Doença de Alzheimer
O que é a Doença de Alzheimer?
A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que afeta a memória, o pensamento e o comportamento.
Ela é responsável por 60 a 70% de todos os casos de demência (1).
A maior parte dos pacientes tem 65 anos ou mais, sendo que 80% deles têm mais de 75 anos (2). As mulheres representam 67% dos casos.
Quando a doença de Alzheimer tem início antes dos 65 anos, ela é chamada de doença de Alzheimer de início precoce.
Estes casos representam apenas 5 a 6% de todos os diagnósticos.
Qual a evolução da Doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer é uma doença progressiva. Isso significa que os sintomas tendem a piorar gradativamente com o tempo.
A expectativa de vida depende bastante da idade no momento do diagnóstico.
A sobrevida média para pacientes na faixa dos 60 ou 70 anos é de 7 a 10 anos. Para pacientes na faixa dos 90 anos, a sobrevida média é de 3 anos (3).
Entretanto, em alguns casos os pacientes podem viver até 20 anos.
Qual a causa da Doença de Alzheimer?
A Doença de Alzheimer está associada ao acúmulo das proteínas Amiloide e Tau no cérebro. As causas para o acúmulo dessas proteínas, porém, não são desconhecidas.
Os neurônios previamente saudáveis perdem conexões com outros neurônios, param de funcionar e morrem.
Estas alterações acontecem inicialmente em partes do cérebro essenciais para a formação da memória.
À medida que mais neurônios morrem, partes adicionais do cérebro são afetadas e começam a encolher.
No estágio final da doença de Alzheimer, o dano é generalizado e o tecido cerebral está todo comprometido.
Sintomas
A característica mais evidente no paciente com doença de Alzheimer em seus estágios iniciais é a perda progressiva da memória.
À medida que a doença piora, a memória torna-se cada vez mais comprometida. Os problemas podem incluir:
- Vagar pela rua;
- Se perder em locais familiares;
- Dificuldade em lidar com dinheiro e pagar contas;
- Repetir perguntas;
- Demorar mais para concluir tarefas diárias normais;
- Mudanças de personalidade e comportamento.
Em um estágio mais avançado, ocorrem danos em áreas do cérebro que controlam a linguagem, o raciocínio, o pensamento e o processamento sensorial, assim como a capacidade de detectar corretamente sons e cheiros.
A perda de memória e a confusão pioram, e as pessoas começam a ter problemas para reconhecer a família e os amigos.
Alucinações, delírios, paranóia e comportamentos impulsivos podem se fazer presentes.
Perto do fim da vida, a pessoa passa a maior parte ou todo o tempo na cama, enquanto o corpo se desliga. O paciente perde a capacidade de se comunicar e os pacientes se tornam completamente dependentes de terceiros para seus cuidados.
Tratamento
Atualmente, não existe nenhum tratamento que seja capaz de reverter a evolução da doença de Alzheimer.
No entanto, os avanços da medicina têm proporcionado aos pacientes uma sobrevida maior e uma melhor qualidade de vida.
O Médico neurologista poderá orientar diversas estratégias farmacológicas e não farmacológicas que são importantes na promoção do bem-estar do doente.
Há também uma evidência crescente da necessidade do tratamento agressivo e precoce dos fatores de risco vasculares. O objetivo com isso é reduzir a velocidade de declínio cognitivo.
A principal estratégia farmacológica envolve o uso de medicações que inibem a degradação de uma substância chamada acetilcolina, a qual se encontra reduzida no cérebro de pacientes com Alzheimer.
A resposta esperada deste tratamento é uma melhora inicial dos sintomas, e uma evolução mais lenta da doença.
Já o tratamento não farmacológico envolve atividades de estimulação cognitiva, social e física. A intenção é preservar as habilidades cerebrais e minimizar a progressão da doença.
Essas atividades devem sempre ser orientadas por profissionais. Isso porque, no intuito de ajudar os pacientes, é comum que familiares e cuidadores sobrecarreguem o mesmo com exercícios que julgam ajudar no tratamento.