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Ginecomastia

O que é Ginecomastia?

A Ginecomastia é uma condição caracterizada pelo aumento anormal do tecido mamário em homens e meninos.

Ela pode acometer uma ou ambas as mamas. Mas, quando acomete ambas as mamas, este acometimento tende a ser assimétrico.

Embora possa acontecer em qualquer idade, é mais comum entre adolescentes e idosos.

A ginecomastia deve ser diferenciada da pseudoginecomastia, uma condição na qual há um acúmulo de gordura na região peitoral, ao invés de acúmulo de tecido mamário.

 

Qual a causa?

A ginecomastia está associada a um desequilíbrio entre o estrogênio (hormônio sexual feminino) e a progesterona (hormônio sexual masculino).

O corpo masculino geralmente produz pequena quantidades de estrogênio, o hormônio que controla o crescimento dos seios.

A ginecomastia está associada a diferentes condições que levam a uma maior produção de estrogênio ou a uma redução na produção de testosterona.

Em muitos casos, nenhuma causa para este desequilíbrio hormonal é encontrada. Entretanto, diferentes causas também devem ser consideradas, a depender da idade do paciente.

Infância

A ginecomastia é observada em 60% a 90% dos meninos recém-nascidos (1). Ela está associada à passagem placentária de estrógeno materno, com rápida regressão espontânea nas primeiras semanas de vida.

Algumas síndromes genéticas também precisam ser consideradas, como a Síndrome de Klinefelter.

Adolescência

A maior parte dos pacientes com ginecomastia desenvolvem o problema durante a adolescência, devido às mudanças hormonais que acontecem nesta fase da vida.

É um problema fisiológico que regride espontaneamente em até 12 a 18 meses. Em menos de 5% dos casos, a ginecomastia é persistente (2).

Adultos

O desenvolvimento no adulto pode estar associado a diferentes condições.

O abuso de esteroides anabolizantes é uma das principais causas. Os usuários de anabolizantes fazem inclusive uso de medicamentos como o tamoxifeno, justamente para evitar a aromatização e a ginecomastia.

Outros medicamentos, incluindo antidepressivos, antibióticos, quimioterapia, ou medicamentos para problemas cardiovasculares também podem causar a ginecomastia.

Por fim, ela pode estar associada a diferentes condições de saúde, incluindo:

  • Doenças hepáticas;
  • Alcoolismo;
  • Doença renal;
  • Câncer de pulmão, testículo ou das glândulas suprarrenais;
  • Câncer de testículo;
  • Certos distúrbios congênitos, como a Síndrome de Klinefelter;
  • Problemas da tireóide;
  • Obesidade.

Idosos

A incidência da Ginecomastia volta a aumentar entre os idosos, devido ao hipogonadismo, com redução na produção de progesterona.

Como a Ginecomastia é diagnosticada?

O diagnóstico é feito a partir da avaliação clínica pelo Médico Mastologista.

Diferentes exames podem ser solicitados na busca pela causa, entre eles:

  • Exame de sangue, incluindo testes de função hepática e estudos hormonais;
  • Exames de urina;
  • Mamografia, para a diferenciação com o câncer de mama masculino;
  • Biópsia do tecido mamário.

Por fim, pode ser solicitada uma avaliação do Médico Endocrinologista para buscar identificar problemas relacionados ã produção hormonal.

Tratamento da Ginecomastia

O tratamento depende de quais as prováveis causas para o problema.

Se um medicamento estiver causando o aumento dos seios, deve-se avaliar o custo benefício de manter, substituir ou interromper o seu uso.

Se uma doença está causando a condição, ela precisa ser tratada.

Em alguns casos, a terapia hormonal pode ser considerada.

Em casos eventuais, a cirurgia pode ser usada para remover o excesso de tecido mamário.

Medicamentos para a Ginecomastia

Medicamentos usados ​​para tratar câncer de mama e outras condições podem ser úteis para alguns homens com ginecomastia.

Eles incluem:

  • Tamoxifeno;
  • Inibidores da aromatase, como o anastrozol (Arimidex).

O objetivo do tratamento medicamentoso da Ginecomastia é reduzir a quantidade de estrogênio circulante.

Tratamento Cirúrgico

Nódulos maiores, geralmente acima dos 4 cm de diâmetro têm indicação para o tratamento cirúrgico.

Ele também deve ser considerado nos casos de Ginecomastia de longa data e que não responda aos medicamentos, especialmente quando ela compromete o bem-estar físico, psíquico e social do paciente.

A cirurgia envolve a ressecção cirúrgica do tecido mamário excedente, com técnica minimamente invasiva.

Em alguns casos, ela pode ser combinada com a lipoaspiração.