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Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)

O que é a Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)?

A Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) é um tipo de câncer de crescimento lento caracterizado pela formação excessiva de linfócitos B imaturos (em desenvolvimento). Os linfócitos B são um tipo específico de glóbulos brancos responsáveis pela produção de anticorpos, os quais ajudam no sistema de defesa dos nossos corpos contra infecções e doenças.

A LLC geralmente se desenvolve lentamente, ao longo de meses e anos.

A maioria das pessoas são diagnosticadas por meio de exames de rotina e não apresenta sintomas no momento do diagnóstico.

Cerca de 30-50% das pessoas diagnosticadas com LLC nunca necessitam de qualquer tratamento para a doença e podem sobreviver por muitos anos, apesar do diagnóstico (1). Em outros casos, as células leucêmicas passam a se multiplicar de forma descontrolada, vivem mais do que deveriam e passam a se acumular na medula óssea, corrente sanguínea, linfonodos (glândulas), baço, fígado e outras partes do corpo.

Essas células são anormais e, como tal, são incapazes de funcionar adequadamente. Com o tempo, um número excessivo de linfócitos se aglomera na medula óssea e interfere na produção normal de células sanguíneas.

Fatores de Risco

Idade

75% dos pacientes diagnosticados com LLC têm mais de 65 anos (2). A LLC é rara em pessoas com menos de 40 anos e ocorre com mais frequência em homens do que em mulheres.

Histórico Familiar de LLC

O risco de desenvolver LLC em um parente de primeiro grau (pai, mãe, irmão, irmã ou filho) de um paciente com LLC é aproximadamente sete vezes maior que a média populacional (3).

Ainda assim, como o risco geral da doença é muito baixo, a grande maioria dos membros da família nunca desenvolverá a doença.

A triagem de rotina para LLC por conta do histórico familiar não é recomendada.

Quais os Sintomas da Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)?

A maior parte das pessoas é diagnosticada a partir de exames de rotina e não apresentam qualquer sintoma ao diagnóstico.

Cerca de 30-50% dos pacientes permanecem assim ao longo de toda a vida e nunca precisarão ser tratados, enquanto o restante dos pacientes se torna sintomático com o passar do tempo.

Quando presentes, os sintomas estão associados à redução na contagem de células sanguíneas normais, o que pode incluir:

  • Fadiga excessiva, em decorrência da Anemia;
  • Sangramentos e hematomas, devido à plaquetopenia;
  • Infecções recorrentes, devido à redução na contagem de leucócitos maduros.

Diagnóstico da Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)

A maior parte dos pacientes são diagnosticados em uma fase assintomática, a partir dos achados de um exame de sangue de rotina, mais especificamente do hemograma.

O que se observa no hemograma é uma leucocitose (aumento no número de glóbulos brancos) acompanhado de um aumento na contagem de células blásticas (leucócitos imaturos).

Frente a estes achados, o diagnóstico deve ser confirmado por meio de uma biópsia da medula óssea.

A amostra de medula óssea é examinada em laboratório para determinar o número e o tipo de células presentes e a quantidade de atividade de hemopoiese (formação de células sanguineas) está ocorrendo normalmente.

Outros achados podem incluir uma medula muito ativa preenchida com grande número de glóbulos brancos e plaquetas maduros e imaturos.

Uma vez confirmado o diagnóstico, outros exames, como radiografia, tomografia ou o PET scan são solicitados para avaliar se o câncer se espalhou para outras partes do corpo.

Tratamento da Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)

Na fase inicial, em que o paciente se encontra assintomático e a contagem de células imaturas é baixa, nenhum tratamento além do acompanhamento de rotina se faz necessário.

Nas fases sintomáticas e com a doença mais avançada, a maior parte dos pacientes precisarão ser tratados. Entretanto, isso dependerá de outros fatores, como aidade e estado geral de saúde.

Quando indicado, o tratamento pode envolver o uso de:

  • Quimioterapia;
  • Terapia de Anticorpos Monoclonais;
  • Transplante de Medula Óssea.

Quimioterapia

A quimioterapia pode ser administrada em forma de comprimido ou por via intravenosa.

As combinações de drogas geralmente são administradas em vários ciclos, com um período de descanso entre cada ciclo, para permitir que o corpo se recupere dos efeitos colaterais das drogas.

Discutimos sobre os efeitos colaterais da quimioterapia em um artigo específico.

Anticorpos Monoclonais

A Terapia com Anticorpos Monoclonais é um tipo de Imunoterapia, um tratamento que busca estimular o sistema imunológico a reconhecer as células cancerígena e desencadear uma reação para destruí-las.

Os efeitos colaterais são geralmente mais leves, quando comparado com a quimioterapia.

Ela pode ser feita como tratamento isolado ou junto com a quimioterapia.