fimose

Fimose é definida como a incapacidade de retrair a pele (prepúcio) que cobre a cabeça (glande) do pênis. Ela ocorre em cerca de 1% em meninos da 7ª série.

Em alguns casos, ela ocorre como um processo fisiológico e tende a desaparecer com o crescimento da criança, geralmente entre os 5 e os 7 anos de idade.

Uma pequena parte das crianças desenvolvem o problema em decorrência da formação de cicatriz, infecção ou inflamação do prepúcio. Nestes casos, a fimose é chamada de patológica. A retração forçada da pele nestes casos pode provocar sangramento, cicatrizes e trauma psicológico para a criança e nos pais.

A fimose leva ao acúmulo de umidade e dificulta a higienização da glande. Além disso, o excesso de pele e o acúmulo residual de urina pode facilitar a ocorrência de infecção urinária.
esse excesso de pele funciona como um reservatório para microrganismos prejudiciais à saúde.

Na fimose fisiológica, não há sinal de qualquer outro problema além de uma maior dificuldade de expor a glande.

Ao expor a glande, é possível observar o esmegma. O esmegma é uma coleção de células da pele da glande do pênis e prepúcio interno decorrente de um processo de descamação natural da pele. Ele ajuda a separar o prepúcio da cabeça do pênis e pode ser facilmente lavado quando o prepúcio é retraído.

Na presença de fimose patológica, outros sinais podem ser observados, incluindo:

• Irritação peniana ou sangramento;
• Inchaço do prepúcio;
• Micção forçada/difícil;
• Retenção urinária;
• Dor ao urinar (disúria);
• Infecções recorrentes do prepúcio (balanopostite);
• Parafimose (prepúcio preso na posição retraída atrás da cabeça do pênis);
• Infecção urinária na infância.

Nos adultos, a fimose pode também provocar outras queixas, incluindo:

• Ereções dolorosas;
• Dor nas relações sexuais.

Os tratamentos para a fimose podem incluir: retração manual diária suave, aplicação de pomada de corticosteroide tópico ou circuncisão.

Retração manual
Uma retração suave do prepúcio da criança com fimose é aceitável. No entanto, ele não deve ser retraído a força e isso não deve causar dor na criança. Aos poucos, a retração do prepúcio se torna mais natural.
Após a retração, o prepúcio deve ser puxado para trás sobre a cabeça do pênis e devolvido à posição normal.

Pomada de corticoide
A pomada de corticoide deve ser massageada nas áreas afetadas duas vezes ao dia por 6 a 8 semanas, juntamente com a retração manual.
Uma vez que o prepúcio pode ser totalmente retraído, a pomada é descontinuada. No entanto, a retração manual diária deve ser mantida, especialmente durante banhos quentes e micção (no caso da criança treinada para usar o penico ou privada).
Entre os corticosteróides mais utilizados ​​incluem a hidrocortisona, betametasona, triancinolona e propionato de fluticasona.

Circuncisão
A circuncisão masculina refere-se à remoção cirúrgica do prepúcio.
Do ponto de vista médico, ela não se faz necessária na maioria das vezes para o tratamento da fimose.
No entanto, a cirurgia pode ser indicada em caso de falha da pomada corticoesteróide, fimose patológica, parafimose (prepúcio preso na posição retraída atrás da cabeça do pênis), infecções urinárias de repetição ou balanopostite grave/recorrente.

Existem duas técnicas possíveis de circuncisão:

Circuncisão anelar
Um anel de plástico que interrompe a circulação de sangue é colocado sobre o prepúcio, provocando a morte da pele sobressalente. Sem irrigação, ela este excedente de pele cai por conta própria.
O procedimento é feito em centro cirúrgico, com sedação leve, tendo duração de cinco a dez minutos.
Em adultos, a cirurgia tem duração de aproximadamente uma hora, com recuperação total de até uma semana.

Postectomia clássica
A postectomia clássica é realizada com anestesia local ou geral. Para executá-lo, o cirurgião faz uma incisão no prepúcio e na mucosa, remove o excesso de pele e, em seguida, reconstrói a região do freio peniano.
Nos dois primeiros dias após a cirurgia, é normal ter um pequeno desconforto no pênis, além de ser esperado que ele fique muito sensível ao toque.
Além disso, há o inchaço natural da cirurgia. Assim, as ereções noturnas (mais frequentes nos adultos) podem causar desconforto pelo fato de elas puxarem a pele do pênis.
Na maior parte das vezes, a dor e o sangramento se resolvem em até 10 dias após a cirurgia.