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Atividade Física e Esportiva para Pacientes com Asma

Importância da atividade física no paciente com asma

Ao mesmo tempo em que a atividade física pode provocar uma crise no paciente com asma (incluindo a Asma induzida pelo exercício), ela é fundamental para o controle da doença no longo prazo e para o bem-estar geral do paciente.

Isso acontece porque o exercício pode fortalecer os músculos respiratórios do tórax e ajudar seus pulmões a funcionar melhor.

O diagnóstico da Asma Induzida pelo exercício, desta forma, não deve ser usado como justificativa para que uma pessoa deixe de se exercitar. Mais do que isso, ela deve ser vista como parte do tratamento do paciente com asma.

Quais as atividades de maior risco?

Embora qualquer pessoa possa ter asma induzida pelo exercício, a condição é mais comum em atletas de alto rendimento.

Atletas de modalidades praticada ao ar livre e em dias frios são mais propensos a desenvolverem a Asma Induzida pelo Exercício. Assim, este é um problema especialmente prevalente nos esportes de inverno.

Esportes de resistência, como a corrida de longa distância e esportes com gasto energético muito alto, como o futebol, também implicam em maior risco para crises de asma.

Por outro lado, não são poucos os casos de atletas asmáticos competindo nestas modalidades em altíssimo nível, inclusive em provas olímpicas.

De fato, a prática esportiva é mais desafiadora nestas modalidades. Entretanto, com um bom controle da doença e algumas medidas preventivas, o paciente não deve ser desestimulado de fazer aquilo que mais gosta.

Quais as atividades mais recomendadas?

Alguns esportes e atividades são menos propensos a causar problemas, de forma que devem ser vistas como a “porta de entrada” para o paciente com asma e que esteja simplesmente buscando uma vida mais ativa.

Entre elas, incluem-se:

  • Caminhadas ou corrida leve;
  • Ginástica
  • Eventos de pista e campo com curta duração.

Prevenção da Asma Induzida por Exercício

Medicamentos pré-exercício

Os Beta-Agonistas de ação curta são os medicamentos pré-exercício mais comumente usados ​​e geralmente mais eficazes. Eles agem provocando a dilatação dos brônquios, de forma que são também chamados de Broncodilatadores.

Broncodilatadores de curta ação são eficazes em cerca de 80% a 90% das pessoas com asma induzida por exercício (1).

Eles começam a agir dentro de poucos minutos. A duração do efeito é geralmente limitada entre 4 e 6 horas. Entretanto, isso costuma ser suficiente para a maior parte das práticas esportivas.

Os medicamentos mais usados nesta classe são o Salbutamol e o Fenoterol.

Os beta-agonistas de ação curta podem ser tomados por meio de um inalador portátil ou um nebulizador, uma máquina que converte medicamentos para asma em uma névoa fina. Eles são inalados através de uma máscara facial ou bocal.

Cuidados relativos ao treino

Alguns cuidados além dos medicamentos devem ser considerados para minimizar o risco de crise de asma induzida por exercício, incluindo:

  • Fazer uma rotina de aquecimento com aumento gradual do esforço antes do exercício;
  • Fazer uma rotina de resfriamento com redução gradual do esforço após o exercício;
  • Cobrir a boca e o nariz para aquecer o ar quando se exercita em ambientes frios e secos.

Medicações para asma e doping

Atualmente, todos os beta-2-agonistas são considerados Doping de acordo coa a lista de substâncias proibidas da World Anti-doping Agency (WADA), exceto:

  • Salbutamol: máximo de 1600 microgramas durante 24 horas em doses divididas, não excedendo 600 microgramas a cada 8 horas;
  • Formoterol: dose máxima de 54 microgramas em 24 horas;
  • Salmeterol: máximo de 200 microgramas em 24 horas;
  • Vilanterol: máximo de 25 microgramas em 24 horas.

A presença de salbutamol na urina acima de 1000 ng / mL ou formoterol acima de 40 ng / mL não é consistente com uso terapêutico e será considerado como um Resultado Analítico Adverso. 

Isso só não é válido caso o atleta comprove, por meio de um estudo farmacocinético controlado, que o resultado anormal foi consequência de uma dose terapêutica até a dose máxima indicada acima.

Beta-2-agonistas estão na lista de substâncias proibidas porque, em altas doses, eles possuem efeitos anabólicos, ajudando no ganho de massa muscular. 

Entretanto, algumas das regras sobre os beta-2-agonistas foram gradualmente relaxadas nos últimos anos. 

Isso aconteceu a partir da percepção de que, em doses terapêuticas, eles não estão associados a ganho de força, capacidade aeróbica ou desempenho esportivo.