Terapia Sexual

[accordion-model-lca titulo=”Terapia Sexual”]

A Terapia Sexual é uma área que abrange estudos e intervenções voltadas às singularidades diversas da sexualidade humana. Ela não considera apenas o ato sexual em si, mas, sim, tudo que possa estar envolvido com a sexualidade, como as emoções, a interação social, a autoestima, entre outros pontos.

Por isso, é uma área que promove benefícios para quem a procura, já que oferece mais autoconhecimento, autoconfiança e satisfação sexual que impactam na qualidade de vida.

Neste texto, elencamos uma série de considerações sobre o tema, a fim de ajudá-lo a compreender melhor esse assunto. Acompanhe!

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[accordion-model-lca titulo=”O que é a Terapia Sexual?”]

A Terapia Sexual pode ser compreendida como uma área que foca em estudar e intervir em questões que possam estar relacionadas à sexualidade humana.

Ela pode atuar tanto individualmente, quanto em tratamentos focados em casais. Isto é, um indivíduo que tenha questões pessoais relacionadas à sexualidade pode buscar o tratamento da Terapia Sexual, assim como casais que queiram melhorar a vida sexual a dois.

O profissional sexólogo, que pode ser um psicólogo ou um ginecologista com especialização em sexologia ou outro profissional da saúde afim, irá conduzir uma série de sessões focadas em investigar os fatores que podem estar impactando a vida sexual de seu paciente, visando oferecer orientações, psicoeducação e reflexões que possam aumentar a qualidade de vida do sujeito.

A Terapia Sexual não está relacionada apenas aos fatores psicológicos em si, mas, sim, ela considera muito da biologia, neurologia, sociologia e até mesmo educação, afinal, a forma como o sujeito é educado durante o seu desenvolvimento humano impacta diretamente na sua forma de enxergar a sexualidade.

Sendo assim, podemos pensar na Terapia Sexual que parte de duas vertentes:

  • Estudos e pesquisas voltadas à sexualidade humana em suas mais diversas esferas.
  • Intervenções clínicas focadas nas queixas e questões do paciente.

Essas intervenções ocorrem de maneira subjetiva, ou seja, cada caso é tratado de forma única. Não existe um passo a passo ou protocolo de atendimento para cada tipo de queixa, uma vez que a sexualidade está intimamente relacionada com os aspectos mais profundos e únicos do sujeito.

Além disso, é importante termos em mente que as sessões de Terapia Sexual podem ter uma duração variável de acordo com a demanda. Dito de outro modo, há pessoas que podem necessitar de 10 sessões, enquanto outras precisem de mais ou de menos. Tudo dependerá da evolução de cada caso, individualmente.

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[accordion-model-lca titulo=”Qual o papel do terapeuta sexual?”]

O terapeuta sexual executa o papel de escutar ativamente o que os seus pacientes têm a dizer no que diz respeito às emoções, relacionamentos e sexualidade – sendo estes três campos interligados na vida do ser humano.

A partir dessa escuta, é possível fazer um levantamento de hipóteses, no qual o profissional poderá descrever a situação do paciente, compreendendo mais profundamente a sua queixa e tudo que possa estar interferindo nela.

Com base nisso, o terapeuta tem a chance de estudar a situação, com base em técnicas e métodos, visando iniciar o processo de intervenção.

Na intervenção, ele poderá propor exercícios, reflexões e questionamentos que auxiliem o paciente na tomada de decisão, na conscientização frente o seu caso e no descobrimento de novos caminhos que possam vir a ser interessantes para ele.

Durante todo esse processo de descoberta o terapeuta caminha ao lado do sujeito, visando tirar dúvidas e ajudá-lo a pensar um pouco mais sobre as mais diversas considerações referentes à sua própria sexualidade.

É um processo que exige paciência e dedicação de ambas as partes, pois não basta o psicólogo ou terapeuta agir em prol do desenvolvimento do paciente, se este não colocar em prática as suas próprias descobertas, o tratamento poderá ser fadado ao fracasso.

Assim sendo, o terapeuta não tem a função de fazer milagres, mas, sim, tem o papel de auxiliar o indivíduo, usando seu conhecimento técnico e científico, a encontrar caminhos e vertentes mais saudáveis para a sua própria sexualidade.

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[accordion-model-lca titulo=”O que a Sexologia estuda, avalia e intervém?”]

São diversas as áreas de sexualidade humana que a sexologia estuda, avalia e intervém. Abaixo descrevemos algumas áreas gerais para que você possa compreender um pouco mais desse ramo de atuação. Continue lendo.

