Ataque Isquêmico Transitório (AIT)
O que é o Ataque Isquêmico Transitório?
O Ataque Isquêmico Transitório (AIT) é uma condição caracterizada pela redução temporária no suprimento de sangue a uma região específica do cérebro.
Ele acontece especialmente a partir dos 55 anos e é ligeiramente mais comum em homens do que em mulheres.
Os sinais e sintomas são semelhantes aos do Acidente Vascular Cerebral. Entretanto, eles geralmente duram apenas alguns minutos e não causam danos permanentes.
Apesar disso, o AIT é considerado um aviso importante ao paciente. Isso porque 1 a cada 3 pessoas virá a ter um AVC no futuro, sendo que isso acontecerá em 2 a 17% dos pacientes em até 90 dias e em 20% ao longo do primeiro ano (1).
Sintomas do Ataque Isquêmico Transitório
O Ataques Isquêmico Transitório geralmente dura alguns minutos.
A maioria dos sinais e sintomas desaparecem dentro de uma hora, embora raramente possam ter duração de até 24 horas.
Eles podem incluir:
- Fraqueza, dormência ou paralisia no rosto, braço ou perna, geralmente em um lado do corpo;
- Fala arrastada ou distorcida;
- Cegueira ou visão dupla
- Perda de equilíbrio ou coordenação
- Perda da sensibilidade de um lado do corpo;
- Alterações de movimento.
Este quadro clínico pode ser bastante variável caso a caso, a depender de qual a extensão das lesões e da região do cérebro que foi afetada.
Como exemplo, um acidente vascular cerebral no hemisfério esquerdo pode prejudicar a linguagem. Isso porque o centro da linguagem está localizado no hemisfério esquerdo na maioria dos indivíduos. Já o AIT no hemisfério direito pode ter efeitos secundários completamente diferentes.
Qual a causa do Ataque Isquêmico Transitório?
O AIT tem as mesmas origens do AVC isquêmico, o tipo mais comum de AVC.
A principal causa é a aterosclerose, uma doença que acomete as artérias cerebrais. Na aterosclerose, placas de gordura se acumulam na parede dos vasos sanguíneos, reduzindo a luz das artérias.
Entretanto, ao contrário do AVC, o bloqueio é breve e não há danos permanentes.
Fatores de risco para o AIT
São considerados fatores de risco para o AIT:
- História familiar;
- AIT prévio;
- Hipertensão Arterial;
- Colesterol alto;
- Doenças cardiovasculares, como a Insuficiência Cardíaca, Miocardite ou Infarto do Miocárdio;
- Obesidade;
- Diabetes;
- Tabagismo;
- Sedentarismo;
- Uso de drogas ilícitas
- Alcoolismo
Diagnóstico
A apresentação inicial do Ataque Isquêmico Transitório é semelhante ao do Acidente Vascular Cerebral. Assim, o primeiro passo na avaliação do paciente é diferenciar as duas condições, descartando-se a possibilidade de um AVC.
Isso poderá ser feito especialmente com o uso da Tomografia Computadorizada ou da Angiografia por ressonância magnética.
Tratamento do AIT
Uma vez que tenha sido definido o diagnóstico de um Ataque Isquêmico Transitório, o objetivo passa a ser a prevenção de um AVC subsequente. Isso envolve medidas para o controle de todos os fatores de risco descritos acima.
Além disso, o tratamento pode envolver:
- Medicamentos anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários;
- Endoarterectomia: Procedimento indicado no caso de uma artéria carótida gravemente estreitada. Uma incisão é feita para abrir a artéria, as placas são removidas e a artéria é fechada.
- Angioplastia: procedimento cirúrgico no qual um balão é introduzido por meio de cateterismo e direcionado até a artéria obstruída. A seguir, um balão é inflado, comprimindo a placa de aterosclerose. Por fim, o balão é desinflado e retirado, deixando para trás um stent. O objetivo do stent é minimizar o risco de o estreitamento voltar a acontecer.