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Estenose Hipertrófica de Piloro

O que é a Estenose Hipertrófica de Piloro?

A Estenose Hipertrófica de piloro é uma condição caracterizada pelo estreitamento do piloro, que acomete bebês recém-nascidos.

O piloro é um anel muscular, situado na porção final do estômago, que funciona como uma válvula.

Assim, ele controla a passagem do alimento do estômago para o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado.

Como consequência, a estenose pode provocar episódios recorrentes e intensos de vômitos e pode levar à desidratação em bebês.

Os bebês geralmente não nascem com estenose pilórica. O espessamento começa a acontecer após o nascimento, sendo que os sintomas geralmente aparecem a partir de 2 a 8 semanas de idade. Em alguns casos, no entanto, pode levar até cinco meses para que os sintomas se tornem aparentes.

Fatores de risco

Embora possa acontecer em qualquer bebê, a estenose hipertrófica de piloro é mais comum em alguns grupos populacionais específicos, incluindo:

  • Bebês primogênitos, masculinos e nascidos a termo;
  • Raça branca / descendentes de europeus;
  • Histórico familiar de estenose hipertrófica de piloro;
  • Tabagismo materno durante a gestação;
  • Uso de certos antibióticos pela mãe durante a gestação;
  • Amamentação com fórmulas infantis (falta de aleitamento materno).

As crianças mais velhas podem ter estenose pilórica?

A estenose hipertrófica e piloro é uma condição relativamente comum, que afeta aproximadamente 3 em cada 1.000 nascimentos.

Embora incomum, a obstrução do piloro também pode acontecer em crianças mais velhas.

No entanto, ela está associada a outros problemas, como as úceras pépticas ou a gastroenterite eosinofífica.

Quais são os sintomas da estenose pilórica?

OS principais sinais e sintomas da Estenose Hipertrófica de Piloro incluem:

  • Episódios recorrentes e intensos de vômitos, geralmente dentro de 30 a 60 minutos após a amamentação.
  • Desconforto abdominal
  • Desidratação.
  • Irritabilidade.
  • Quantidade reduzida de fezes
  • Perda de peso.

A maioria dos bebês, no entanto, possuem uma aparência saudável. Pode ser difícil perceber que algo está errado até que os bebês fiquem muito desidratados ou desnutridos.
Os bebês também podem eventualmente desenvolver icterícia, uma condição na qual a pele e o branco dos olhos ficam amarelos.

Diagnóstico

Frente a um bebê com quadro clínico compatível com a Estenose Hipertrófica do piloro, o diagnóstico pode ser feito por meio da palpação do abdome, quando poderá ser percebido o espessamento característico da estenose.

A ultrassonografia é um exame não invasivo e que pode mostrar a estenose. Mas também não será capaz de identificar todos os casos.

Quando isso ainda não for suficiente, poderá ser considerada a realização de uma radiografia com contraste.

Para fazer o exame, o bebê ingere um líquido com o contraste. A seguir, são realizadas radiografias do abdome para avaliar o trajeto deste líquido no trato digestivo, que poderá mostrar a redução no fluxo entre o estômago e o intestino.

Tratamento da Estenose Hipertrófica de Piloro

Em um primeiro momento, o tratamento envolve a hidratação e a correção de desequilíbrios hidroeletrolíticos, que se desenvolvem em decorrência dos episódios repetitivos e intensos de vômitos.

O tratamento definitivo é feito com uma cirurgia denominada de pilorotomia longitudinal. Neste procedimento, as fibras musculares do piloro são cortadas e deixadas para cicatrizarem em uma posição mais alongada.

Habitualmente, o bebê já tolera bem a alimentação no dia seguinte da cirurgia.

Qual o prognóstico de longo prazo do bebê com Estenose Hipertrófica de Piloro?

A maioria das crianças não apresenta problemas de longo prazo após uma cirurgia de estenose pilórica bem-sucedida. Eles comem bem, crescem e prosperam.