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Artrose no Joelho e Atividade Física


A Artrose no Joelho é uma doença caracterizada pelo desgaste da cartilagem articular. Ela é mais comum entre pacientes idosos, mas eventualmente acomete também pacientes mais jovens e que lutam para manter uma rotina de esforço e atividades físicas.

Muitos destes pacientes chegam desolados ao consultório de ortopedia após passarem em consulta médica e receberem a notícia de que teriam que parar de correr ou jogar futebol em decorrência de uma artrose avançada no joelho.

Se esta recomendação fosse de fato necessária, muitos atletas profissionais e de alto rendimento teriam que abandonar suas carreiras. A prática de esportes de alto impacto por idosos com artrose bastante avançada do joelho é também mais comum do que a maior parte das pessoas imaginam.

De fato, enquanto alguns pacientes com artrose relativamente leve apresentam limitação significativa até mesmo para atividades do dia a dia, outros com desgaste bem mais avançado são capazes de manter uma rotina ativa e com dor pouco limitante.

Estudos mostram que, uma vez respeitada a dor, a evolução da artrose costuma ser menos acelerada no paciente ativo do que naqueles que abandonam a prática de atividade física. Assim, a recomendação atual é para que estes pacientes se mantenham tão ativos quanto sua condição física e a dor permitirem.


Benefícios do exercício no tratamento da Artrose do Joelho


O exercício contribui para a melhora de muitos problemas comumente vistos no paciente com Artrose no Joelho e que também contribuem para a dor que o paciente sente:

  • obesidade;
  • perda de musculatura;
  • limitação da mobilidade articular;
  • fadiga;
  • problemas posturais;
  • sono não reparador;
  • distúrbios psicossociais.

O sedentarismo, por outro lado, está relacionado a maior parte dos problemas crônicos de saúde dos idosos, como a hipertensão arterial, o diabetes, colesterol alto e muitos tipos de câncer e prevenir estas condições também é importante para o paciente com Artrose no Joelho.

Por fim, a atividade física é fundamental para que o idoso seja capaz de manter sua capacidade funcional, ou seja, a capacidade de caminhar, subir escadas, atravessar a rua, fazer compras e carregar objetos, entre outras coisas. A capacidade funcional é o principal indicativo da qualidade de vida e da sobrevida do idoso, tenha ele artrose ou não.


Qual a melhor atividade física para Artrose do Joelho?

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que qualquer pessoa adulta realize atividade física aeróbica na maior parte dos dias da semana e exercício de força e de mobilidade articular em ao menos dois dias da semana. Esta recomendação também é válida para o paciente com Artrose no Joelho, embora o ideal seja que estes pacientes tenham um foco ainda maior nos exercícios para fortalecimento muscular.

Exercícios de baixo impacto são menos agressivos para as articulações e tendem a ser melhor tolerados. À medida que a dor está mais controlada, exercícios com maior esforço articular vão sendo gradativamente liberados.

Alguns pacientes evoluem a ponto de realizar esportes como a corrida ou futebol com relativo conforto e, nestes casos, devem ser estimulados a manterem esta rotina. Uma dor bem controlada indica que a atividade física não está sendo agressiva para a articulação e, portanto, não levará à piora da artrose.

Por outro lado, quando a dor é muito limitante, exercícios supervisionados por um fisioterapeuta podem ser uma opção. Fortalecer a musculatura em um paciente com dor nem sempre é uma tarefa simples. O profissional saberá usar o estímulo adequado, dentro de certos ângulos de proteção e com estímulos progressivos para conseguir o resultado almejado. Alguns aparelhos específicos da fisioterapia, incluindo a eletroterapia, podem ser usados para isso.

Quando nada disso é suficiente, é importante considerar a possibilidade de cirurgia de  Prótese de Joelho. Na maior parte dos idosos, os potenciais benefícios de se manter ativo superam em muito os eventuais riscos associados à prótese. De fato, esta não deve ser a primeira opção de tratamento, mas, quando se esgotam os recursos terapêuticos não cirúrgicos, o procedimento tende a ser uma melhor opção do que passar o dia em frente à televisão.