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Deficiência de G6PD

O que é Deficiência de G6PD?

A Deficiência de G6PD é uma condição hereditária na qual o corpo não produz o suficiente de uma enzima chamada G6PD (glicose-6-fosfato desidrogenase).

Ela acomete quase que exclusivamente pacientes homens.

A G6PD possui diversas funções. Entre elas, está a regulação de processos que permitem que os glóbulos vermelhos funcionem normalmente.

Na ausência da G6PD, os glóbulos vermelhos se decompõem prematuramente. Essa destruição precoce dos glóbulos vermelhos é conhecida como hemólise e pode eventualmente levar a uma anemia hemolítica.

Na maioria dos casos, a deficiência de G6PD não causa maiores problemas no dia a dia.

Entretanto, a crise de hemólise pode acontecer especialmente após uma exposição a certos tipos de medicamentos ou alimentos.

Genética da Deficiência de G6PD

É uma condição hereditária. Isso significa que ela é transmitida dos pais para filhos através de seus genes.

As mulheres que carregam uma cópia do gene podem passar a Deficiência de G6PD para seus filhos.

A síntese de G6PD está ligada ao cromossomo X. No nascimento, cada mulher recebe um cromossomo X do pai e outro da mãe. Já os homens recebem apenas um cromossomo X da mãe, que se junta a um cromossomo Y herdado do pai.

A mulher, tendo um gene X normal e outro mutante (transmissor da deficiência de G6PD) será apenas uma portadora, não manifestando a doença. Ela tem 50% de chance de transmitir o gene mutante e 50% de chance de transmitir o gene normal para seus filhos.

O filho que recebe o gene X mutante irá desenvolver a doença. Já a filha, será considerada uma portadora. Ela não desenvolve a doença, mas pode transmiti-la para seus filhos.

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Fatores de Risco

Ocorre quase que exclusivamente em homens. A incidência é maior entre indivíduos de etnia mediterrânea, africana ou asiática, embora casos de mutação esporádica possam ocorrer em qualquer população.

Sintomas da Deficiência de G6PD

Geralmente, não causa sintomas no dia a dia. No entanto, ela pode resultar no desenvolvimento da anemia hemolítica quando a pessoa é exposta aos fatores de risco.

Os sintomas são semelhantes a outras formas de anemia, incluindo:

  • Fadiga;
  • Falta de ar;
  • Sensação de frio;
  • Dor de cabeça;
  • Pele pálida, seca ou facilmente machucada;
  • Aumento da Frequência cardíaca;
  • Unhas quebradiças;
  • Queda de cabelo.

Devido à maior destruição das hemácias, outros sintomas que podem estar presentes incluem:

  • Aumento do baço;
  • Urina escura;
  • Olhos e pele amarelados (icterícia).

Diagnóstico

No recém-nascido, a Deficiência da G6PD pode ser identificada por meio do Exame do Pezinho Ampliado.

Além disso, a deficiência deve ser considerada nas seguintes situações:

  • Crianças com histórico pessoal ou familiar de icterícia – principalmente a neonatal, não causada por incompatibilidade ABO/Rh–, anemia, esplenomegalia ou colelitíase;
  • Pessoas que desenvolvem icterícia durante uma doença infecciosa ou após tomarem certos medicamentos;
  • Indivíduos com reação hemolítica crônica não esferocítica.

A confirmação diagnóstica pode ser feita pelo Médico Hematologista por meio do exame de sangue.

Tratamento

A Deficiência da G6PD não precisa de nenhum tratamento específico. Entretanto, é importante evitar certos medicamentos, alimentos e exposições ambientais conhecidos por desencadear a crise de hemólise.

No caso da anemia hemolítica grave causada pela deficiência de G6PD, pode ser necessário internamento hospitalar e tratamento com oxigenoterapia ou transfusão de sangue.