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Escova Progressiva e Escova Definitiva

O que é a escova progressiva e a escova definitiva?

A escova progressiva e a escova definitiva são técnicas de alisamento químico e redução do volume dos cabelos, muito utilizada por mulheres que querem manter seus cabelos lisos.

Geralmente, a escova progressiva faz isso por meio de alisantes ácidos. Eles têm durabilidade variável e podem ter efeito cumulativo com aplicações sucessivas.

Já a escova definitiva tem um efeito permanente na área de fio tratada, o que geralmente é obtido por meio de substâncias alcalinas.

Vale considerar, no entanto, que nenhum dos procedimentos atua sobre o folículo piloso, que é a estrutura que promove o crescimento do fio de cabelo. Assim, o fio que cresce a partir dos folículos continuará apresentando as características originais do cabelo.

Em alguns casos, no entanto, os termos escova progressiva ou escova definitiva são usados tanto com produtos ácidos como com produtos alcalinos.

Ambos os procedimentos proporcionam sedosidade e brilho aos fios. No entanto, a progressiva o faz com mais intensidade.

O que é a escova progressiva (alisamento brasileiro)?

A escova progressiva tive origem no Rio de Janeiro em 2003 e se espalhou pelo mundo, onde recebe diversas denominações diferentes.

Tradicionalmente eles eram feitos com produtos a base de formol e seus derivados. No entanto, o uso destes produtos foi proibido em 2009, devido ao seu potencial efeito carcinogênico e de outros efeitos colaterais.

Esse alisamento cria uma cápsula em volta dos fios, camuflando o enrolado e, assim, garantindo um aspecto liso para as madeixas.

Ele não é tão permanente quanto a escova definitiva, com seu efeito diminuindo após cerca de dois a três meses.

Escovas feitas à base de outros produtos químicos foram desenvolvidos para substituir aqueles a base de formol. Eles foram denominados de escovas “livres de formol”, “escova segura” ou “escova orgânica”, além de outras denominações.

Infelizmente, estes produtos nem sempre são de fato seguros. Discutiremos sobre isso mais adiante.

Quais os benefícios da escova progressiva?

O principal benefício da escova progressiva ou definitiva é que ela tem um efeito prolongado, geralmente entre 6 semanas e 5 meses, muito superior às diferentes técnicas de alisamento térmico (por meio de calor). No entanto, esta durabilidade tende a ser menor do que com a escova definitiva, o que pode ser considerado uma vantagem ou uma desvantagem.

Outro benefício é que ele pode ser aplicado junto com outros tratamentos, como a tintura do cabelo. Os relaxantes capilares e a escova definitiva (alisantes alcalinos), por outro lado, podem resultar em excesso de processamento se reaplicado em cabelos já tratados com outros produtos.

Por fim, a escova pode ser particularmente útil em cabelos danificados por tramas, tranças ou outros formas de processamento de cabelo, muito utilizadas especialmente por mulheres negras.

Comparativamente à escova definitiva, a escova progressiva proporciona sedosidade e brilho, mas de forma menos intensa do que na escova definitiva e sem proporcionar um efeito tão chapado para os fios.

Quais os riscos da escova progressiva?

Tradicionalmente as escovas eram feitas com produtos a base de formol e seus derivados. No entanto, o uso destes produtos foi proibido em 2009, devido ao seu potencial para graves efeitos colaterais, tanto para quem usa como para o cabeleireiro que realiza a aplicação e outras pessoas que trabalham nos salões de beleza.

Atualmente, a ANVISA permite apenas o uso do formol como conservante de produtos alisantes, mas em doses super baixas, inferiores a 1%. No entanto, o ideal mesmo é que se utilizem produtos livres do formol.

Entre os malefícios que o formol pode causa à saúde, incluem-se:

  • Irritação, coceira, queimadura, inchaço, descamação e vermelhidão do couro cabeludo;
  • Queda de cabelo;
  • Ardência e lacrimejamento dos olhos;
  • Alergias;
  • Câncer nas vias aéreas superiores (nariz, faringe, laringe, traqueia e brônquios);
  • Dores de barriga, enjoos etc.;
  • Malformação fetal, no caso de mulheres gestantes;
  • Em casos mais graves, o formol pode provocar até a morte.

Existe mesmo um escova progressiva segura?

Com a proibição dos alisantes capilares à base de formol, escovas feitas com outros produtos químicos passaram a ser desenvolvidos.
Entre elas, incluem-se:

Ácido glioxílico está, atualmente, ainda em análise pela ANVISA sobre sua segurança para uso como alisante;
Cisteamina HCL, cisteína HCL, aminoácidos de queratina glyoxyloyl e carbocisteína glyoxyloyl também não estão regulamentados ainda, mas existem produtos contendo esses ativos que já possuem registro na ANVISA.

Estes produtos foram denominados como escovas “livres de formol”, “escova segura” ou “escova orgânica”, além de outras denominações.

Ainda que vendidos como seguros, como regra geral estes produtos ainda têm relativamente pouco tempo de uso. Assim, seus efeitos a longo prazo permanecem desconhecidos, e novos estudos são necessários para reafirmar esta dita segurança (1).

