma de constrangimento.

No Brasil, não há uma regulamentação acerca da ocupação de sexólogo, que diga qual deve ser sua formação para obter um título de especialista.

A FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) oferece o título de sexólogo para médicos ginecologistas que realização pós-graduação seguido de prova para obtenção do título.

No entanto, isso não significa que profissionais de outras áreas de formação não possam atuar como sexólogos.

Sendo uma área tão abrangente, a sexologia pode ser exercida por psicólogos, fisioterapeutas ou mesmo educadores. Ainda assim, cada um destes profissionais deve atuar dentro das atribuições de sua formação de origem.

Um educador sexólogo, por exemplo, pode trabalhar com a educação sexual. No entanto, ele não está habilitado para realizar a terapia sexual, que pode ser feita por médicos ou psicólogos.

De mesma forma, o psicólogo pode realizar a terapia sexual, mas não poderá prescrever medicamentos.

O sexólogo pode ter três campos de atuação principais, a depender de sua formação:

• Sexologia clínica;
• Educação sexual;
• Sexologia Forence.

A sexologia clínica busca tratar questões ligadas a disfunções, distúrbios e variações. Dependendo do problema, ela pode ser feita por médicos, psicólogos ou mesmo por fisioterapeutas.
Algumas das questões que poderão ser avaliadas e abordadas pelo sexólogo clínico incluem:

• Disfunção erétil;
• Ansiedade de desempenho;
• Ejaculação precoce ou tardia;
• Baixo desejo sexual (falta de libido);
• Aversão Sexual;
• Impulso Persistente;
• Dificuldades para atingir um orgasmo;
• Vaginismo e dispareunia;
• Ressecamento vaginal;
• vida sexual na terceira idade
• Questões de gênero, como a disforia de gênero;
• Problemas relacionados à orientação sexual;
• Agressão sexual ou abuso;
• Vício ou compulsão sexual;
• Viver com alguma DST (Doença Sexualmente Transmissível);
• Dificuldades no relacionamento;
• Outros.

A educação sexual é um processo constante e que pode ocorrer de modo intencional ou não intensional. Ela está presente nos discursos familiares, religiosos, midiáticos (músicas, programas de televisão), nos comentários de colegas e assim por diante.

A educação sexual formal pode ajudar a dar para a criança uma autonomia também nas questões sexuais. Ela ajuda na compreensão do impacto social de relacionamentos e das atitudes próprias e com terceiros. Pode ajudar o jovem a tomar suas decisões e a evitar comportamentos ditados por pressões sociais.

Isso tudo deve ser feito sempre sem desrespeitar valores e princípios familiares ou religiosos e sem querem impor qualquer forma de comportamento – seja ele mais conservador ou mais permissivo.

O sexólogo forense é aquele que está preparado para trabalhar em parceria com equipes médicas e policiais para resolver crimes sexuais.
Para isso, ele deve buscar pistas para resolver os casos policiais, mas também para ajudar a cuidar das vítimas.

O ponto mais importante ao escolher um sexólogo é compreender que profissionais com diferentes formações acadêmicas podem atuar como um sexólogo.
Embora todos eles se dediquem ao campo da sexualidade, cada um faz isso de acordo com as atribuições de sua formação acadêmica de origem.
Conhecer a formação profissional do sexólogo pode ajudar a avaliar se ele é de fato o melhor profissional para resolver o seu problema individual.