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Flutter Atrial

O que é o Flutter Atrial?

Flutter Atrial é uma forma de arritmia cardíaca na qual os átrios se contraem de forma acelerada. Diferentemente da Fibrilação atrial, o Flutter tem um ritmo regular e organizado.

Os átrios se contraem em uma frequência muito rápida (250 a 350 vezes por minuto). Habitualmente, porém, apenas metade dos impulsos conseguem atravessar dos átrios para os ventrículos, o que caracteriza um bloqueio 2:1. Eventualmente o bloqueio pode ser de 3:1 ou até 4:1.

O que o paciente sente?

Geralmente, o Flutter Atrial é assintomático. Os sintomas aparecem quando a eficiência em bombear o sangue se torna prejudicada e o paciente passa a apresentar sinais sugestivos de isquemia. Geralmente isso acontece quando a frequência cardíaca está muito elevada.

Quando presentes, os sintomas estão relacionados à má perfusão dos tecidos. Os primeiros órgãos a sofrerem com esta má perfusão são o coração e o cérebro. Assim, os sintomas mais cmuns da Fibrilação Atrial incluem:

  • Sinais da má perfusão cardíaca: angina, fraqueza, mal-estar geral;
  • Sinais de má perfusão cerebral: tontura, desmaio;

Infelizmente, o Acidente Vascular Cerebral pode ser a primeira manifestação do flutter atrial.

Tratamento do Flutter Atrial

A primeira etapa do tratamento do Flutter Atrial é restaurar a frequência e o ritmo sinusal normal.

O controle da frequência cardíaca é feito com medicações. Entre elas, devemos considerar:

  • Beta bloqueadores: Atenolol, Bisoprolol, Propranolol, outros;
  • Bloqueadores de canal de cálcio: Diltiazen, Verapramil.

A seguir, o controle do ritmo cardíaco pode ser feito de duas maneiras: cardioversão elétrica ou medicamentosa.

A escolha do tratamento depende da frequência com que ocorre o flutter atrial, da doença cardíaca de base, de outras condições médicas, da saúde geral e de outros medicamentos usados pelo paciente.

A cardioversão elétrica é um procedimento hospitalar no qual o médico dá um choque no coração para regular os batimentos cardíacos. Para isso, o paciente recebe medicações sedativas, de forma que ele não estará acordado durante o procedimento.

Já a cardioversão medicamentosa é feita com os bloqueadores dos canais de sódio e bloqueadores dos canais de potássio.

Após a cardioversão, seja ela eletrica ou medicamentosa, deverão ser usadas as medicações anticoagulantes. O objetivo é minimuzar o risco para a formação de coágulos sanguíneos e de Acidente Vascular Cerebral (1).

Uma vez controlada o Flutter Atrial, é importante também que o paciente adote um estilo de vida mais saudável. Isso ajuda tanto no controle de outras doenças cardíacas de base como de outros fatores de risco cardiovascular.

Melhora do padrão alimentar, prática regular de exercícios físicos, abandono do tabagismo e controle do peso são algumas das medidas que ajudarão no controle da evolução da doença.

Complicações do Flutter Atrial

As principais complicações do Flutter Atrial são o acidente vascular cerebral (AVC) e a insuficiência cardíaca.

A alteração no fluxo sanguíneo dentro do átrio favorece a formação de coágulos, que podem viajar até o cérebro e entupir uma artéria, provocando assim o AVC.

A Insuficiência Cardíaca pode se desenvolver pela menor eficiência do coração em bombear o sangue para o restante do corpo.