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Sobremesas para diabéticos

Sobremesas para diabéticos

Sobremesas para diabéticos são preparações que já fazem parte do cardápio diário de uma parte dos diabéticos que não pode consumir carbodiratos da mesma forma que a maioria das pessoas.

As sobremesas para diabéticos devem ser adaptadas, retirando os ingredientes prejudiciais e contendo ingredientes que os diabéticos podem consumir.

Neste artigo abordaremos mais sobre sobremesas para diabéticos. Saiba como substituir os ingredientes que os diabéticos não podem comer pelos ingredientes que são liberados para esse grupo.

Ingredientes que os diabéticos não podem consumir

Existem alguns ingredientes que os diabéticos não podem consumir, pois causam aumento da glicose no sangue.

Esses ingredientes incluem, principalmente:

  • Açúcares: açúcar branco (refinado, cristal, confeitteiro), açúcar demerara, açúcar mascavo, açúcar orgânico, açúcar de coco, mel, agave, entre outros;
  • Farinhas (que são ricas em carboidratos): farinha de trigo (refinada e integral), farinha de arroz (refinada e integral), farinha de aveia, farinha de milho, fubá, fécula/amido/goma/polvilho (tapioca, batata etc.), farinha de centeio, farinha de cevada, fariha de quinoa, entre outras;
  • Leite de vaca (alguns derivados estão liberados, como creme de leite, manteiga e alguns queijos);
  • Leite condensado;
  • Frutas cristalizadas, em compotas e algumas frutas desidratadas (uva passa, ameixa, banana, tâmara etc.);
  • Algumas frutas in natura (banana, uva, manga, melancia, mamão etc.).

Como substituir os ingredientes em sobremesas para diabéticos

Todos os ingredientes que os diabéticos não devem consumir podem ser substituídos nas receitas de sobremesas para diabéticos.

1. No lugar do açúcar

Para os diabéticos, o açúcar deve ser substituído por adoçantes.

Existem várias opções de adoçantes e eles podem ser divididos basicamente em dois grupos: os artificiais e os naturais.

Os adoçantes artificiais incluem: sacarina, ciclamato, aspartame, acessultafo e sucralose. O consumo desses adoçantes deve ser evitado, ainda que não aumentem a glicose da mesma forma que o açúcar. Isso porque eles estão associados ao surgimento de vários problemas de saúde, como obesidade, problemas intestinais, problemas cardíacos, câncer e até o próprio diabetes tipo 2.

Adoçantes naturais são as melhores opções, pois não estão ligados a problemas de saúde como os artificiais. Porém, mesmo sendo naturais, nem todos são indicados para os diabéticos.

Os adoçantes naturais mais recomendados para os diabéticos e que não causam o aumento do açúcar no sangue são: stévia, xilitol, eritritol, taumatina e maltitol.

No caso da stévia, esse adoçante deixa um sabor residual, por isso, nem todos conseguem se acostumar de forma rápida. Ele adoça mais que sacarose (açúcar de mesa), por esse motivo, é preciso ter cuidado na quantidade utilizada.

Além disso, é importante verificar na embalagem se o adoçante é 100% stévia, pois existem marcas que misturam com adoçantes artificiais, tornando o adoçante não mais recomendado.

Já o xilitol, apesar de não deixar sabor residual, deve ser consumido com mais cautela, pois, em excesso, pode causar efeito laxativo e flatulência.

O eritritol também não deixa sabor residual e pode ser combinado com outros tipos de adoçantes.

A taumatina é outro adoçante que também não deixa sabor residual, mas é preciso tomar cuidado com a quantidade utilizada para a sobremesa não ficar com o sabor muito doce, pois adoça muito mais que o açúcar comum, chegando até 3 mil vezes mais.
No caso do maltitol, este tem um poder de adoçar menor que o açúcar comum. Por isso, é importante tomar cuidado para não exagerar na quantidade. É um adoçante que não carameliza como outros açúcares quando estão em contato com altas temperaturas e não fica com a cor escura.

Os adoçantes que têm o poder muito alto de adoçar, podem ser utilizados sozinhos, sem combiná-los com outros adoçantes.