1. Disfunções sexuais
As disfunções sexuais psicológicas, como o vaginismo, é uma das áreas estudadas pela Sexologia. Além disso, ela também busca compreender de que forma o vaginismo impacta a vida das mulheres e como ele pode ser tratado e curado.
Obviamente, essa é apenas uma das disfunções sexuais psicológicas que é estudada pela Sexologia. Existem muitas outras, como a falta de orgasmo, a falta de libido, e assim por diante.

2. Problemas de autoaceitação
Muitas vezes, uma pessoa homossexual pode cometer a chamada “homofobia internalizada”, que nada mais é do que uma dificuldade de aceitar a própria sexualidade.
Nesse caso, a Sexologia também atua investigando as causas dessa dificuldade e intervindo de modo que trabalhe a autoaceitação do sujeito.
Além da homofobia internalizada, outras situações de não aceitação da própria sexualidade também são levadas em conta.

3. Emoções relacionadas à sexualidade
O ser humano é um ser emocional. Isso quer dizer que tudo o que fazemos, ao longo de nossas vidas, pode sofrer interferências emocionais.
Logo, quando as emoções estão desequilibradas de alguma forma, nossa vida pode ficar abalada, inclusive a sexual.
Por conta disso, as emoções humanas também são estudadas e são focos de intervenção na Terapia Sexual.

4. Impactos emocionais dos distúrbios e disfunções sexuais biológicos
Relacionado às emoções que citamos acima, as disfunções sexuais biológicas (e não psicológicas, como no caso do vaginismo) podem resultar em desequilíbrios emocionais, como tristeza, depressão, revolta, etc.
Nesses casos, a Terapia Sexual pode agir visando compreender o que ocorre com o indivíduo frente ao diagnóstico recebido e de que forma ele pode lidar com a situação de maneira mais positiva.

5. Questões ligadas ao relacionamento
Problemas de relacionamento, como dificuldade para falar sobre sexo com o parceiro; dificuldade para demonstrar o que gosta ou não gosta; dificuldade para saber o que gosta ou não; entre outras inúmeras situações que impactam na relação a dois, também são estudadas e intervidas por meio da Terapia Sexual.
Assim sendo, o casal tem a chance de abrir a sua intimidade ao terapeuta para discutir, em conjunto, medidas que aumentam a satisfação a dois e a qualidade de vida de maneira geral.

Além dessas áreas, outras que possam ter relação com a sexualidade humana também fazem parte do escopo principal da Sexologia.

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[accordion-model-lca titulo=”Quando buscar um terapeuta sexual?”]

Apesar de não existir um momento único para se buscar a Terapia Sexual, algumas situações podem servir de “alerta” de que talvez esteja na hora de tomar uma medida frente às questões sexuais vividas. A seguir, descrevemos alguns cenários que podem requerer o acompanhamento de um profissional sexólogo.

1. Problemas no relacionamento sexual do casal (relacionado à comunicação, por exemplo)
Se o casal tiver algum problema de comunicação no relacionamento que o afaste sexualmente, a Terapia Sexual pode ser bem-vinda.
Além dessa questão, outras dificuldades, como por exemplo, gostos e desejos diferentes, também podem servir de base para uma terapia voltada ao casal.
Desse modo, é possível encontrar caminhos que estreitam a relação e promovam uma maior satisfação sexual para ambos, suprindo as dificuldades cotidianas.

2. Dor durante as relações (vaginismo)
Casos de dor durante as relações, tanto em homens quanto em mulheres, também podem ser discutidos na Terapia Sexual. O terapeuta buscará compreender o que está por trás das dores, ajudando o indivíduo a ter insights que o ajudem a construir uma vida sexual mais prazerosa e saudável.
Afinal, muitas vezes as dores na relação, como no caso do vaginismo, são causadas por eventos traumatizantes e questões emocionais que afligem o indivíduo. Por isso, uma escuta ativa e empática, seguida de orientações pertinentes, é bem-vinda.

3. Tabus e paradigmas relacionados à sexualidade
A sociedade ainda carrega muitos tabus e paradigmas relacionados à sexualidade que podem impactar a vida sexual das pessoas. Sendo assim, durante a Terapia Sexual, o sujeito pode se libertar de ideias que os deixam infeliz e de crenças que os impede de viver a sua vida sexual em plenitude.
Sendo assim, se a pessoa tem vergonha de falar sobre sexualidade ou de viver a própria sexualidade, devido aos tabus, o terapeuta pode auxiliar nesses casos.

