Quociente de Inteligência (QI)

O Quociente de Inteligência (QI) é uma medida que busca avaliar a inteligência de uma pessoa em relação à média da população.

Ele é calculado por meio de testes padronizados que medem habilidades cognitivas, como raciocínio lógico, memória, capacidade de resolver problemas e compreensão verbal.

O QI é uma ferramenta muito usada na psicologia para identificar o potencial intelectual de um indivíduo e auxiliar no diagnóstico tanto de deficiências cognitivas como de talentos excepcionais.

Conhecer o QI pode trazer diversos benefícios. Ao identificar as fortalezas e fraquezas intelectuais específicas de cada criança, ele ajuda a identificar necessidades educacionais especiais e direcionar o ensino de acordo com suas habilidades e dificuldades específicas.

Existem diferentes tipos de testes de QI. No entanto, a maior parte deles se baseada em perguntas de múltipla escolha.

Essas perguntas são projetadas para desafiar o pensamento lógico, a capacidade de resolver problemas, a memória e a compreensão verbal.

O QI não é uma medida fixa e imutável. Ele pode variar ao longo da vida de uma pessoa, sendo influenciado por fatores como educação e a experiência de vida.

Por fim, é preciso que se tenha cuidado com testes rápidos e auto aplicáveis, amplamente difundidos pela internet, que são muito pouco criteriosos e vulneráveis a erros significativos.

É consenso entre a comunidade científica que os testes de inteligência devem ser aplicados apenas por profissionais capacitados. No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) determina, com base na Lei Federal nº 4.119 de 27 de agosto de 1962, que somente psicólogos treinados realizem esse tipo de avaliação.

O resultado do QI é apresentado como um número, que representa a pontuação obtida no teste. Em relação à população em geral, podemos dizer que:

• A média da população tem um QI de 100;
• A maioria das pessoas tem um QI entre 85 e 115;
• Resultados entre 70 e 85 ou entre 115 e 130 estão respectivamente abaixo e acima da média, embora sejam considerados normais;
• Resultados abaixo de 70 são indicativos de deficiência intelectual
• Resultados acima de 130 são indicativos de alta habilidade intelectual.

O QI não não é uma medida perfeita. Primeiramente, é preciso considerar que ele pode ser influenciado por fatores como motivação, ansiedade ou a experiência prévia com testes, por exemplo.

Outra crítica ao QI é que ele avalia apenas um tipo específico de inteligência, que envolve a capacidade intelectual e de raciocínio lógico.

Existem outras formas muito importantes de inteligência que não são avaliados em um teste de QI, incluindo a inteligência emocional, a criatividade ou a habilidade social, por exemplo.

A inteligência “acadêmica”, que é medida pelo QI, não é suficiente, por exemplo, para alcançar o sucesso profissional. Pessoas com alto QI muitas vezes não se destacam em outras formas de inteligência, de forma que nem sempre estão entre os melhores profissionais.

Poir tudo isso, o QI deve ser visto como uma medida complementar e não como forma única de se avaliar a inteligência de uma pessoa.

O psicólogo americano Howard Gardner desenvolveu em 1983 o conceito de inteligências múltiplas. Ele descreve oito tipos diferentes de inteligência, que se desenvolvem de forma independente uma da outra:

• Espacial: Capacidade de conceituar e mapear objetos e espaços de larga escala. Essa é uma habilidade fundamental para certos profissionais, incluindo pilotos de avião, marinheiros e arquitetos;
• Musical: sensibilidade à música e à habilidade de cantar, tocar instrumentos e compor músicas;
• Corporal: Capacidade de usar todo o corpo ou partes dele para resolver problemas ou criar produtos. Essa habilidade é fundamental para dançarinos e esportistas, por exemplo;
• Linguística: Capacidade de usar as palavras e os diferentes meios de comunicação verbal;
• Raciocínio Lógico-matemático: Aptidão para analisar problemas com a lógica, sendo a base da matemática e da ciência;
• Interpessoal: também chamada de inteligência social, envolve a habilidade de interagir efetivamente com os outros;
• Naturalista – Habilidade de perceber, manipular e classificar a fauna e a flora;
• Intrapessoal – Sensibilidade aos próprios sentimentos, objetivos e ansiedades.

Veja aqui que os testes de QI avaliam especialmente a inteligência linguística e o raciocínio lógico matemático. Ele não engloba outras formas de inteligência, que põem ser abordados por outros testes.

Na década de 1990, comoçou a ganhar espaço as ideias do psicólogo Daniel Goleman relacionadas à inteligência emocional.

De acordo com Goleman aqueles que conhecem suas emoções e sabem como lidar com elas estão mais preparadas para permanecer em qualquer ambiente social e tomar a decisão certa em cada uma delas.

A inteligência emocional ajuda no controle de impulsos, motivação, empatia e na capacidade de se relacionar com os outros.