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Artroscopia do Quadril

O que é a Artroscopia do Quadril?

A Artroscopia do Quadril é um procedimento cirúrgico guiado por uma microcâmera, introduzida na articulação por meio de uma pequena incisão. Outras pequenas incisões são feitas para a introdução do instrumental cirúrgico.

As imagens são exibidas em um monitor de vídeo. A partir desta imagens, o cirurgião guia os instrumentos cirúrgicos com os quais realiza o procedimento.

Cada uma destas pequenas incisões é denominada de portal artroscópico, sendo que o número e localização destes portais podem variar de acordo com o procedimento.

A cirurgia pode ser usada para diagnosticar e tratar uma ampla variedade de problemas no quadril.

Comparativamente com a cirurgia aberta, a artroscopia do quadril resulta em menos dor para os pacientes, menos rigidez nas articulações e, menor tempo de recuperação. O retorno às atividades rotineiras também é feito de forma mais precoce.

 

Quais as indicações para a Artroscopia do Quadril?

 

As principais indicações para a Artroscopia do Quadril são o impacto femoroacetabular e as lesões labrais do quadril.

Eventualmente, ela poderá ser indicada para outros problemas, como lesão da cartilagem, presença de corpos livres, tendinite do iliopsoas, bursite trocantérica ou infecção do quadril (pioartrite).

Técnica cirúrgica

 

Anestesia

A Artroscopia de Quadril é realizada com anestesia geral. A duração do procedimento pode variar de 1h30 a mais de 3 horas, dependendo de qual o procedimento realizado.

Posicionamento do paciente

A Artroscopia do Quadril pode ser realizada com o paciente de barriga para cima ou deitado de lado.

Distração do quadril

A perna do paciente é fixada em um equipamento de tração, de forma a permitir a introdução da câmera de vídeo e dos instrumentos dentro da articulação. O objetivo é uma abertura de até 10mm no espaço articular.

Portais artroscópicos

Duas ou três pequenas incisões de aproximadamente 1cm cada são feitas na frente e na lateral do quadril. Estas incisões são feitas para a introdução da câmera e do instrumental cirúrgico.

O uso de um aparelho de radioscopia (aparelho que realiza imagens radiográficas instantâneas) é usado para direcionar os portais até a articulação do quadril.

Tratamento da lesão

O labrum pode ser debridado por meio de equipamentos artroscópicos específicos ou reparado por meio de pontos de sutura.

Para realizar a sutura, são utilizados implantes denominados de âncoras, que se prendem ao osso e aos fios usados para dar os pontos.

Outros procedimentos podem ser associados neste momento, especialmente o tratamento do Impacto femoroacetabular.

Retirada da tração e sutura da pele.on-model-lca]

 

Recuperação pós-operatória

O uso de muletas após a Artroscopia do Quadril é recomendado, sendo que o tempo de muletas varia conforme o procedimento realizado.

Em alguns casos, elas serão usadas apenas para conforto e liberadas assim que o paciente tiver controle suficiente nas pernas para ficar sem elas. Em outros casos, deverão ser mantidas por até 2 meses.

O retorno para o trabalho depende da atividade e do procedimento realizado. Como regra geral, poderá ser feito após 2 a 4 semanas, no caso de atividades que não exigem esforço físico.

Ainda assim, não será recomendado no início ficar longos períodos sentado, sendo indicado que se levante para pequenas caminhadas algumas vezes ao longo do expediente.

No caso de trabalhos que exigem maior esforço físico, como aqueles em que é preciso carregar pesos significativos ou ficar em pé por longos períodos, podem ser necessários de 2 a 6 meses para retornar ao trabalho.

O retorno esportivo, da mesma forma, poderá ser permitido em alguns procedimentos assim que o controle completo dos movimentos tiver sido obtido, entre 1 e 2 meses após a cirurgia. Em outros casos, pode ser permitido apenas  após seis meses da cirurgia.

Complicações cirúrgicas

As complicações da Artroscopia do Quadril são incomuns. O maior problema relacionado ao procedimento é a distração dos nervos ou vasos sanguíneos circundantes, que pode levar a uma dormência na coxa.

Na maior parte das vezes, esta dormência é temporária. Uma lesão mais definitiva do nervo é bastante rara e geralmente associada a uma distração excessiva, muito além do que é habitualmente recomendado.

Existem também pequenos riscos de infecção ou de formação de coágulos sanguíneos nas pernas (trombose venosa profunda). Entretanto, estes riscos costumam ser menores do que com a cirurgia aberta tradicional.