Apesar de não conterem o formol ou o formaldeído em sua composição, alguns destes produtos possuem substâncias precursoras de formol que são liberadas quando os cabelos são aquecidos com chapinha. Assim, eles podem ser igualmente nocivos, embora não apresentem o formol ou o formaldeído descrito em seus rótulos.

Por fim, outro problema dos alisantes químicos é que eles possuem um pH diferente do da pele. Por este motivo, podem também causar irritação e dermatite seborreica (a famosa caspa) dias após a aplicação do produto.

Do ponto de vista estético, as escovas progressivas reduzem a massa proteica dos fios, deixando-os mais frágeis e mais propensos à quebra.

O que é a escova definitiva (alisamento japonês)?

A escova definitiva, também chamada de alisamento definitivo, plástica capilar ou escova japonesa, é um alisamento que age na estrutura dos fios para deixá-los permanentemente lisos.

Ela é geralmente feita à base de tioglicolato de amônia, ativo que muda a estrutura dos fios agindo para garantir o efeito superliso que tantas mulheres desejam.

Os alisantes alcalinos são divididos em duas classes: o tioglicolato de amônia e os hidróxidos (de sódio, de potássio, de cálcio e a guanidina).

Os alisantes alcalinos agem promovendo a quebra das pontes dissulfeto (ligações químicas) presentes na queratina do cabelo. Essa quebra é o que permite que o cabelo fique maleável para ser moldado na forma final desejada, com o uso de secador e chapinha.

Com duração média de 3 a 8 meses, a escova definitiva exige que seja feito o retoque da raiz, já que o cabelo continua crescendo com as características originais.

Por não ser um processo reversível, só é possível se ver livre da escova definitiva ao deixar os fios crescerem, para poder cortar a parte que contém o alisamento.

Quais os problemas relacionados à escova definitiva (alisamento alcalino)?

O grande problema dos alisantes alcalinos é a incompatibilidade entre tioglicolato e os hidróxidos. Por este motivo, eles não podem ser misturados com outros procedimentos químicos, como a coloração, sob o risco de danos permanentes para os fios.

Além disso, o pH muito alcalino dessas substâncias pode causar queimaduras no couro cabeludo, quebra dos cabelos e também deixar os fios mais frágeis e danificados.

Vale considerar, no entanto, que todos estes produtos são liberados pela ANVISA para alisamento capilar.

Como é feita a escova progressiva ou definitiva?

O primeiro passo para realizar a escova progressiva ou definitiva é lavar os cabelos com um shampoo de limpeza profunda, para retirar qualquer resíduo e abrir as cutículas (parte externa do fio). Isso permite que os produtos químicos da progressiva penetrem melhor.

A seguir, o cabelo é enxaguado e a umidade é retirada com a ajuda de um secador.

O produto alisante é então aplicado em todas as mechas, utilizando um pente fino e um pincel.

Dependendo do resultado pretendido e do tipo de cabelo, o profissional calcula o tempo que o produto precisa agir.

Passado este tempo, o cabelo é novamente enxaguado. Um produto neutralizante é então aplicado para que o produto químico da escova pare de agir. O objetivo aqui é reequilibrar a estrutura capilar com reposição de proteínas, garantindo mais brilho aos fios.

Por fim, é feita uma chapinha para finalizar o procedimento.

Nada impede que o cabelo seja limpo no mesmo dia da escova progressiva. No entanto, a recomendação é diminuir a frequência de lavagens de uma forma geral, para uma maior durabilidade.

Outros produtos, como os hidratantes, podem ser indicados para ajudar na recuperação e tratamento dos fios fragilizados e quimicamente tratados.

Qual a diferença entre escova definitiva e relaxamento capilar?

O relaxamento capilar é uma técnica de alisamento químico de cabelo que promove a quebra das ligações proteicas do cabelo, o que ajuda a alisar os cabelos cacheados ou ondulados.

A principal diferença entre o relaxamento capilar e a progressiva é a intenção de seu resultado final. No entanto, os produtos químicos utilizados são os mesmos.

A escova progressiva é o método mais popular de alisamento capilar existente. Dessa forma, esse tratamento deve ser feito para aquelas que desejam o efeito liso nas madeixas.

Já o relaxamento capilar busca fazer com que a ondulação natural dos fios se torne mais solta, mas não completamente lisa.

A diferença se dá no tempo de ação dos produtos nos cabelos, que é bem menor no relaxamento, o que o torna ele menos agressivo aos fios, além de resultar numa aparência mais natural.

Quais as alternativas para a escova progressiva ou definitiva?

Muitas pessoas procuram métodos alternativos de alisamento capilar, devido aos riscos envolvidos com o uso dos produtos químicos e em especial com o formol.

A principal alternativa para isso é o uso de métodos térmicos, como a chapinha.

Vale considerar também que muitos estabelecimentos e profissionais passaram a usar outras denominações para o alisamento químico, como o realinhamento capilar, justamente para tentar vender o procedimento como menos nocivo ou menos agressivo.

No entanto, os produtos químicos utilizados são os mesmos.