Saúde Mental do Idoso
Quem cuida da saúde mental do idoso?
Existem tanto médicos psiquiatras como psicólogos especializados na saúde mental do idoso, cada um atuando dentro de sua competência.
Ambos são treinados para ajudar um indivíduo que apresenta problemas de saúde mental e psicológica, providenciando meios para contornar a situação.
Além disso, ambos são aptos a conversar com seus pacientes a respeito de seus problemas. No entanto, a abordagem terapêutica é diferente.
O psicólogo se concentra em discutir com o idoso e sua familia sobre o comportamento dele durante o dia a dia e tentar identificar os gatilhos que estão gerando preocupações, por meio de abordagens terapêuticas e a análise da psique. No entanto, ele não solicita exames, não faz diagnósticos e não está habilitado para prescrever medicamentos.
O psiquiatra tem a capacidade de identificar, diagnosticar e indicar tratamentos, inclusive com o uso de medicamentos para transtornos mentais.
Em muitos casos, os trabalhos de ambos os profissionais se complementam.
Saúde mental do idoso
Com o envelhecimento, mudanças de vida, como aposentadoria, luto ou doença física, podem afetar a Saúde mental do Idoso.
Sofrimentos pontuais são comuns e esperados em qualquer pessoa. No idoso, são ainda mais comuns.
Entretanto, quando uma pessoa passa a ser impactada de forma excessiva por determinados eventos e isso compromete de forma prolongada ou permanente a qualidade de vida e o bem-estar, é chegada a hora de procurar a ajuda do Médico psiquiatra.
Infelizmente, grande parte dos idosos não se sentem à vontade para falar a respeito de sua saúde mental. Isso faz com que eles pensem que só eles que estão sofrendo.
Mais do que isso, se perde a oportunidade de realizar tratamentos que, em muitos casos, podem ter resultados surpreendentes.
Os problemas de saúde mental não devem ser vistos como uma parte inevitável do envelhecimento. A maioria dos idosos, inclusive, não vêm a desenvolver problemas de saúde mental.
Entretanto, caso isso venha a acontecer, é fundamental que se procure atenção médica especializada.
O que pode afetar a saúde mental do idoso?
Aposentadoria
Mesmo que inconscientemente, o trabalho traz para muitas pessoas um senso de propósito para a vida e uma maior autoestima.
Ele pode também trazer amizades, de forma que muitos se sentem solitários após a aposentadoria.
Finalmente, e não menos importante, o trabalho proporciona uma segurança financeira.
Luto
A morte de alguém próximo pode ser devastadora, especialmente no caso do cônjugue ou filhos.
A morte de outras pessoas próximas pode também trazer uma sensação de que a vida está próxima do fim.
O luto afeta a cada pessoa de maneira diferente. Não existe uma forma certa ou errada de se passar por este momento e nem uma escala de tempo para quando você “deveria” se recuperar deste luto.
Doença física
O comprometimento da saúde física pode afetar o bem-estar mental e a qualidade de vida do idoso.
Pode tornar mais difícil sair para fazer as coisas que gosta, o que pode fazê-lo se sentir deprimido ou ansioso.
Muitos idosos deixam de sair de casa por medo de atravessar a rua ou de atrapalhar o programa de amigos e do resto da família.
Muitos têm vergonha de se expor de uma maneira mais fragilizada.
Solidão
A perda do contato social pode estar associada à morte do companheiro, problemas de saúde que dificultam a saída de casa, aposentadoria ou a necessidade de ficar em casa para se dedicar aos cuidados do companheiro.
Outro problema relacionado ao mundo moderno é que as famílias têm cada vez menos filhos e, com a globalização, é comum que estes se mudem para longe de casa, quando não para outro país.
Tornar-se um cuidador
Cuidar de alguém pode ser gratificante. Entretanto, é também exaustivo, demorado e caro. Muitos negligenciam a própria saúde em benefício do próximo.
Estas pessoas são mais vulneráveis ao desenvolvimento de estresse, depressão ou ansiedade.
Problemas comuns de Saúde Mental no Idoso
Depressão
Um em cada quatro idosos sofre de depressão. Entretanto, menos de um em cada seis procura ajuda médica.
Os sintomas mais comuns da Depressão no idoso incluem se sentir triste, sem esperança, culpado, choroso, preocupado ou incapaz de aproveitar as coisas.
Pessoas mais velhas costumam ter mais sintomas físicos, que podem incluir problemas de sono, perda de apetite, constipação, cansaço e perda de interesse pelo sexo.
Demência
A Demência se refere a um declínio na capacidade mental que afeta a memória, o pensamento, a resolução de problemas, a concentração e a percepção.
Embora não haja cura para a demência, existem tratamentos que podem ajudar as pessoas a conviver bem com ela e a contornarem as limitações impostas pela sua saúde mental da melhor forma possível.
Abuso de substâncias
Pessoas de todas as idades podem acabar bebendo demais. Entretanto, isso é mais comum no idoso, que muitas vezes apela para a bebida em decorrência do isolamento social, limitações físicas, doenças típicas da idade ou depressão.
Os efeitos do alcoolismo e do Tabagismo também costumam ser maiores no idoso.
Por outro lado, é mais provável que o alcoolismo passe despercebido, especialmente no idoso aposentado.
O excesso de álcool pode levar ao mau humor e à ansiedade. Também pode causar problemas de sono, tonturas, problemas de memória e danificar o fígado, o coração e o cérebro ao longo do tempo.
Além do álcool, o abuso do tabaco e de Medicamentos para dormir, especialmente dos benzodiazepínicos, também é mais comum entre idosos.
Insônia
A qualidade do nosso sono muitas vezes se deteriora à medida que envelhecemos. As pessoas tendem a dormir menos e são propensas a acordarem no meio da noite.
Diferentes motivos justificam uma maior incidência de insônia entre idosos, incluindo:
- Maior incidência de condições médicas e psiquiátricas que podem provocar a insônia;
- Maior incidência de outros distúrbios do sono, como distúrbios respiratórios do sono ou síndrome das pernas inquietas.
- Desregulação dos hormônios que regulam os períodos de sono e vigília;
- Uso de certos medicamentos que apresentam a insônia como efeito colateral.