4. Problemas para lidar com questões reprodutivas
As questões reprodutivas, sem dúvidas, têm relação direta com a sexualidade humana. Sendo assim, dificuldades para engravidar, problemas para ter penetração durante a relação, entre outras situações que interfiram nas questões reprodutivas humanas também podem ser trabalhadas na Terapia Sexual.
Inclusive, caso o indivíduo tenha dificuldades para engravidar, é possível trabalhar as questões psicológicas e os impactos emocionais que essa situação agrega.
Por isso, se você estiver passando por algo semelhante, o terapeuta pode acolhê-lo e ajudá-lo a enfrentar os desafios.

5. Problemas sexuais relacionados à orientação sexual
A orientação sexual faz parte da identidade do sujeito. Por isso, quando ele tem alguma dificuldade para aceitá-la ou simplesmente assumi-la, impactos emocionais e sociais diversos podem acontecer.
Sendo assim, a Terapia Sexual também visa auxiliar esses indivíduos a enfrentar as dificuldades, medos, anseios e dúvidas com relação à própria sexualidade, visando mais autoconhecimento e autoconfiança.

6. Vício ou compulsão por sexo
Alguns indivíduos podem vivenciar a situação de vício ou compulsão por sexo, devido ao prazer que o ato sexual tende a provocar.
Assim sendo, essa situação pode acarretar em problemas sociais e, inclusive, no aparecimento de comportamentos sexuais nocivos e arriscados, já que o sujeito pode “topar qualquer situação” para satisfazer sua compulsão.
Nesses casos, a intervenção profissional é imprescindível para proteger a saúde física e mental do sujeito.

7. Fetiches prejudiciais ao indivíduo ou a terceiros
Fetiches prejudiciais, como zoofilia, também exigem a intervenção de profissionais da saúde mental, visando compreender os gatilhos por trás do fetiche e formas de ressignificar os desejos, visando a integridade do indivíduo e de terceiros que poderiam vir a sofrer com a situação.

8. Impotência sexual
Problemas relacionados à impotência sexual podem abalar o indivíduo emocionalmente. Afinal, a impotência sexual pode resultar na relutância de se aproximar de outras pessoas, causando isolamento social, baixa autoestima e outras situações relacionadas à saúde mental.
Por isso, indivíduos com diagnóstico de impotência sexual podem se beneficiar da Terapia Sexual ao receber atendimento especializado que o ajude a lidar com suas frustrações e encontrar formas de melhorar a sua relação com a própria sexualidade, visando um autoconhecimento que o ajude a ter mais qualidade de vida.

9. Anorgasmia
A falta de orgasmo é outro ponto que pode ser discutido e tratado por meio da Terapia Sexual. Isso porque, muitas vezes, esse problema está intimamente relacionado com a história de vida e as emoções do paciente, por isso, mergulhar na sua trajetória e compreender quais são os fatores que impactam na forma de lidar com o orgasmo são medidas pertinentes e muito importantes.

10. Problemas de ejaculação precoce ou tardia
Problemas psicológicos ou biológicos relacionados à ejaculação precoce ou tardia também têm relação direta com o emocional do indivíduo. Sendo assim, a Terapia Sexual visa acolher esses sujeitos, buscando auxiliá-los no desenvolvimento de mudanças de hábitos e de perspectivas que possam apresentar melhorias significativas na vida sexual.

11. Falta de libido feminina e masculina
A falta de libido, tanto feminina quanto masculina, pode ter relação com uma série de fatores subjetivos, desde questões psicológicas até mesmo aquelas relacionadas à criação do indivíduo na infância.
Por conta desses fatores, a Terapia Sexual também acolhe essa demanda e auxilia o sujeito na hora de lidar com esse tipo de problema, visando mais qualidade de vida e saúde mental.

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[accordion-model-lca titulo=”Como funciona uma sessão de Terapia Sexual?”]

A sessão funciona de modo semelhante ao que ocorre na Psicologia Clínica. De início, o terapeuta poderá fazer algumas perguntas para compreender qual a queixa do paciente e o que está acontecendo para que ele busque a ​Terapia Sexual.

A partir disso, o terapeuta escutará ativamente o paciente, buscando compreender mais a fundo o que está acontecendo para, depois disso, levantar suas hipóteses terapêuticas.

À medida que as sessões avançam, o terapeuta poderá propor atividades, exercícios e reflexões, de acordo com as queixas e com a singularidade do paciente, trazendo para ele novas perspectivas e insights importantes.

Dessa maneira, as sessões vão passando e o sujeito vai tendo a oportunidade de trazer novas dúvidas e de colocar em prática novas ações que contribuam para a sua vida de maneira geral, incluindo a sexualidade, os relacionamentos, a autoestima e o autoconhecimento.

