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Doença de Graves

O que é a Doença de Graves?

A doença de Graves é uma doença autoimune que leva a uma hiperatividade generalizada de toda a glândula tireoide (hipertireoidismo).

É a causa mais comum de hipertireoidismo nos Estados Unidos, sendo 7 a 8 vezes mais comum em mulheres do que em homens.

O que causa a Doença de Graves?

Ela é desencadeada por uma reação autoimune. O anticorpo envolvido com a Doença de Graves é chamado de Anticorpo do Receptor de Tireotropina (TRAb) ou imunoglobulinas estimuladoras da tireóide (TSI).

Estes anticorpos, ao se ligarem aos receptores na superfície das células da tireóide, fazem com que estas células trabalhem de forma acelerada, produzindo e liberando maior quantidade de hormônio. Com isso, o paciente desenvolve o Hipertireoidismo.

Quais os sinais e sintomas?

A maioria dos sinais e sintomas estão associados ao Hipertireoidismo. Além disso, o paciente pode eventualmente apresentar problemas oculares ou problemas de pele.

Hipertireoidismo

Os principais sintomas do Hipertireoidismo incluem:

  • Taquicardia;
  • Tremores nas mãos;
  • Problemas para dormir;
  • Perda de peso;
  • Fraqueza muscular;
  • Sintomas neuropsiquiátricos;
  • Intolerância ao calor

Doença ocular

A doença de Graves é o único tipo de hipertireoidismo que pode estar associado à inflamação dos olhos, inchaço dos tecidos ao redor dos olhos e abaulamento dos olhos. Esta condição é chamada de oftalmopatia de Graves.

No geral, um terço dos pacientes desenvolve sinais e sintomas da doença ocular de Graves. Entretanto, apenas 5% têm inflamação moderada a grave a ponto de causar problemas de visão graves ou permanentes. Ela é mais comum em fumantes.

Os sintomas oculares geralmente começam cerca de seis meses antes ou após o diagnóstico da doença de Graves. Raramente os problemas oculares ocorrem muito tempo após a doença ter sido tratada.

Os sintomas mais comuns do Oftalmopatia de Graves incluem:

  • Olhos vermelhos ou inflamados;
  • Protuberância dos olhos, devido à inflamação dos tecidos atrás do globo ocular;
  • Visão dupla;
  • Redução da acuidade visual.

Doença de pele

Raramente, os pacientes com doença de Graves desenvolvem um espessamento avermelhado irregular da pele na frente das canelas, conhecido como mixedema pré-tibial ou dermopatia de Graves.

A dermopatia de Graves geralmente é indolor e relativamente leve. Mas, eventualmente, pode ser consideravelmente dolorosa.

Diagnóstico da Doença de Graves

A investigação deve ser feita a partir de achados clínicos compatíveis.

A escolha do teste diagnóstico inicial depende do custo, disponibilidade e experiência local.

A medição de anticorpos, como TRAb ou TSI, se positiva, confirma o diagnóstico de doença de Graves sem a necessidade de testes adicionais.

Se a testagem de antígenos resultar negativo (o que também pode ocorrer em alguns pacientes com doença de Graves), ou se este teste não estiver disponível, o diagnóstico poderá ser feito por meio do teste de captação de iodo radioativo.

Tratamento

O tratamento da Doença de Graves pode incluir medicamentos antitireoideanos, iodo radioativo ou cirurgia.

Medicamentos antitireoideanos

Os medicamentos antitireoidianos, como o metimazol, são normalmente indicados em pacientes com alta probabilidade de remissão. Isso inclui especialmente mulheres com doença leve, pequenos bócios e títulos negativos ou baixos de anticorpos.

Esses medicamentos não curam a Doença de Graves. Mas, quando administrados em doses adequadas, podem ser eficazes no controle do hipertireoidismo.

Caso o hipertireoidismo persista após 6 meses de tratamento com Metimazol, poderá ser recomendado o tratamento definitivo com iodo radioativo ou cirurgia.

Caso contrário, os níveis de TSH e TRAb devem ser medidos novamente depois de 12 a 18 meses de medicação.

Se estiverem normais, a medicação poderá ser descontinuada. Entretanto, se os níveis de TRAb permanecerem elevados, o uso do metimazol deverá ser mantido.

Iodo radioativo

O iodo radioativo pode ser usado por meio de uma cápsula ou na forma líquida.

Ele é absorvido pela tireóide, fazendo com que os nódulos encolham e os sinais e sintomas de hipertireoidismo diminuam.

Isso geralmente acontece dentro de dois a três meses.

Cirurgia

A cirurgia para a retirada de parte da glândula tireoide é uma forma de tratamento definitivo para a Doença de Graves.

Entretanto, ela envolve alguns riscos, entre eles:

  • Hipotireoidismo: a retirada de parte da glândula tireoide pode levar a um quadro de hipotireoidismo, que precisará então ser tratada por meio de medicamentos;
  • Lesão do nervo que controla as cordas vocais;
  • Lesão das glândulas paratireoides, localizadas na parte de trás da tireoide. As glândulas paratireoides ajudam a controlar os níveis de minerais do corpo, como o cálcio.