Neuropsicologia

[accordion-model-lca titulo=”Neuropsicologia”]

A Neuropsicologia é uma das áreas de atuação da psicologia que possui base científica e que foca na relação do Sistema Nervoso com o comportamento e a cognição das pessoas, considerando a fase do desenvolvimento humano.

A intervenção nesta área está relacionada a muitos pontos importantes, como raciocínio, memória, atenção, processo de ensino-aprendizagem, e assim por diante.

Neste conteúdo, reunimos uma série de informações pertinentes sobre essa temática, a fim de ajudá-lo a compreender a importância da Neuropsicologia e as suas mais diversas formas de se fazer presente na sociedade. Acompanhe para saber mais.

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[accordion-model-lca titulo=”O que é a Neuropsicologia?”]

A Neuropsicologia pode ser compreendida como uma ciência responsável por estudar e intervir, clinicamente, em questões que tenham relação com o comportamento, as emoções e a cognição humana, levando em consideração a interação desses fatores com o nosso cérebro.

Ou seja, além das questões subjetivas, a Neuropsicologia também se ocupa de compreender e avaliar as questões cerebrais, de forma profunda e científica, visando investigar processos como ensino-aprendizagem, memorização, concentração, entre outros.

O neuropsicólogo pode atuar tanto em escolas, quanto em clínicas e hospitais, focando na investigação de fatores que possam estar associados com a capacidade funcional dos indivíduos.

Dessa maneira, a Neuropsicologia se ocupa de observar e de se atentar para a ligação existente entre mente e corpo, compreendendo a interação dessas duas esferas e fomentando a ideia de que o ser humano é um indivíduo inteiro, que não pode ser dividido em duas partes diferentes.

Os processos psicológicos e o comportamento humano são estudados, avaliados e recebem intervenção de acordo com os aspectos cerebrais e a fase do desenvolvimento na qual o indivíduo está.

Assim sendo, a Neuropsicologia avalia o sistema nervoso e suas funções em detrimento às emoções e à subjetividade humana, compreendendo a relação de uma área com a outra e encontrando caminhos para reabilitar indivíduos que possam estar vivenciando problemas relacionados à cognição.

Além disso, ela também pode fomentar mais qualidade de vida e compreensão de si mesmo para os indivíduos que passam a entender melhor a sua própria mente, suas próprias emoções e o seu próprio cérebro, de certa forma.

Por exemplo, caso um idoso comece a apresentar problemas de memorização, o neuropsicólogo poderá auxiliá-lo, avaliando, investigando e criando hipóteses sobre o quadro clínico do paciente. Com esses dados em mãos, poderá fomentar um processo terapêutico que minimize o problema de memorização e aumente a qualidade de vida do sujeito, sempre considerando os aspectos particulares da fase do desenvolvimento da qual ele faz parte.

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[accordion-model-lca titulo=”Qual o papel do neuropsicólogo?”]

O neuropsicólogo é o profissional responsável por investigar, avaliar e analisar os pacientes, focando nas suas questões de cognição e de funcionamento cerebral. A partir desse tipo de análise, o profissional poderá fazer o levantamento de hipóteses, encaminhar o paciente quando for necessária a intervenção médica e desenvolver estratégias de intervenção que impulsionam a autonomia, a cognição e a qualidade de vida do paciente.

Desse modo, ele pode considerar ações como:

  • Entrevistas e conversas com o paciente, visando compreender qual é a queixa, o que está acontecendo, quais são os sinais que o paciente apresenta, quais os seus comportamentos, e assim por diante.
  • Aplicação de testes psicológicos, visando detectar possíveis déficits na cognição e no desenvolvimento cerebral que seria típico para a faixa etária do sujeito. Esses testes promovem a obtenção de uma série de informações que fomentarão a atuação do psicólogo, mais tarde.
  • Observação clínica, solicitando ao paciente algumas tarefas e atividades que possam ser pertinentes para a investigação clínica, com o propósito de compreendê-lo melhor. Nas escolas, o neuropsicólogo pode visitar a sala de aula para observar o comportamento do aluno, sua sociabilidade, sua atenção, entre outros aspectos importantes no processo de ensino-aprendizagem.
  • A partir de todos esses passos, o processo de intervenção poderá ser iniciado, levando sempre em consideração os aspectos singulares do sujeito e suas limitações, a fim de que o trabalho produza efeitos alinhados às necessidades de cada paciente.