Para o preparo de sobremesas que vão ao fogo, a versão dos adoçantes que deve ser utilizada é a versão para forno e fogão, que geralmente é em pó.

Já os adoçantes na consistência líquida, geralmente são para as receitas que não podem ir ao fogo ou forno, como um suco, por exemplo. A versão líquida é utilizada para adoçar a receita depois de preparada, pois não tem estabilidade em altas temperaturas, perdendo, assim, suas propriedades.

Os adoçantes podem ser utilizados em qualquer tipo de receita de sobremesa que leva açúcar, mas nem sempre deve ser utilizada a mesma quantidade do açúcar original da receita. É importante fazer os ajustes necessários.

2. No lugar das farinhas com carboidratos

Para substituir as farinhas ricas em carboidratos nas receitas de sobremesas para diabéticos, o mais recomendado são as farinhas pobres em carboidratos.

As mais recomendadas são as farinhas de oleaginosas, farinhas de sementes, farinha de coco e farinha de amendoim. Por serem pobres em carboidratos, elas são de baixo índice glicêmico e isso é muito benéfico para o diabético, pois não aumenta o açúcar no sangue.

Além disso, essas farinhas também são ricas em fibras e isso ajuda bastante a manter a glicose controlada.

As farinhas de oleaginosas que podem ser encontradas são de amêndoas, castanhas (de caju e do Pará), nozes, avelã, pistache e macadâmia. Podem ser usadas em várias receitas de sobremesas para diabéticos, como bolos, biscoitos, cookies, tortas e outras.

Dependendo da receita, as farinhas de oleaginosas podem ser usadas isoladamente ou em conjunto com outros tipos de farinhas.

A farinha de amêndoas se destaca por ser a que possui o sabor mais neutro dentre todas as farinhas de oleaginosas. Em contrapartida, é a mais cara, mas vai bem em todas as receitas que, originalmente, levam farinha de trigo.
Já as farinhas de sementes que podem ser utilizadas são de chia, linhaça, gergelim, girassol, abóbora e outras. Essas farinhas podem ser utilizadas em várias receitas de sobremesas para diabéticos, como bolos, biscoitos, vitaminas, shakes, com frutas picadas e várias outras.

Geralmente, nas receitas de bolos e biscoitos as farinhas de sementes são misturadas com outras farinhas, servindo de complemento, e não como a farinha principal. No caso da farinha de linhaça, ela deixa um sabor residual. Por isso, deve ser usada na dosagem certa.

A farinha de coco pode ser utilizada em várias receitas, como tortas, biscoitos, brownie, cookies e várias outras. Apesar de ser uma ótima opção de farinha para sobremesas para os diabéticos, a farinha de coco não é muito versátil quanto outras.

Por esse motivo, a farinha de coco é mais utilizada em conjunto com outras farinhas. Sendo assim, ela é mais usada como complemento de outra farinha pobre em carboidrato. Mas dependendo da receita, também pode ser utilizada isoladamente.

A farinha de amendoim é ótima para o preparo de bolos, biscoitos, cookies, tortas, brigadeiros, trufas, recheios de várias receitas de sobremesas, entre outras preparações. Mas ela deixa o sabor residual do amendoim.

É importante destacar que para usar as farinhas pobres em carboidratos, em algumas receitas pode-se usar a mesma quantidade da farinha da receita originial, mas em outras não. Por isso, testar para saber a quantidade certa é fundamental.

Todas essas farinhas pobres em carboidratos podem tanto ser compradas em supermercados ou lojas de produtos naturais quanto preparadas em casa. Se compradas, é importante adquirir de uma boa procedência para não ter o risco de comprar farinhas falsificadas que podem até ser misturadas com outras farinhas que os diabéticos não podem consumir.

Se forem preparadas em casa, além de economizar financeiramente, é mais garantido consumir uma farinha que seja totalmente original.

3. No lugar do leite de vaca

O leite de vaca não é recomendado para diabéticos por causa da lactose, que é o açúcar do leite.

Por isso, o leite de vaca também é outro ingrediente que deve ser substituído nas receitas de sobremesas para quem é diabético.

