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Doença de Parkinson

O que é a Doença de Parkinson?

 

A doença de Parkinson é um distúrbio progressivo do sistema nervoso que afeta o movimento. Os sintomas começam gradualmente, às vezes com um tremor quase imperceptível em apenas uma mão. 

A maioria dos pacientes desenvolvem a doença ao redor dos 60 anos. Entretanto, cerca de 5 a 10 por cento das pessoas têm doença “de início precoce”, que se inicia antes dos 50 anos (1).

Além dos tremores, rigidez ou desaceleração do movimento também costumam estar presentes.

A Doença de Parkinson não tem cura e tende a piorar ao longo do tempo. Ainda assim, os medicamentos podem melhorar significativamente os sintomas. 

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas de Parkinson podem incluir:

  • Tremor: geralmente se inicia em um membro, mais frequentemente na mão ou nos dedos. 
  • Movimento lento: a doença de Parkinson faz com que os movimentos se tornem lentos. Os passos tornam-se mais curtos ao caminhar e o paciente passa a arrastar os pés ao caminhar.
  • Algumas tarefas simples passam a ser feitas com significativa dificuldade, como se levantar de uma cadeira.
  • Rigidez muscular: pode ocorrer em qualquer parte do seu corpo. Os músculos rígidos podem ser dolorosos e limitar a amplitude de movimento.
  • Postura e equilíbrio podem ser prejudicados. 
  • Perda da expressão: movimentos automáticos de piscar os olhos, sorrir ou balançar os braços ao andar são comprometidos. Com isso, o rosto passa a apresentar pouca ou nenhuma expressão.
  • Alterações de fala: diferentes tipos de alterações podem ser observadas. Alguns falam baixo, outros falam muito rápido, outros hesitam para começar a falar.
  • Mudanças na escrita: a escrita torna-se mais difícil e o tamanho das letras diminui.

Os sinais e sintomas podem ser diferentes a depender do paciente. Os primeiros sinais podem ser leves e passarem despercebidos. 

Eles geralmente começam em um lado do corpo. Com o tempo, ambos os lados podem ser acometidos, mas a tendência é que o lado onde os sintomas se iniciaram continue sendo o mais sintomático.

Outros sinais menos específicos também podem se fazer presentes, incluindo:

  • Hipotensão ortostática:  o paciente pode sentir tonturas ou vertigens quando se levanta devido a uma queda repentina da pressão arterial;
  • Perda do olfato: o paciente pode ter dificuldade em identificar certos odores ou a diferença entre os odores;
  • Fadiga: muitas pessoas com doença de Parkinson desenvolvem uma sensação de fadiga, especialmente no final do dia; 
  • Dor: algumas pessoas com doença de Parkinson sentem dor, que pode ser bem localizada ou pode estar presente em todo o corpo.
  • Disfunção sexual: alguns pacientes notam uma redução no desejo ou desempenho sexual.

Qual a causa da Doença de Parkinson?

Na doença de Parkinson, há uma destruição / morte de neurônios específicos. 

Muitos dos sintomas são devidos a uma perda de neurônios que produzem a dopamina, que é um importante neurotransmissor.

Quando os níveis de dopamina diminuem, a atividade cerebral torna-se anormal, levando aos sintomas característicos da doença.

A causa desta destruição neuronal, entretanto, é desconhecida.

Complicações da Doença de Parkinson

 

Dificuldades de pensamento: o paciente pode desenvolver demência, com problemas cognitivos e dificuldades de pensamento. A demência geralmente acontece em estágios mais avançados da Doença de Parkinson. 

Problemas emocionais: a Depressão pode ser uma das primeiras manifestações da Doença de Parkinson. Medo, ansiedade ou perda de motivação também podem estar presentes. 

Problemas de deglutição: com a progressão da doença, alguns pacientes desenvolvem dificuldades para engolir. A saliva pode se acumular na boca devido à deglutição lenta, levando à baba.

Problemas de mastigação e alimentação: a doença de Parkinson em estágio avançado afeta os músculos da boca, dificultando a mastigação. Alguns pacientes desenvolvem má nutrição.

Problemas de sono: pessoas com a Doença de Parkinson geralmente têm problemas de sono, incluindo acordar com frequência durante a noite, acordar cedo ou adormecer durante o dia.

Problemas urinários: A doença de Parkinson pode causar problemas na bexiga, incluindo a Bexiga Hiperativa e a Incontinência urinária.

Prisão de ventre: muitas pessoas com doença de Parkinson desenvolvem constipação, em decorrência de um trato digestivo mais lento.

Diagnóstico

 

Não existe nenhum teste específico para diagnosticar a doença de Parkinson. Assim, o diagnóstico é feito pelo Médico Neurologista com base na história clínica e exame físico.

Exames de imagem, incluindo a ressonância magnética, ultrassonografia ou PET Scan não são particularmente úteis para diagnosticar a doença de Parkinson. 

Entretanto, estes exames podem ser usados para descartar outros possíveis diagnósticos.

O exame de sangue também pode ser solicitado com este mesmo propósito.

Em alguns casos, o diagnóstico pode ser feito com base em um teste terapêutico. O Neurologista prescreve medicamentos específicos para a doença de Parkinson. 

Uma melhora significativa com estes medicamentos geralmente confirma o diagnóstico.

Tratamento

 

A doença de Parkinson não pode ser curada. Entretanto, os medicamentos podem ajudar a controlar os sintomas. Em alguns casos, o resultado pode ser surpreendente (2).

Além disso, o tratamento pode ser direcionado aos diferentes sintomas apresentados pelo paciente. Isso pode ser feito tanto com medicamentos como com medidas comportamentais:

  • A fisioterapia pode ser indicada para o tratamento dos distúrbios de movimento e mobilidade. 
  • A fonoaudiologia pode ser considerada no tratamento dos problemas com a fala e comunicação. 
  • Já a psicologia pode ser indicada quando os sintomas de cunho emocional estiverem presentes. Medicações antidepressivas também podem ser consideradas para isso.

Tratamento cirúrgico

 

O tratamento cirúrgico na Doença de Parkinson envolve a implantação de um dispositivo de Estimulação Cerebral Profunda (3).

Este dispositivo é implantado em uma parte específica do cérebro e conectado a um gerador implantado no peito, perto da clavícula. Ele envia pulsos elétricos ao cérebro e pode, com isso, reduzir os sintomas da doença de Parkinson.

A estimulação cerebral profunda é geralmente oferecida a pessoas com doença avançada, nas quais a respostas ​​à medicação for insuficiente. 

O procedimento DBS pode reduzir os movimentos involuntários, reduzir o tremor, reduzir a rigidez e melhorar a desaceleração do movimento.