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[accordion-model-lca titulo=”Quais áreas a Neuropsicologia estuda, avalia e intervém?”]

São diversas as áreas nas quais a Neuropsicologia intervém e promove investigações e análises científicas. Abaixo listamos algumas delas para que você possa compreender a amplitude deste campo que vem cada vez mais ganhando espaço dentro da psicologia:

Memória
A memória humana pode ser bastante complexa, e contém uma série de fatores que podem impactá-la positiva ou negativamente. Sendo assim, a Neuropsicologia visa compreender quais são esses fatores e de que modo eles estão dispostos no dia a dia das pessoas.
Além disso, essa área da psicologia também estuda como as pessoas podem desenvolver problemas de memorização em casos de problemas como demência, lesões cerebrais, e assim por diante.
Ao mesmo tempo, busca encontrar soluções pertinentes e possíveis para situações de problemas de memória, com foco em aumentar sempre a qualidade de vida dos sujeitos.

Raciocínio
O raciocínio tem um papel importantíssimo em nossas vidas. A todo momento estamos raciocinando alguma coisa, por mais simples que ela possa ser.
Quando o raciocínio está comprometido por algum motivo, podemos nos ver diante de desafios completamente intensos na vida. Esses desafios podem impactar a nossa funcionalidade no cotidiano, o atingimento de metas, e assim por diante.
Dessa maneira, a Neuropsicologia visa estudar os aspectos cerebrais envolvidos com o raciocínio, bem como as questões psicológicas e comportamentais que possam causar efeitos sobre ele.
Assim, torna-se possível implementar estratégias e intervenções focadas no desenvolvimento do raciocínio humano.

Atenção
A atenção é outra função cognitiva que tem um papel importante na vida dos seres humanos. Precisamos da atenção, inclusive, para a nossa sobrevivência, pois ela nos ajuda a nos esquivarmos de perigos e encontrarmos caminhos mais seguros na hora de tomar uma decisão importante, por exemplo.
Sendo assim, uma atenção comprometida é capaz de trazer prejuízos para as diversas esferas de nossas vidas, como a esfera social, emocional, cognitiva, profissional, e assim por diante.
Por conta disso, é papel da Neuropsicologia estudar os aspectos relacionados à atenção e sua interação com nossas emoções e questões subjetivas.

Comportamento
O comportamento humano está intimamente relacionado com o funcionamento do nosso cérebro. Ou seja, há um entrelaçamento entre a forma como nos comportamos e a maneira como o nosso cérebro funciona.
Por exemplo, o cérebro adolescente passa por mudanças que provocam uma maior incidência de comportamentos desafiadores e rebeldes. Por isso, os adolescentes costumam se opor mais aos pais, diferentemente do que acontece com as crianças menores.
Por conta de toda essa interação, a Neuropsicologia também estuda o comportamento humano e avalia o quanto dele está associado com as condições cerebrais do indivíduo.

Emoções
Nossas emoções são bastante complexas. Elas existem para nos ajudar a sobreviver neste mundo. Por exemplo, o medo nos ajuda a nos protegermos de possíveis males; a alegria nos traz recompensas e forças para seguirmos adiante; a ansiedade nos faz pensar melhor sobre o que estamos fazendo; e assim por diante.
No entanto, às vezes as emoções podem ficar desequilibradas, reduzindo a qualidade de vida do sujeito e impedindo que ele mesmo compreenda o que sente. Em casos de doenças cerebrais, isso pode ficar ainda mais evidente.
Considerando esses cenários, a Neuropsicologia atua com o propósito de investigar a relação das emoções com o nosso cérebro, visando compreender essa interação para implementar ações que fomentem mais saúde emocional e qualidade de vida ao sujeito – independentemente das suas características cerebrais e da sua fase do desenvolvimento humano.