As melhores opções no lugar do leite de vaca são os leites de oleaginosas, de sementes, de amendoim ou de coco. São leites pobres em carboidratos e que ajudam a manter a glicose sanguínea controlada.

Todas as oleaginosas podem ser utilizadas para o preparo de leite. São elas: castanhas, amêndoas, nozes, avelãs, pistache e macadêmia. Mas o leite de oleaginosas não é um tipo de leite muito fácil de ser encontrado, por isso, fazer em casa é a melhor opção.

Os leites de oleaginosas podem ser usados em qualquer receita de sobremesa para diabético. O leite de amêndoas se destaca por ter o sabor mais neutro.

O leite de sementes pode ser feito de chia, linhaça, gergelim, girassol, entre outras sementes. É um tipo de leite vegetal liberado para diabético que também pode ser usado em todas as receitas de sobremesas que pedem leite. Também é mais fácil preparar em casa do que encontrar pronto para venda.

O leite de amendoim é uma boa opção também por ser versátil, podendo ser utilizado em várias receitas de sobremesas para diabéticos. É outro leite que também não é muito fácil de ser encontrado, por isso, o ideal é prepará-lo em casa. Pode ser feito do amendoim cru ou do amendoim torrado.

O leite de coco é o mais comum e utilizado em diversas receitas, por ser o de mais fácil acesso e o mais versátil. Tem a consistência mais cremosa e o sabor caracteísico do coco.

É um leite que pode ser comprado ou feito em casa. Além disso, é encontrado na versão em pó. Vai bem em diversas receitas de sobremesas, tanto para massas, quanto para coberturas e recheios, além de ser usado também para o preparo caseiro de leite condensado.

Alguns leites vegetais não podem ser consumidos por diabéticos por terem alta quantidade de carboidratos. Alguns exemplos são o leite de aveia, de arroz, de soja, de inhame, entre outros.

4. No lugar do leite condensado

Leite condensado é um veneno para quem é diabético. Mesmo sendo um ingrediente muito comum na preparação de sobremesas, pode ser substituído tranquilamente.

Para substituí-lo, o leite condensado caseiro sem açúcar e sem leite de vaca é uma boa opção. No lugar do açúcar, pode-se usar um adoçante, e para substituir o leite de vaca na receita, pode-se utilizar um leite vegetal liberado para diabético, como o leite de coco, que é mais consistente.

Além disso, o creme de leite pode ser usado no lugar do leite condensado em algumas receitas de sobremesas, como a de brigadeiro, por exemplo.

Existe, ainda, o leite condensado sem açúcar. É adoçado com algum adoçante geralmente artificial, e contém leite de vaca. Não é a melhor opção para substituir o leite condensado convencional, mas, por ser a mais prática, muitos acabam optando por esta. São os chamados leite condensado diet ou zero açúcar.

5. Frutas

Como vimos, algumas frutas não são liberadas para os diabéticos por terem uma quantidade alta de carboidratos.

Por isso, o recomendado é evitar em receitas de sobremesas para diabéticos as frutas que passaram por algum processo industrial, como frutas cristalizadas, frutas em compotas, frutas desidratadas (uva passa, ameixa, banana, tâmara etc.), entre outras.

Além disso, deve-se evitar, também, as frutas que contêm maior quantidade de carboidrato. Alguns exemplos são a banana, uva, manga, melancia, melão, mamão, maçã, pera, laranja, entre outras.

No lugar dessas frutas, deve-se usar nas sobremesas frutas que tenham menor quantidade de carboidratos. Algumas delas são: coco, abacate, frutas vermelhas (morango, amora, framboesa), limão, maracujá, goiaba e outras.

Essas frutas que são liberadas podem ser utilizadas em vários tipos de receitas de sobremesas para diabéticos, como sucos, vitaminas, smoothies, tortas, sorvetes, mousses, bolos e várias outras receitas.

O ideal é usar as frutas em si de forma in natura. Dessa forma, todo o conteúdo da fruta é aprovetado, em especial as fibras, que são de grande importância para ajudar a manter a glicose normal no sangue do diabético.