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Pré-Diabetes

O que é o Pré-Diabetes?

Pré-diabetes é uma condição na qual a glicose no sangue se encontra acima do normal. Entretanto, ela ainda não é alta o suficiente para ser considerado como Diabetes tipo 2.

A grande diferença entre a diabetes e a pré diabetes é que a diabetes é uma doença que pode ser controlada, mas não tem cura. A pré-diabetes, por outro lado, pode ser curada por meio da adoção de hábitos de vida mais saudáveis.

Isso inclui uma alimentação mais saudável, a prática regular de atividades físicas e um melhor controle do peso.

Sintomas da Pré-Diabetes

A pré-diabetes não tem qualquer sintoma. Assim, ela é habitualmente diagnosticada por meio de exames de rotina.

Diagnóstico da Pré-Diabetes

O diagnóstico da pré-diabetes é feito com base nos exames de sangue, uma vez que o paciente não apresenta qualquer sintoma que possa ser atribuído ao aumento da glicemia.

Três exames são utilizados para isso: a glicemia de jejum, a Hemoglobina glicada e o Teste Oral de Tolerância à Glicose.

Para confirmar o diagnóstico da pré-diabetes, são necessários dois resultados sugestivos. Podem ser considerados dois resultados do mesmo teste (duas glicemias de jejum, por exemplo) ou dois testes diferentes, realizados separadamente ou de forma simultânea (glicemia de jejum e Hemoglobina Glicada, por exemplo).

Isso é valido mesmo que um ou outro teste mostre um resultado dentro da faixa de normalidade. Apenas no caso da Hemoglobina glicada, é necessário descartar algumas condições que possam alterar o exame, além da diabetes.

Glicemia em jejum

Uma amostra de sangue é coletada após um jejum mínimo de 8 horas e não superior a 12 horas.

O resultado é considerado normal quando inferior a 100 mg/dL. Valores entre 100 e 125 mg/dL é considerado pré-diabetes. Valores superiores a 126 mg/dL caracterizam o diabetes.

Hemoglobina Glicada

O exame de Hemoglobina Glicada mede a porcentagem de açúcar no sangue ligado à hemoglobina, que é a proteína transportadora de oxigênio nos glóbulos vermelhos.

Ele indica o nível médio de açúcar no sangue nos últimos dois a três meses.

Um nível de Hemoglobina Glicada de 6,5% ou mais em dois testes separados é indicativo da diabetes. Já a Hemoglobina Glicada entre 5,7 e 6,4% indica uma pré-diabetes. Abaixo de 5,7, ela é considerada normal.

Vale considerar, porém, que algumas condições não relacionadas à diabetes podem alterar o exame e devem ser descartadas, entre elas:

  • Anemia;
  • Problemas renais;
  • Colesterol alto;
  • Problemas na tireoide;
  • Certos medicamentos;
  • Problemas no baço.
Teste Oral de Tolerância à Glicose

No paciente com exames de Glicemia de Jejum e de Hemoglobina Glicada sugestivos da pré-diabetes, é indicado a realização do Teste Oral de Tolerância à Glicose (1).

O paciente ingere o equivalente a 75 g de glicose anidra dissolvida em água. A glicemia é medida após duas horas.

Níveis de glicemia inferiores a 140 mg/dL são considerados normais. Entre 140 e 199 mg/dL são considerados pré-diabetes e superiores a 200 mg/dL são classificados como diabetes.

Tratamento da Pré-Diabetes

A adoção de um estilo de vida mais saudável, incluindo a melhora do padrão alimentar, a prática regular de atividades físicas e o controle do peso pode ajudar a levar a glicemia de volta para os valores normais e, assim, evitar a evolução para a Diabetes Tipo 2.

Alimentação

A dieta indicada para o paciente com pré-diabetes segue as mesmas recomendações habitualmente indicadas para a população em geral.

Ela deve incluir preferencialmente alimentos nutricionalmente ricos e com grade quantidade de fibras alimentares.

Por outro lado, gorduras saturadas, carboidratos refinados e doces devem ser evitados.

A maior parte dos pacientes com pré-diabetes apresenta obesidade. Assim, a alimentação também deve considerar a necessidade de perda de peso. Discutimos mais a respeito em um artigo sobre Dietas para emagrecimento.

Atividade física

Toda a população deve ser recomendada a manter uma prática regular de atividades físicas. No caso do paciente com pré-diabetes, isso é ainda mais importante.

O exercício aumenta a sensibilidade à insulina, o que ajuda o diabético mover o açúcar do sangue para dentro das células, onde será usado como fonte de energia. Isso ajuda a manter a glicemia sob controle.

O ideal é que seja feito ao menos 30 minutos de exercício aeróbico na maioria dos dias da semana. Entretanto, para aqueles que estão sedentários há bastante tempo, é indicado que o início seja gradual.