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Sinéquia Vaginal

O que é a Sinéquia Vaginal?

A Sinéquia Vaginal, também chamada de Sinéquia Labial é uma condição na qual se formam aderências entre os dois lábios, que são as dobras internas da vagina. Nestas pacientes, os lábios ficam presos uma à outra.

Ela geralmente acomete bebês e meninas jovens, com incidência estimada em 2% das meninas antes da puberdade.

Eventualmente, ela pode acometer também mulheres adultas no pós-parto e mulheres na pós-menopausa.

Qual a causa da Sinéquia Vaginal?

Em bebês e crianças pequenas, a Sinéquia Vaginal está associada a irritações frequentes da pele, como assaduras e a vulvovaginite.

Em mulheres adultas e especialmente após a menopausa, um importante fator que contribui para a Sinéquia Vaginal é o baixo nível de estrogênio.

Quais são os sintomas das aderências labiais?

As aderências labiais podem não causar nenhum sintoma em bebês ou meninas. Quando presentes, eles podem incluir:

Diagnóstico da Sinéquia Vaginal

A Sinéquia Vaginal na infância é geralmente percebida pela mãe ao realizar a higiene da filha.

Nas mulheres adultas ou na pós-menopausa, ela é muitas vezes diagnosticada pelo médico ginecologista durante a avaliação de rotina.

Tratamento da Sinéquia Labial no bebê ou menina jovem

Quando o bebê ou menina jovem não apresenta sintomas e problemas para urinar, o ginecologista pode manter um tratamento expectante, apenas com observação periódica.

As aderências geralmente desaparecem por conta própria quando a menina atinge a puberdade e começa a produzir estrogênio.

Na presença de sintomas, o tratamento pode incluir:

Medicamentos Tópicos

Pomadas de estrogênio podem ser usadas no caso de uma aderência que esteja sintomática, geralmente por um prazo de, aproximadamente, um mês.

Os efeitos colaterais do estrogênio podem incluir sangramento vaginal, crescimento mamário e irritação. Esses efeitos geralmente desaparecem quando o uso de estrogênio é interrompido.

Quando as pomadas de estrogênio forem efetivas para a liberação da Sinéquia Vaginal, poderá ser recomendado que, ao interromper o tratamento, seja feito o uso de vaselina por seis a doze meses. O objetivo com isso é evitar que as aderências voltem a se formar.

Em alguns casos mas leves, o tratamento isolado com vaselina pode ser tentado.

Pomadas de corticoide podem ser usadas como tratamento isolado para a Sinéquia, ou em conjunto com as pomadas de estrogênio.

Separação Manual ou Cirúrgica

Na maior parte das vezes, medicamentos tópicos são efetivos para o tratamento da Sinéquia Vaginal.

Nos casos eventuais em que isso não for suficiente, pode ser indicada a separação manual, realizada pelo Ginecologista infanto-puberal. O procedimento exige a realização de sedação e anestesia local.

Tentativas de separação manual pelos próprios pais não é recomendado, pelo risco de traumatizar ainda mais a vagina e reforçar as aderências.

A separação cirúrgica pode ser considerada quando nenhum dos tratamentos acima for efetivo e a menina continuar sintomática.

Uma vez feita a separação labial, a vaselina ou outro lubrificante deve ser mantida por cerca de seis a doze meses, para evitar a formação de novas aderências.

Tratamento da Sinéquia Vaginal na Mulher Adulta

O tratamento de Sinéquia Vaginal em mulheres adultas e meninas que já passaram pela puberdade é semelhante ao tratamento em lactentes sintomáticos, podendo envolver o uso de pomadas de estrogênio, corticoide, vaselina e, se necessário, cirurgia.