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Broncodisplasia

O que é a broncodisplasia?

A broncodisplasia é uma doença pulmonar decorrente das agressões causadas pelo uso de oxigênio após o nascimento, em recém-nascidos prematuros ou com problemas pulmonares.

Os bebês não nascem com broncodisplasia. No entanto, esta condição se desenvolve em decorrência de danos aos pulmões, geralmente causados ​​por ventilação mecânica (respirador) e uso prolongado de oxigênio.

A gravidade da doença varia de criança para criança. Quanto mais prematuro o recém-nascido, maior o risco de desenvolver broncodisplasia.

Fatores de risco

Nem todos os bebês que recebem oxigênio ao nascimento desenvolvem broncodisplasia.

O grau de prematuridade é em grande parte o que coloca uma criança em risco de desenvolver a doença.

A maioria dos recém-nascidos que desenvolvem broncodisplasia nascem com mais de 10 semanas de antecedência e pesam menos de um quilo ao nascer.

O problema é raro em bebês nascidos após 32 semanas de gravidez.

Quais as consequências da broncodisplasia?

A broncodisplasia causa danos aos alvéolos pulmonares já formados e àqueles ainda em desenvolvimento.

Além disso, os pequenos vasos sanguíneos ao redor dos alvéolos podem ser afetados, dificultando a troca de ar entre o sangue e os pulmões.

Quanto menor o número de alvéolos funcionando, mais tempo o bebê pode precisar permanecer em um ventilador, o que por sua vez pode causar mais danos aos pulmões da criança.

A longo prazo, o aumento da pressão dentro dos vasos sanguíneos nos pulmões e entre o coração e os pulmões pode causar hipertensão pulmonar. Em casos graves, pode ocorrer insuficiência cardíaca.

Os recém-nascidos com broncodisplasia também podem ter problemas para se alimentar, levando a um atraso no desenvolvimento.

Qual a causa da broncodisplasia?

A broncodisplasia é uma doença respiratória que pode ocorrer quando os pulmões de um recém-nascido estão subdesenvolvidos ao nascimento, exigindo o uso de um ventilador ou oxigenoterapia para suporte.

Como os pulmões dos recém-nascidos são particularmente vulneráveis, altas quantidades de oxigênio inalado e pressão podem sobrecarregar os alvéolos, causando inflamação e danos ao revestimento interno das vias aéreas, alvéolos e vasos sanguíneos ao seu redor.

Esses efeitos são particularmente prejudiciais para o pulmão prematuro, de forma que a broncodisplasia é considerada principalmente uma complicação da prematuridade.

Sinais e sintomas da broncodisplasia

Os sinais e sintomas da broncodisplasia variam dependendo de sua gravidade. Os sinais mais comuns incluem:

  • Respiração acelerada.
  • Chiado (um som de assobio suave quando o bebê expira).
  • Necessidade de oxigenioterapia continuada após a idade gestacional de 36 semanas.
  • Dificuldades com a alimentação.
  • Infecções pulmonares repetidas que podem exigir hospitalização.
  • Descoloração azulada ao redor da boca ou dos lábios

Diagnóstico da broncodisplasia

O diagnóstico de brincodisplasia é baseado na avaliação clínica, no grau de prematuridade e na necessidade de oxigênioterapia.

Ela fica caracterizada nas crianças que apresentam dependência de oxigênio com 28 dias de vida com alterações típicas na radiografia dos pulmões.

Quando a criança é muito prematura utiliza-se um momento diferente (36 semanas de idade gestacional corrigida) para fazer este diagnóstico, pois a dependência de oxigênio mais prolongada nestes bebês pode refletir apenas uma incapacidade de respirar adequadamente por problemas de força muscular, e não de uma doença pulmonar propriamente dita.

Tratamento da broncodisplasia

Nenhum tratamento é capaz de prover a cura para a broncodisplasia. No entanto, o tratamento pode minimizar a continuidade do dano ao pulmão e fornecer condição para que os pulmões voltem a se desenvolver normalmente.

Entre os possíveis medicamentos usados para bebê com broncodisplasia, incluem-se:

Diuréticos
Medicamentos que ajudam a diminuir a quantidade de líquido dentro e ao redor dos alvéolos. Eles geralmente são administrados por via oral uma a quatro vezes por dia.

Broncodilatadores
Medicamentos que ajudam a relaxar os músculos ao redor dos brônquios, facilitando o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões. Geralmente eles são administrados na forma de aerossol por meio de uma máscara sobre o rosto do bebê.

Corticosteroides
Medicamentos usados para reduzir e/ou previnem a inflamação nos pulmões. Eles ajudam a reduzir o inchaço na traqueia e diminuem a quantidade de muco produzido. Assim como os broncodilatadores, também costumam ser administrados na forma de aerossol com máscara, seja com o uso de nebulizador ou inalador com espaçador.
Crianças com broncodisplasia correm maior risco de infecções do trato respiratório, especialmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR).
Desta forma, bebês com broncodisplasia moderada ou grave recebem injeções mensais com um medicamento que ajuda a prevenir a infecção durante a temporada de RSV.

Medicamentos cardíacos
alguns bebês com broncodisplasia podem precisar de medicamentos especiais que ajudam a relaxar os músculos ao redor dos vasos sanguíneos do pulmão, permitindo que o sangue passe mais livremente e reduzindo a pressão sobre o coração.

Oxigenioterapia
Pacientes com doença mais grave podem precisar de oxigênio por vários meses. Eles também podem precisar de algum tipo de suporte com uma máquina que aplique pressão pelo nariz.
Um pequeno número de pacientes com doença muito grave pode precisar ficar em um ventilador por um longo período, caso em que precisarão receber uma traqueostomia.

Qual o prognóstico da bronquiodisplasia?

A bronquiodisplasia tende a causar mais problemas durante a primeira infância, com os sintomas regredindo aproximadamente aos 2 ou 3 anos de idade e o tratamento terminando aos 5 anos de idade, o mais tardar.

No entanto, os pulmões podem não se desenvolver normalmente e isso pode causar outros problemas pulmonares mais tarde na vida. É por isso que é altamente recomendável que bebês com DBP recebam check-ups regulares, vacinações oportunas e consultas com um pneumologista pediátrico pelo menos durante os primeiros anos de vida.

Além disso, é preciso que a bronquiodisplasia acomete bebês prematuros e que possuem outros problemas que podem comprometer o prognóstico de medio e longo prazo. Entre eles, incluem-se a Doença do Refluxo Gastroesofágico, Hipertensão Pulmonar, Apneia do Sono, dificuldades de aprendizado e problemas de visão ou audição

Após a alta hospitalar, o crescimento ainda pode ser retardado e a criança pode continuar a ter problemas pulmonares quando na idade adulta. Muitas destas crianças desenvolvem doença reativa das vias aéreas ou asma e intolerância ao exercício. Eles também podem ser mais suscetíveis a infecções, como resfriado ou gripe. Os sintomas desses vírus podem ser mais graves e podem levar mais tempo para se recuperar. Internações frequentes são comuns, especialmente entre aqueles com broncodisplasia moderada a grave.