Cuidados Paliativos

[accordion-model-lca titulo=”O que são os Cuidados Paliativos?”]

O paciente é considerado em cuidados paliativos quando ele tem uma doença que não pode ser curada. Nesta fase, a doença é classificada como terminal.

O cuidado paliativo envolve um conjunto de medidas adotadas com o objetivo de oferecer condições para que o paciente possa viver da melhor forma possível e para que possa morrer com dignidade.

Alguns pacientes podem receber tratamento também para controlar a doença e evitar que ela continue evoluindo. Isso pode envolver, por exemplo, a quimioterapia ou a Imunoterapia no tratamento do câncer.

Outras pessoas podem optar por interromper o tratamento específico e manter apenas os cuidados de conforto e o tratamento dos sintomas.

Algumas pessoas recebem o tratamento paliativo em um estágio final, quando a espectativa de vida se limita a dias, semanas ou poucos meses. Em outros casos, o paciente pode permanecer anos ou décadas em cuidados paliativos. Cuidados paliativos, portanto, não é a mesma coisa que cuidados de fim de vida.

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[accordion-model-lca titulo=”Como São Feitos os Cuidados Paliativos?”]

Os cuidados paliativos devem envolver uma abordagem holística. Isso significa que, o paciente deve ser visto como um todo, não apenas como uma doença ou um conjunto de sintomas.

O paciente, seus familiares e cuidadores devem também receber apoio psicológico, social e espiritual.

Idealmente, o paciente deve ser inquirido quanto aos seus desejos para quando não for mais capaz de se comunicar.

A equipe médica poderá discutir com o paciente e seus entes queridos a respeito dos cuidados para o final da vida.

Alguns pacientes podem preferir passar seus dias finais em casa, enquanto outros preferem permanecer no hospital.

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[accordion-model-lca titulo=”Para Quais Pacientes São Destinados os Cuidados Paliativos?”]

Os cuidados paliativos podem ser oferecidos para qualquer paciente com doença terminal.
Isso pode incluir, entre outros:

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[accordion-model-lca titulo=”Fases do Cuidado Paliativo”]

Os cuidados paliativos podem ser divididos em quatro fases, a depender das condições do paciente e de sua doença:

Cuidado Paliativo Precoce

Envolve pacientes com bom estado funcional, no qual se espera que o paciente ainda tenha condição de manter uma boa qualidade de vida e quando não se espera uma sobrevida variando de meses a anos em decorrência da doença de base.

No caso de instabilidade clínica, a equipe médica deve prover todos os esforços necessários para reestabelecer a condição de saúde do paciente. Caso necessário, ele deve ser encaminhado para a UTI. No caso de uma parada cardíaca, ele deverá ser reanimado.

Cuidado Paliativo Complementar

O paciente é portador de doença que ameaça sua vida e apresenta estado funcional intermediário. O prognóstico da doença é estimado em semanas a meses.

No caso de instabilidade clínica, é improvável que o paciente possa responder de maneira completa ou satisfatória ao tratamento curativo.

No entanto, ele pode se beneficiar de procedimentos ou tratamentos invasivos que proporcionem melhora de sintomas e qualidade de vida, respeitando o desejo do paciente ou de seus representantes legais.

A transferência para UTI deve ser ponderada, levando-se em consideração as condições potencialmente reversíveis. Os limites de esforço terapêutico devem ser estabelecidos.

Cuidado Paliativo Predominante

O paciente é portador de doença que ameaça a vida e apresenta estado funcional ruim.

As ações devem priorizar o alívio do sofrimento. Entretanto, não se deve dar início a terapias inócuas.

O paciente não deve ser encaminhado para a UTI, caso este seja o desejo do paciente ou de seus representantes legais.

Cuidado Paliativo Exclusivo (Cuidados de Fim de Vida)

O paciente é portador de doença que ameaça a vida, com baixo status funcional.

As terapias inócuas devem ser suspensas, focando o tratamento exclusivamente no alívio dos sintomas.

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[accordion-model-lca titulo=”Sedação Paliativa”]

Sedação Paliativa se refere à administração deliberada de fármacos sedativos para induzir diferentes graus de redução do nível de consciência no paciente em cuidados de fim de vida, com o intuito de aliviar sintomas intoleráveis e refratários.

Para sua administração é necessária a obtenção do consentimento verbal do paciente ou de seu representante legal, no caso de incapacidade.

A Sedação Paliativa é diferente da eutanásia, uma vez que nenhum procedimento é feito para acelerar a morte do paciente.

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[accordion-model-lca titulo=”O Paciente Deve Ser Informado Sobre Sua Condição?”]

Não existe uma regra clara sobre isso. Entretanto, é preciso considerar que:

  • Todo adulto que quer saber algo sobre si mesmo, tem o direito de perguntar e o médico tem o dever moral e ético de responder a pergunta;
  • Todo adulto que de uma forma ou de outra solicita não ser informado sobre algo que lhe diz respeito, tem o direito de não lhe ser imposta uma informação indesejada.

O princípio que deve orientar ao médico é o de dar a informação solicitada e cumprir aquilo que considera como de interesse maior para o paciente.

Muitas pessoas evitam dar a informação ao paciente buscando poupar seu sofrimento.

Embora este instinto de proteção seja baseado na melhor das intenções, vale considerar que, na maior parte das vezes, o paciente acaba sabendo de sua doença e de sua gravidade. Entretanto, ele próprio não quer falar sobre a doença em frente a familiares, para não fazê-los sofrer.

Assim, a tendência é que tanto o paciente quanto seus familiares saibam de tudo, mas simulam estar tudo bem na presença do outro. Esta situação não ajuda em nada, nem ao paciente, nem a seus familiares, a enfrentar a situação e acaba por trazer ainda mais sofrimento neste momento de despedida.

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