Percepção
A percepção está relacionada com os nossos cinco sentidos, nossas emoções, nosso funcionamento cerebral, etc. Além disso, a forma como percebemos as situações e os acontecimentos à nossa volta tem relação direta com a nossa qualidade de vida, com a forma como lidamos com as adversidades, e assim por diante.
Por isso, a Neuropsicologia visa compreender a maneira como o sujeito percebe o mundo e recebe as informações externas. Além de avaliar de que maneira ele lida com essas situações e quais são os impactos cognitivos e psicológicos por trás disso.
Deficiências cognitivas e transtornos
As deficiências cognitivas e os transtornos mentais não têm relação apenas com o funcionamento do cérebro. Elas impactam as emoções, o psicológico e os comportamentos do indivíduo. Por conta desses fatores, ela é mais uma área que a Neuropsicologia estuda, avalia e intervém, focando em compreender as interações do cérebro com a cognição do sujeito e sua forma de ver e viver a vida.
Desse modo, o neuropsicólogo pode trabalhar focando em minimizar os efeitos dos transtornos e deficiências, fomentando mais qualidade de vida e autonomia ao indivíduo.

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[accordion-model-lca titulo=”Quando procurar um neuropsicólogo?”]

O neuropsicólogo é um profissional competente que visa investigar, avaliar e intervir em situações nas quais o indivíduo possa estar vivenciando algum problema psicológico e/ou cerebral que impacte profundamente na sua qualidade de vida e funcionalidade no dia a dia.

Dessa maneira, o terapeuta poderá avaliar o grau de comprometimento e quais ferramentas podem ser usadas na reabilitação ou até mesmo na prevenção de uma evolução do quadro.

A seguir, descrevemos algumas situações nas quais a atuação desse profissional pode ser pertinente:

1. Lesão cerebral
Quando o indivíduo sofre algum tipo de lesão cerebral, como em casos de acidentes, possivelmente ele terá que lidar com efeitos colaterais em sua cognição e funcionalidade. Sendo assim, buscar o apoio de um neuropsicólogo, nessas situações, é bem pertinente.
O profissional poderá avaliar a situação e verificar de que maneira pode ajudar o sujeito a reduzir os danos causados pela lesão, aumentando assim a autonomia e o bem-estar do indivíduo.

2. Transtorno mental
Casos de transtorno mental também são trabalhados na Neuropsicologia. Veja alguns exemplos:

  • Transtornos de comportamento.
  • Transtornos de aprendizagem
  • Transtornos de ansiedade.
  • Entre outros casos clínicos.

O terapeuta avaliará a situação atual do paciente, investigando a interação entre cérebro e emoções, visando desenvolver um plano de ação que contribua para a redução de efeitos nocivos que o transtorno possa estar gerando na vida da pessoa.
Dessa maneira, ele ajuda o sujeito a encontrar caminhos mais saudáveis e equilibrados para seguir adiante, sempre respeitando as suas condições e limitações pessoais.

3. Problemas de aprendizagem, memória, atenção, etc.
Problemas relacionados ao processo de ensino-aprendizagem também podem requerer o acompanhamento do neuropsicólogo.
Se você percebe que o seu filho está com problemas para memorizar, concentrar-se ou aprender coisas novas, a terapia com o neuropsicólogo poderá servir de base para a implementação de estratégias que reduzem esses efeitos e promovam um desenvolvimento mais saudável da criança ou do adolescnete.
Além disso, o profissional poderá avaliar o quadro e encaminhar para outro profissional, caso seja necessário.

4. Demências
Casos de demências, como na terceira idade, também podem receber o acompanhamento de um neuropsicólogo qualificado. O profissional auxiliará o idoso a encontrar formas de fortalecer a autonomia, ao mesmo tempo em que trabalha com as questões relacionadas às emoções do sujeito.

