Prolactinoma

O prolactinoma é o tipo mais comum de Adenoma de Hipófise (tumor não cancerígeno).

Ele produz quantidades excessivas de prolactina, que é um dos hormônios da hipófise e ocorre habitualmente em pacientes menores de 40 anos de idade.

A prolactina é um hormônio produzido pela hipófise, tanto em homens como em mulheres. Ela é a principal responsável pelo desenvolvimento das glândulas mamárias, produção de leite e lactação.

Além disso, a prolactina tem mais de 300 funções dentro do corpo humano. Algumas delas são relacionadas a áreas reprodutivas, metabólicas, regulação de fluidos, regulação do sistema imunológico e controle de funções comportamentais.

Os prolactinomas são divididos em dois grupos:

• Microprolactinomas: possuem menos de 10mm. É o tipo mais comum de prolactinoma, sendo mais comum em mulheres;
• Macroprolactinomas: possuem mais de 10mm. São mais comuns em homens.

Os sintomas estão associados a duas condições diferentes:

• Efeito de massa (efeito compressivo), o que ocorre basicamente nos macroprolactinomas;
• Efeito hormonal do excesso de Prolactina.

Os efeitos de massa dos prolactinomas estão associados à compressão sobre estruturas vizinhas. Eles acontecem, desta forma, exclusivamente nos macroprolactinomas.

Os problemas mais comuns, nestes casos, são:

Problemas de visão

A visão pode ser prejudicada em decorrência da compressão do quiasma óptico (1).

Isso inclui sintomas como visão embaçada ou dupla e perda da visão periférica.

Dor de cabeça

A Cefaleia acontece devido à pressão sobre tecidos próximos. Por outro lado, como a Dor de cabeça é um sintoma comum na população como um todo, pode ser difícil de fazer esta associação com o Prolactinoma.

Os sintomas mais comuns do prolactinoma nas mulheres incluem:

• Menstruação irregular ou ausente (amenorreia);
• Infertilidade feminina;
• Secreção leitosa dos mamilos quando não está grávida ou amamentando (galactorréia);
• Perda de interesse em sexo;
• Secura vaginal;
• Dor ou desconforto durante a relação sexual.

Os sintomas mais comuns do prolactinoma em homens incluem:

• Perda da libido (interesse em sexo);
• Baixos níveis de testosterona;
• Disfunção erétil;
• Infertilidade Masculina;
• Ginecomastia (aumento do tecido mamário);
• Secreção leitosa dos mamilos (galactorreia).

Os níveis de prolactina podem ser avaliados por meio de um exame de sangue. Quando um nível elevado do hormônio é detectado, outros hormônios hipofisários devem ser dosados.

Além disso, um exame de imagem poderá ser solicitado para confirmar ou afastar o diagnóstico. O exame mais usado para isso é a Ressonância Magnética.

O prolactinoma é habitualmente tratado por meio de medicamentos. Cirurgia ou radioterapia, que são tratamentos comumente usados para outras formas de Adenomas de Hipófise, raramente são indicados para o paciente com prolactinoma.

Os medicamentos mais usados no combate ao prolactinoma são os agonistas da Dopamina. Estes medicamentos ajudam a controlar os níveis de prolactina e são muito eficazes na redução do prolactinoma.

Os agonistas da Dopamina são habitualmente usados por pelo menos dois anos, para evitar que o prolactinoma volte a crescer. Isso é válido especialmente se o tumor for grande.

Após este período, a dosagem da medicação poderá ser gradualmente reduzida. Se os níveis de prolactina se mantiverem normais, a medicação poderá eventualmente ser interrompida.