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Bronquite Crônica

O que é a Bronquite Crônica?

A Bronquite Crônica é uma inflamação persistente dos brônquios, estruturas tubulares que ligam a traqueia aos pulmões.

Ao contrário da Bronquite aguda, esta inflamação geralmente não tem causa infecciosa. Na maior parte dos pacientes, ela acontece em decorrência do tabagismo.

Entretanto, pessoas com bronquite crônica tendem a ter infecções pulmonares mais facilmente. Estas infecções são caracterizadas por um quadro de agudização dos sintomas da bronquite (Bronquite aguda).

Para ser classificado como bronquite crônica, o paciente deve ter tosse e muco na maioria dos dias por pelo menos 3 meses por ano, por pelo menos 2 anos seguidos.

Além disso, outras causas para os sintomas devem ser descartadas, como tuberculose ou outras doenças pulmonares.

aparelho respiratório

Fatores de risco para a Bronquite Crônica

O principal fator de risco é o tabagismo.

De acordo com um estudo com 10.359 homens e mulheres de 40 a 59 anos (1), foi observada uma incidência 4 a 5 vezes maior de tosse e catarro crônico, conforme a tabela abaixo:

fumantes Não fumantes
Tosse crônica (homens) 32,3% 6,5%
Tosse crônica (mulheres) 25% 5,5%
Catarro crônico (homens) 31% 8,3%
Catarro crônico (mulheres) 21% 5,5%

 

Além disso, o estudo mostrou uma incidência intermediária de bronquite crônica em ex fumantes.

Ainda que com incidência significativamente menor, a bronquite crônica pode eventualmente se desenvolver em não fumantes (1). 

Os principais fatores de risco para isso incluem:

  • Exposição ao fumo passivo;
  • Exposição à poluição do ar: Para pessoas mais sensíveis, a poluição do ar de longo prazo pode levar ao desenvolvimento de bronquite crônica;
  • Exposição crônica a poeira, fumaça ou gases químicos no local de trabalho;
  • Predisposição genética
  • Idade: A maioria das pessoas com bronquite crônica tem mais de 40 anos.

Quais os sintomas da Bronquite Crônica?

O principal sintoma da Bronquite Crônica é a tosse com muco (expectoração).

Com o tempo, o paciente pode desenvolver sintomas como chiado e falta de ar. Entretanto, a tosse com muco geralmente está presente por muitos anos antes que o paciente passe a ter falta de ar.

Quando a capacidade de transportar oxigênio para os pulmões fica comprometida, o paciente pode apresentar unhas, lábios e pele azulados.

Diagnóstico

Espirometria

O principal exame diagnóstico é a Espirometria.

O exame envolve uma série de medidas que ajuda, entre outras coisas, a identificar a quantidade de ar exalada após uma respiração profunda e a velocidade com que o ar é exalado.

O exame permite a diferenciar problemas de vias aéreas de características restritivas daqueles de origem obstrutiva. Restritivo significa que menos ar entrará nos pulmões, enquanto obstrutivo significa que menos ar sairá dos pulmões.

O exame se inicia com a colocação de um clipe nasal para fechar as narinas. O objetivo é impedir a respiração nasal durante o exame.

O paciente é então orientado a soprar em um tubo com bocal descartável, que é ligado a um aparelho chamado espirômetro. 

Quando orientado, precisa encher os pulmões com ar e soltar com força, tudo de uma só vez, com a maior força e rapidez possível.

Oximetria

O oxímetro é um pequeno dispositivo que mede a quantidade de oxigênio no sangue. A oximetria ajuda a avaliar o grau de comprometimento do sistema respiratório e a eventual necessidade de suporte ventilatório.

Exame de imagem

Radiografia simples e Tomografia computadorizada podem ser usados para identificar alterações estruturais provocadas pela Bronquite Crônica. 

Além disso, poderá ser usada para a identificação de eventual insuficiência cardíaca, que é uma das complicações da Bronquite Crônica.

Tratamento

Tratamento da causa

Considerando o tabagismo como a principal causa para a Bronquite Crônica, é altamente recomendável que o paciente pare de fumar e fique longe do fumo passivo e de outros irritantes pulmonares.

Ainda que o abandono do tabagismo não reverta totalmente a bronquite crônica, a maioria dos pacientes apresenta uma melhora bastante significativa (1).

Tratamento sintomático

O tratamento sintomático depende da forma e do grau de acometimento da função pulmonar.

Isso pode incluir: