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Astrocitoma

O que é o Astrocitoma?

Astrocitoma é um tipo de câncer que acomete o cérebro ou na medula espinhal. Ele tem origem a partir de uma mutação nos astrócitos, um tipo de célula da glia, responsável por dar sustentação aos neurônios.

Por este motivo, ele é também classificado como um tipo de Glioma, ou tumor da glia.

O que são os astrócitos?

Os astrócitos são as células gliais mais abundantes no Sistema Nervoso Central, representando aproximadamente metade das células do cérebro humano.

Eles dão suporte mecânico aos neurônios, além de terem outras funções fundamentais ao funcionamento do cérebro humano. Entre estas funções, incluem-se:

  • Formação da barreira hematoencefálica
  • Controle do metabolismo neuronal
  • Isolamento elétrico
  • Regulação dos neurotransmissores
  • Cicatrização e regeneração

Qual a localização mais comum do astrocitoma?

Os astrocitomas são encontrados mais frequentemente na periferia do cérebro, podendo eventualmente estar localizado no cerebelo.

Eles podem se disseminar por todo o cérebro e podem se misturar com o tecido cerebral normal, o que torna mais difícil sua remoção cirúrgica. Entretanto, é incomum que o astrocitoma se dissemine para fora do cérebro ou medula espinhal.

Quais os sinais e sintomas do Astrocitoma?

Os sinais e sintomas dependem da localização do tumor.

Quando ele acomete o cérebro, os sintomas podem incluir:

  • Alterações de humor, personalidade ou concentração;
  • Dor de cabeça;
  • Náusea e vômitos;
  • Convulsões;
  • Distúrbios de equilíbrio e da marcha.

Quando ele acomete a medula espinhal, os sintomas podem incluir:

  • Dor lombar;
  • Perda de controle vesical e intestinal;
  • Paralisia;
  • Déficit sensitivo.

Diagnóstico

Na presença de sintomas característicos, o astrocitoma pode ser diagnosticado por meio de exames de imagem como a Ressonância Magnética ou a Tomografia Computadorizada.

O diagnóstico definitivo é feito através da análise microscópica do tecido tumoral. Dependendo do caso, este tecido pode ser obtido por biópsia ou após a ressecção cirúrgica do tumor.

Além de confirmar o diagnóstico do astrocitoma, a avaliação microscópica permite identificar qual o grau do tumor, o que é importante tanto para a escolha do tratamento como para determinar o prognóstico.

Tipos de Astrocitoma

O Astrocitoma pode ser um tumor de crescimento lento, ou pode ser um câncer agressivo que cresce rapidamente.

A graduação do tumor é feita de acordo com os critérios da OMS para o tumor cerebral, podendo variar de grau 1 (mais benigno) a grau 4 (mais maligno).

Esta graduação é feita através da análise das células tumorais ao microscópio, após a biópsia ou a cirurgia.

Como regra geral, quanto mais velho o paciente, maiores as chances de o astrocitoma ser de um grau superior.

Assim, os astrocitomas são diferenciados histologicamente nos seguintes tipos:

Grau 1

  • Astrocitoma Pilocítico;
  • Xantoastrocitoma Pleomórfico;
  • Astrocitoma Subependimário de Células Gigantes.

Grau 2

  • Astrocitoma Difuso.

Grau 3

  • Astrocitoma Anaplásico.

Grau 4

Tratamento do Astrocitoma

A cirurgia é o tratamento primário, sendo realizada pelo Neurocirurgião.

O objetivo da cirurgia deve ser remover o máximo possível do tecido tumoral. Em muitos casos, porém, ele encontra-se localizado próximo de estruturas críticas do cérebro ou medula, o que torna a ressecção ampla muito arriscada ou inviável.

A radioterapia pode ser recomendada após a cirurgia se o câncer não foi removido completamente ou se houver um risco aumentado de recidiva do câncer.

Nos cânceres mais agressivos, a radiotrapia é frequentemente combinada com a quimioterapia.

No caso de pessoas que que por algum motivo não podem ser submetidas à cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia podem ser usadas como tratamento primário.