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Dermatologia Geriátrica

Qual a importância da dermatologia Geriática?

A pele é o local onde primeiro se notam os sinais do envelhecimento. Rugas, manchas, flacidez, ressecamento, flacidez, cabelos grisalhos e unhas quebradiças são alguns dos problemas de pele que mais cedo ou mais tarde acompanham qualquer idoso.

Além disso, a idade é um importante fator de risco para grande parte das doenças dermatológicas, sendo que 80% dos idosos apresentam ao menos uma queixa dermatológica (1).

Estudos mostram também que 4,4% de todas as consultas ambulatoriais para pacientes com mais de 65 anos foram feitas com médicos dermatologistas.

Isso fica muito próximo de especialidades como ortopedia, cardiologia e urologia, ficando abaixo apenas do que a oftalmologia (2).

No caso de idosos hígidos e com boa saúde geral, a abordagem dermatológica é equivalente ao que é feito com pessoas mais jovens.

No entanto, diversos aspectos típicos da geriatria devem ser levados em consideração no momento de se avaliar um idoso mais frágil. Isso inclui, entre outras coisas:

  • Uso de polimedicação;
  • Problemas cognitivos
  • Dificuldades para o alto cuidado
  • Queda na imunidade
  • Deficiência nutricional
  • Doenças originárias de outros sistemas orgânicos que também se manifestam na pele

Muitos dos tratamentos dermatológicos prescritos para a população idosa têm potencial para gerarem este tipo de interação. Assim, a Dermatologia geriátrica busca justamente isso: unir os cuidados com a pele do idoso com uma abordagem característica da geriatria.

O que faz o dermatologista geriátrico?

O dermatologista geriátrico está em uma posição única de lidar tanto com a patologia (doenças dermatológicas) quanto com a estética do envelhecimento.

A dermatologia há muito luta para prevenir e reverter os sinais cutâneos do envelhecimento. No entanto, fato é que o envelhecimento da pele é inevitável.

Com o avanço da idade, a pele fica mais frágil e mais fácil de se romper. Ela também fica mais seca e passa a apresentar rugas, especialmente onde ela está regularmente exposta ao sol.

Assim, o dermatologista geriátrico está habilitado a avaliar e orientar a rotina de skincare, levando em consideração as especificidades da pele do idoso.

Outras doenças de pele, embora possam acometer pessoas mais jovens, são muito mais comuns em idosos. Isso inclui, por exemplo, o câncer de pele. O dermatologista geriátrico pode atuar tanto na prevenção como no diagnóstico e no tratamento do câncer de pele.

Problemas de pele comuns em idosos

De acordo com pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, os problemas mais comuns de pele em idosos incluem (1):

  • Câncer de pele
  • Tumores pré malignos de pele
  • Micoses superficiais
  • Manchas
  • Alergias
  • Psoríase

Câncer de pele

Existem diferentes tipos de câncer de pele, sendo os mais comuns o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. A idade média no momento do diagnóstico é de 65 anos (3).

Em 70% dos casos, o câncer se forma em uma mancha nova. Nos outros 30%, ele se desenvolve a partir de uma mancha pré-existente.

Alguns dos sinais que devem levar uma pessoa a desconfiar de um câncer de pele incluem:

  • Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram;
  • Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;
  • Feridas que não cicatrizam em até 4 semanas.

As áreas de pele mais expostas ao sol, incluindo rosto, pescoço, antebraços ou couro cabeludo de homens calvos são as mais frequentemente acometidas pelo câncer.
Vale considerar, no entanto, que estas características nem sempre estão presentes no câncer de pele.

Ceratose Actínica

A ceratose actínica é um tumor benígno da pele, mas com potencial para transformação em um tipo específico de câncer de pele, denominado de Carcinoma Espinocelular.

Ela é incomum antes dos 40 anos, sendo que sua prevalência aumenta com o avanço da idade (4).

A ceratose actínica tende a aparecer na pele que foi mais danificada pelo sol, incluindo rosto, orelhas, couro cabeludo calvo, mãos, pescoço ou lábios.

Esta é uma das doenças dermatológicas mais comuns. Ainda que seja uma lesão pré-cancerígena, apenas 10% dos pacientes com ceratose actínica evoluem de fato para o câncer (5).

Micoses

As micoses superficiais (pele e unhas) em idosos são bastante comuns. Elas representam a terceira queixa mais comum nos consultórios de dermatologia no Brasil.

Elas são mais comuns nos pés (sendo conhecidas como frieiras, “pé de atleta” ou Tinea pedis). No entanto, também são comuns nas unhas (onicomicose) ou na virilha (tinea cruris).

Três condições são bastante favoráveis para o seu crescimento: calor, umidade e falta de luz. Assim, costumam causar infecção, principalmente, na pele e unhas.

Alguns dos fatores que aumentam o risco de micoses em idosos incluem:

  • Maior fragilidade da pele
  • A deficiência vascular, comum em idosos, diminui a oxigenação tecidual e a capacidade de defesa contra os fungos.
  • Maior incidência de doenças dermatológicas, que são portas de entradas para os fungos.
  • Maior incidência de imunodeficiência.

Rugas

Embora não seja uma condição que traga maiores riscos aos pacientes, as rugas podem gerar bastante incômodo do ponto de vista estético, além de serem vistas por muitos como o sinal mais claro do envelhecimento.
Diferentes formas de tratamento podem ser consideradas, como o peeling ou os preenchimentos faciais com ácido hialurônico.