Cortisol
O que é o Cortisol?
O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins.
Ele é um hormônio catabólico que age como um antagonista fisiológico da insulina, induzindo a conversão da proteína, gordura e glicogênio em glicose para a geração de energia.
Ao estimular a quebra da proteína, o aumento do cortisol pode determinar a atrofia muscular e diminuição da força, com consequente efeito negativo no rendimento esportivo.
Valores de referência
Os níveis de cortisol no sangue variam durante o dia. são maiores de manhã ao acordar, de 5 a 25 µg/dL, e depois vão diminuindo ao longo do dia para valores menores que 10 µg/dL.
No caso de trabalhadores noturnos, esta relação se inverte.
Cortisol baixo
As principais causas do cortisol baixo são os problemas relacionados à glândula suprarrenal e a suspensão abrupta de medicamentos corticosteroides.
O cortisol baixo provoca sintomas como:
- Hipoglicemia;
- Fadiga e falta de energia;
- Perda do apetite;
- Dor nos músculos e articulações;
- Febre baixa;
- Anemia e infecções frequentes;
- Pressão baixa.
Cortisol Alto
As principais causas para o Cortisol Alto incluem:
- Estresse crônico;
- Sono irregular e não reparador;
- Uso de medicamentos corticoesteroides por período superior a 15 dias
- Tumores das glândulos suprarrenais.
Os sintomas mais comuns neste caso, incluem:
- Perda de massa muscular;
- Osteoporose;
- Queda de cabelo;
- Estresse e irritabilidade;
- Hipertensão Arterial;
- Aumento da gordura abdominal;
- Menstruação irregular.
Cortisol, atividade física e overtraining
A atividade física regular é um importante mecanismo para a regulação do cortisol, sendo muito recomendado especialmente no paciente com cortisol baixo.
Normalmente, ele aumenta durante a atividade física e diminui após o treino, no período de recuperação.
- Durante o treino, o aumento no cortisol aumenta a disponibilidade de glicose no sangue, sendo esta a principal fonte de energia na maior parte das modalidades esportivas.
- Após o treino, os níveis de cortisol diminuem. Com isso, o corpo passa a usar a proteína para o reparo muscular, além de repor os estoques de glicogênio no fígado e nos músculos.
Em uma condição de overtraining, porém, o cortisol não mais retorna ao normal durante o repouso. Isso faz com que o atleta permaneça em um estado contínuo de ação catabólica.
As reservas energéticas não são repostas e o paciente entra para o treino seguinte em uma condição de fadiga.
O reparo muscular durante o repouso fica prejudicado e o atleta passa a desenvolver um desgaste cumulativo da musculatura, deixando ele mais vulnerável a lesões.
Relação Testosterona / cortisol
Além de monitorar testosterona e cortisol separadamente, avaliar a proporção entre estes dois hormônios (razão T: C) pode fornecer uma indicação de como está o equilíbrio anabólico-catabólico, especialmente em atletas do sexo masculino.
A relação T: C é considerada mais sensível ao treinamento do que cada um destes hormônios isoladamente.
A redução sustentada na razão T: C está associado à perda muscular e é um indicador de overtraining e recuperação pós treino insuficiente.
A relação de outros hormônios, como SHBG ou DHEA em relação ao cortisol pode fornecer informações adicionais sobre o equilíbrio anabólico a catabólico em atletas do sexo masculino e feminino.
A desidroepiandrosterona (DHEA) é um hormônio precursor do estrogênio e da testosterona. Além de afetar a composição corporal em atletas, a redução do DHEA em relação ao cortisol é um indicador de overtraining para a mulher atleta.