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Síndrome do Piriforme

O que é a Síndrome do Piriforme?

A Síndrome do Piriforme é uma condição na qual o músculo piriforme, localizado na região profunda das nádegas, tem espasmos e causa dor no local.

O músculo piriforme corre diagonalmente no glúteo, com o nervo ciático correndo verticalmente, diretamente abaixo dele. Entretanto, aproximadamente 10% da população apresenta uma variação anatômica em que o nervo cruza no meio do músculo piriforme (1). Estas pessoas são mais vulneráveis para desenvover a Síndrome do Piriforme.

Quais os sintomas da Síndrome do Piriforme?

A principal queixa do paciente com Síndrome do Piriforme e a Dor glútea profunda. A dor piora ao subir ou descer escadas e ladeiras ou quando o paciente fica muito tempo sentado.

Muitos referem que não conseguem ficar sentados por mais de 20 minutos, especialmente em superfícies duras.

Para se protegerem da dor, assumem uma postura antálgica (que protege contra a dor). Fazem isso inclinando o corpo lateralmente, para evitar o apoio do peso sobre a área glútea comprometida.

Quando há acometimento do nervo ciático, o paciente refere irradiação da dor para a parte posterior da coxa, panturrilha e pé.

Os sintomas da Síndrome do Piriforme geralmente pioram após sentar, caminhar ou correr por muito tempo. Ela pode melhorar ao se deitar com a barriga para cima.

Como é feito o diagnóstico da Síndrome do Piriforme?

O diagnóstico é baseado na história clínica e exame físico realizado pelo médico.

Exames de imagem são limitados para a avaliação da Síndrome do Piriforme. Entretanto, eles podem ajudar o médico a descartar outras causas de Dor glútea profunda, especialmente a Hérnia de disco lombar ou a disfunção da articulação sacroilíaca.

Em alguns casos, a avaliação pode deixar dúvidas se a dor tem origem na coluna ou no piriforme.

Nestes casos, quando a dor não melhora com o tratamento clínico e se passa a considerar a possibilidade de cirurgia, uma possibilidade é a realização de uma infiltração anestésica local com objetivo diagnóstico.

Caso a infiltração proporcione alívio significativo da dor, isso indica que a região infiltrada é de fato a origem dos sintomas. Caso contrário, será preciso buscar outras possíveis origens para a dor, especialmente na coluna lombar.

Tratamento

O tratamento inicial deve ser feito com o objetivo de alívio da dor e do espasmo do músculo piriforme. Medicações anti-inflamatórias e fisioterapia manipulativa e analgésica podem ser consideradas.

A infiltração com anestésico e corticosteróide diretamente no músculo piriforme pode ajudar a diminuir o espasmo e a dor. Ao aliviar a dor, a Infiltração permite a realização da fisioterapia de uma maneira mais efetiva.

Tratamento cirúrgico

A cirurgia pode ser considerada em casos mais graves ou nos quais os sintomas estão presentes há muito tempo e sem melhora com o tratamento clínico convencional.

A cirurgia envolve a liberação do músculo piriforme para que este deixe de comprimir o ciático. Além disso, é feita a remoção de qualquer tecido cicatricial ou outras estruturas que possam estar pressionando o nervo.

A cirurgia pode ser feita com anestesia geral ou raquianestesia e o paciente recebe alta no mesmo dia do procedimento.

O apoio do peso na perna operada será liberado de imediato, sendo esperado apenas uma dor leve a moderada nos primeiros dias após a cirurgia.

A prática de atividade física é retomada gradualmente a partir da quarta semana após o procedimento.