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Trombocitose

O que é Trombocitose?

Trombocitose é um termo que envolve um conjunto de condições caracterizadas pelo aumento no número total de plaquetas no sangue.

As plaquetas são componentes celulares do sangue que têm a função de interromper eventuais sangramentos, em um processo denominado de coagulação.

Quando a quantidade de plaquetas é excessiva, porém, o sangue pode coagular dentro dos vasos sanguíneos, interrompendo o fluxo normal do sangue. Esta condição é denominada de trombose.

Os trombos podem estar por trás de graves complicações, incluindo a Embolia Pulmonar, o Infarto Agudo do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral.

A maioria das pessoas com Trombocitose é diagnosticada por volta dos 60 anos. Ela é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens.

Quais são os tipos de Trombocitose?

Trombocitose Primária (Essencial)

A Trombocitose Primária é uma doença sanguínea rara na qual a medula óssea produz muitas plaquetas.

A forma mais comum de Trombocitose Primária é a neoplasia mieloproliferativa.

Mais da metade das pessoas com trombocitemia essencial tem uma mutação genética chamada JAK2. Outras mutações comuns afetam o gene CALR ou MPL.

Trombocitose Secundária (Reativa)

A Trombocitose Secundária ou Reativa acontece quando as plaquetas aumentam em resposta a alguma outra condição, incluindo uma lesão, uma infecção, cirurgia ou a um problema no baço.

Problemas no baço (incluindo cirurgias para a remoção do baço) podem levar à Trombocitose pelo fato de que ele é responsável por retirar de circulação e destruir as células sanguíneas envelhecidas.

Diagnóstico

A maioria das pessoas com plaquetas altas não apresenta sintomas, pelo menos no início.

O diagnóstico muitas vezes é feito em um exame de sangue de rotina, em um paciente completamente assintomático. Ela fica caracterizada quando há presença de mais de 450.000 plaquetas por microlitro de sangue.

Na presença de uma Trombocitose sem uma causa identificável e em um paciente assintomático, habitualmente o exame de sangue é repetido de dentro de algumas semanas.

Níveis que são momentaneamente altos, mas depois voltam ao normal, geralmente não são preocupantes. Entretanto, quando a plaqueta alta é persistente, isso pode sinalizar uma condição subjacente que pode ser preocupante.

Nestes casos, outros exames são solicitados para se chegar na causa.

Os testes podem incluir:

  • Esfregaço de sangue periférico;
  • Testes de DNA/genéticos;
  • Biópsia da medula óssea.

Tratamento

O tratamento geralmente é feito pelo Médico Hematologista.

Na ausência de sintomas, o paciente é habitualmente apenas acompanhado por meio de exames de rotina.

As formas secundárias de trombocitose raramente requerem tratamento específico.

Normalmente, o nível das plaquetas volta ao normal após a resolução da condição de base.

O tratamento específico geralmente é indicado apenas no caso de uma Trombocitopenia primária sintomática.

Isso pode incluir:

  • Uso diário de aspirina, para a prevenção de fenômenos trombóticos;
  • Uso de medicamentos que suprimem a produção de plaquetas na medula óssea, como o Interferon Alfa.

Em alguns casos nos quais as plaquetas estão excessivamente elevadas, poderá ser considerada a plaquetoférese.

Este procedimento usa uma máquina para filtrar o excesso de plaquetas do sangue.

Entretanto, a grande maioria das causas de Trombocitose não requer a plaquetaférese.