Portanto, a sessão funciona com base em diálogos direcionados pelo terapeuta e questionamentos, mais orientações, que levem o sujeito a uma evolução sadia e pertinente.

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[accordion-model-lca titulo=”Quais os benefícios da Terapia Sexual?”]

A Terapia Sexual é capaz de promover uma série de benefícios significativos para os indivíduos, uma vez que atua como uma mola facilitadora do autoconhecimento, da autodescoberta, da aceitação de si mesmo, e assim por diante.

A seguir, descrevemos alguns dos possíveis benefícios que podem ser alcançados por meio desse tipo de terapia:

1. Autoconhecimento
O autoconhecimento é uma peça-chave na vida do ser humano. Quando nos conhecemos mais profundamente, aprendemos a lidar com quem somos, encontramos meios de lidar com nossos defeitos e limitações, e também aprendemos a amar a nossa própria maneira de ser.
No caso da Terapia Sexual, o autoconhecimento é voltado aos sentimentos, emoções e à sexualidade, que envolve o relacionamento intra e interpessoal.
Esse autoconhecimento pode proporcionar uma nova visão para os relacionamentos, proporcionando mais inteligência emocional na hora de enfrentar os desafios das relações, por exemplo.
Afinal, quando nos conhecemos com mais profundidade, aprendemos a lidar melhor com as nossas próprias reações dentro dos relacionamentos. Aprendemos sobre o que gostamos e o que não gostamos, além de conseguir colocar isso em palavras para o nosso parceiro ou parceira, o que muda completamente a vida sexual.

2. Melhora na comunicação do casal
A comunicação do casal também pode ser trabalhada e desenvolvida na Terapia Sexual. Ambos aprenderão a expor mais as vontades e os próprios limites, criando novos caminhos para que a relação evolua de maneira saudável.
Afinal, às vezes um dos dois ou ambos estão sexualmente insatisfeitos, mas não têm coragem de falar sobre isso abertamente. Sendo assim, a Terapia Sexual pode ajudá-los a trazer à tona esses pontos e, assim, construir novas formas de lidar com essas situações, criando acordos e novos estilos de vida.

3. Aumento da autoestima e autoconfiança
Aumentar a autoestima e a autoconfiança é outra possível vantagem da Terapia Sexual. Afinal, ao conhecer mais sobre o que se gosta e ao entender melhor o próprio gosto e o próprio corpo, a pessoa pode se sentir mais confiante na hora de demonstrar isso ao outro.
A pessoa pode ter mais autoconfiança por saber o que ela realmente quer na hora de se relacionar com alguém, ao mesmo tempo em que exercita o seu amor-próprio e a sua valorização pessoal, de modo a enaltecer as próprias qualidades e entender o próprio valor.

4. Melhora a satisfação sexual
Sem dúvidas, conhecer melhor sobre a própria sexualidade é uma peça-chave para uma melhora na satisfação sexual. Sendo assim, a terapia com esse foco pode proporcionar uma melhora na qualidade de vida no que diz respeito à sexualidade, seja ela encarada enquanto indivíduo, sozinho, ou enquanto casal, a dois.
Isso porque o sujeito pode quebrar tabus, viver seus desejos, encarar novas maneiras de enxergar seus relacionamentos, e assim por diante.

5. Reforço da intimidade
Por fim, o reforço da intimidade é outro ponto muito interessante proporcionado pela Terapia Sexual. Afinal, o casal é convidado a mergulhar profundamente na intimidade de cada um, unindo-as para formar um elo do relacionamento.
Sendo assim, experimenta-se uma nova proximidade, uma nova visão do outro e um novo possível nível de confiança, que tende a agregar muito no relacionamento.

Por esses e outros motivos que a Terapia Sexual pode ser uma excelente chave de descoberta, autoconhecimento e saúde mental. Se julgar interessante, busque um profissional formado na área e invista nessa terapia enriquecedora.

Referências
Terapia sexual: como funciona e motivos para fazer. Disponível em: https://zenklub.com.br/blog/amor/terapia-sexual/. Acesso em 23 jan. 2023.

VITIELLO, Nelson et al. Afinal, o que é terapia sexual?. Revista Brasileira de Sexualidade Humana, v. 9, n. 1, 1998.

DE LUCENAI, Bárbara Braga; ABDOII, Carmita Helena Najjar. Terapia sexual: breve histórico e perspectivas atuais. www. apm. org. br/neurologia, p. 186, 2016.

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