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Atividade Física no Paciente com Dor Crônica

Qual a relação entre Sedentarismo e Dor Crônica?

É importante compreender a como desenvovler a atividade física no paciente com dor crônica, visto que, o sedentarismo pode ser tanto a sua causa, como a consequência. Pessoas sedentárias tendem a ter uma perda de massa muscular, perda de mobilidade, problemas com o sono, obesidade e outras condições de saúde que podem contribuir para o desenvolvimento da dor crônica.

Por outro lado, muitos pacientes com dor crônica deixam de se exercitar, com medo de que o movimento venha a piorar a dor crônica.

Quais os benefícios da atividade física para o paciente com dor crônica?

A atividade física pode ter inúmeros benefícios para o paciente com dor crônica, incluindo:

  • Ganho de massa magra e perda de massa gorda;
  • Melhora da mobilidade;
  • Melhora dos padrões de sono;
  • Melhora da capacidade cardiopulmonar;
  • Melhora da fadiga;
  • Melhora da saúde mental.

Qual a melhor atividade física para o paciente com dor crônica?

Como regra geral, a prescrição de exercício para pessoas com dor crônica deve seguir as mesmas orientações válidas para a população em geral.

Para os adultos, isso inclui:

  • Pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada ou, pelo menos, 75 minutos de atividade física aeróbica vigorosa por semana, dividido na maior parte dos dias da semana. Se possível, aumentar a prática progressivamente para até 300 minutos de atividade aeróbia moderada ou 150 minutos de atividade aeróbia intensa.
  • Exercícios de fortalecimento e exercícios para ganho de mobilidade articular devem ser realizados em ao menos dois dias na semana.

Dentro destes parâmetros gerais, as atividades poderão ser adaptadas de acordo com as limitações individuais do paciente. Para isso, a ajuda do Médico do esporte pode ser fundamental.

Um paciente com artrose no joelho, por exemplo, pode ter que evitar exercícios com agachamentos profundos ou atividades com alto impacto.

Nem todos os pacientes são capazes de cumprir com as metas acima em um primeiro momento.

Se este for o caso, é importante entender que qualquer atividade é melhor do que nada. Começa-se com o máximo de atividade que o paciente se sentir capaz e, à medida em que estiver bem adaptado, os exercícios são progressivamente incrementados.

Adoção de uma rotina mais ativa

Idealmente, a atividade física deve considerar não apenas a realização de atividades formais, mas também os movimentos realizados ao longo do dia.

Especialmente no caso de pessoas que possuem uma rotina de trabalho mais sedentária, é fundamental que o movimento não seja limitado a 30 ou 60 minutos de atividade física formal.

O paciente deve ser estimulado a caminhar mais, ao invés de usar o carro; deve buscar usar escadas convencionais, ao invés de escadas rolantes. Quando possível, deve se levantar e dar pequenas caminhadas de hora em hora, ao longo da jornada de trabalho.

Muitas pessoas associam a prática de atividade física com academias de ginástica, o que não é verdade. Para muitos, apenas sair para dançar à noite, ao invés de ficar assistindo televisão, já pode ter um enorme benefício.

Mudanças de estilo de vida

Apesar dos inúmeros benefícios da prática regular de atividade física pelo paciente com dor crônica, os benefícios acabam sendo limitados quando não são acompanhados de outras medidas para a melhora na qualidade de vida.

Isso inclui, entre outras coisas:

  • Melhora dos hábitos de sono;
  • Melhora do padrão alimentar;
  • Medidas para o tratamento da obesidade;
  • Medidas para a melhora da saúde mental.