5. Comportamentos disfuncionais na infância
A avaliação do neuropsicólogo na infância pode ajudar a detectar situações relacionadas aos comportamentos disfuncionais. Desse modo, o terapeuta agirá de forma a reduzir os comportamentos que podem ser caracterizados nocivos, ao mesmo tempo que investiga as causas deles para que a situação seja tratada pela “raiz”.

6. Problemas emocionais
O neuropsicólogo também pode atuar em situações nas quais o indivíduo apresenta problemas emocionais. Se você tiver percebido algum tipo de desequilíbrio significativo nas emoções, e tem tido dificuldades para lidar com isso sozinho, o profissional de saúde mental poderá ajudá-lo a entender melhor o que está acontecendo e como isso pode ser resolvido ou minimizado da melhor maneira possível.

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[accordion-model-lca titulo=”Benefícios da Neuropsicologia”]

Agora que você já teve uma visão geral da Neuropsicologia, descubra como ela pode promover benefícios para a sociedade e para os indivíduos de forma geral. Lembrando apenas de que estes benefícios podem variar de caso a caso. Tudo depende do contexto e da qualificação do profissional.
Esclarecido isso, sigamos com a nossa leitura:

1. Reabilitação de funções cognitivas
A reabilitação é uma das atuações da Neuropsicologia. Às vezes, a pessoa pode passar por problemas emocionais ou desenvolver algum tipo de enfermidade que impacta diretamente as suas funções cognitivas, como memória, concentração, raciocínio, aprendizagem, e assim por diante.
Desse modo, o terapeuta poderá avaliar o que aconteceu e de que maneira é possível investir em um processo de reabilitação dessas funções. Sempre respeitando o tempo de recuperação do indivíduo.

2. Compreensão das condições neuropsicológicas
A Neuropsicologia também auxilia o indivíduo na sua própria compreensão das condições neuropsicológicas. O paciente pode compreender melhor a sua própria mente, seus limites, forças e fraquezas. Assim, o autoconhecimento atua como uma peça-chave no aumento da qualidade de vida dessas pessoas, promovendo uma série de benefícios no curto, médio e longo prazo.

3. Aumento da qualidade de vida frente à distúrbios e transtornos
Pessoas que convivem com quadros de distúrbios e transtornos podem ter uma série de questões para enfrentar ao longo do dia. Sendo assim, a Neuropsicologia também auxilia esses indivíduos no aumento da qualidade de vida, estabelecendo a aprendizagem do paciente sobre o seu próprio quadro e dando a ele conhecimentos que possam ajudá-lo a seguir adiante de forma mais equilibrada e com mais saúde e bem-estar.

4. Maior compreensão das subjetividades do paciente
As subjetividades do paciente também são escutadas e compreendidas dentro do atendimento. Afinal, é a forma como essa subjetividade interage com o cérebro que a Neuropsicologia visa estudar também.
Logo, o indivíduo é aceito no seu todo, respeitado dentro dos seus limites e acolhido de modo que possa se conhecer melhor e buscar uma vida ainda mais saudável.

Se interessou pela temática da Neuropsicologia? Então considere a possibilidade de conversar com um profissional da área. Possivelmente você conquistará esses e outros benefícios pertinentes oferecidos pela Neuropsicologia.

Referências
IPOG. Você sabe o que é a Neuropsicologia? Disponível em: https://blog.ipog.edu.br/saude/o-que-a-neuropsicologia/. Acesso em 18 jan. 2023.

PAULA, Giovana Romero et al. Neuropsicologia da aprendizagem. Revista Psicopedagogia, v. 23, n. 72, p. 224-231, 2006.

PINHEIRO, Marta. Fundamentos de Neuropsicologia-o desenvolvimento cerebral da criança. Vita et sanitas, v. 1, n. 1, p. 34-48, 2007.

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