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Doença de Ménière

O que é a Doença de Ménière?

A doença de Ménière é uma condição caracterizada pelo acúmulo de uma quantidade excessiva de líquido (endolinfa) no ouvido interno.

Os principais sintomas da doença é a tontura e a perda auditiva, que se desenvolvem de forma lenta e progressiva.

Embora possa acometer pessoas de qualquer idade, ela geralmente é vista em adultos jovens ou de meia idade.

Quais as causas da Doença de Ménière?

A causa da doença de Ménière é desconhecida.

Entre os fatores que contribuem para o acúmulo de endolinfa, incluem-se:

  • Anormalidades anatômicas que prejudiquem a drenagem do ouvido interno;
  • Condições autoimunes;
  • Infecção viral;
  • Predisposição genética.

Quais os sintomas da Doença de Ménière?

As principais características clínicas da Doença de Ménière são os episódios recorrentes de vertigem e de perda auditiva.

A vertigem ocorre sem aviso prévio e geralmente dura de 20 minutos a várias horas, mas não mais de 24 horas.

A perda auditiva também pode ir e vir, principalmente no início. Com o tempo, é comum que o paciente desenvolva alguma perda auditiva permanente.

Outros sintomas que podem estar presentes incluem o Zumbido e a sensação de plenitude, com um aumento da pressão no ouvido afetado.

Diagnóstico

O diagnóstico da Doença de Ménière é feito pelo Médico otoneurologista por meio da avaliação clínica.
Para isso, devem ser obedecidos os seguintes critérios:

  • Dois episódios de vertigem, cada um com duração de 20 minutos ou mais, mas não mais de 12 horas
  • Perda auditiva verificada por um teste de audição
  • Zumbido ou sensação de plenitude no ouvido
  • Exclusão de outras causas conhecidas desses problemas

Tratamento

Não existe cura para a doença de Ménière. Também não existe no momento nenhum tratamento que tenha se mostrado eficar para retardar a perda auditiva.

No entanto, o tratamento pode ajudar a reduzir a gravidade e a frequência dos episódios de vertigem.

Isso inclui medicamentos para náusea, para controlar a vertigem, e diuréticos, para reduzir o acúmulo de líquidos. A fisioterapia vestibular também pode ajudar a reeducar o cérebro a melhorar o equilíbrio.

Em casos refratários ao tratamento, injeções de corticoesteroides podem ser consideradas.

Em casos graves e que não respondem a nenhum dos tratamentos acima, o tratamento cirúrgico com a remoção do canal acometido pode ser considerado. Ainda que o tratamento tenha resultado muito bom, há sempre a preocupação com o risco de acometimento pela doença do ouvido contralateral em um momento futuro.

No paciente com perda auditiva permanente, o uso de aparelhos auditivos poderá ser considerado.