Teste de Reserva Ovariana
O que é reserva ovariana?
Reserva ovariana é um termo que se refere à quantidade de óvulos armazenados nos ovários da mulher.
Uma vez que mulher não forma novos óvulos após o nascimento, é esperada uma redução no número de óvulos ao longo da vida, conforme abaixo:
- No momento do nascimento, a reserva ovariana é de um a dois milhões de óvulos;
- Na adolescência, ela cai para aproximadamente 500 mil óvulos;
- Após a menarca, cerca de mil óvulos são disponibilizados e perdidos a cada ciclo menstrual, ainda que apenas um se desenvolve por completo até a ovulação;
- Após os 40 anos, o estoque de óvulos no corpo feminino está praticamente zerado.
Entretanto, estes são valores medianos. Em algumas mulheres, a quantidade de óvulos pode diminuir muito mais rapidamente, o que pode comprometer o resultado da Fertilização in Vitro.
Teste de reserva ovariana
O objetivo do teste é fazer uma estimativa do número de óvulos disponíveis nos ovários de uma mulher.
Como é feita a Avaliação da Reserva Ovariana?
Existem três exames habitualmente utilizados para isso:
Ultrassonografia Transvaginal
A ultrassonografia transvaginal é feita entre o 2º e o 3º dia do ciclo menstrual.
Ele busca identificar o número de folículos antrais que a mulher desenvolve a cada ciclo menstrual.
Quanto maior o número de folículos, maior a reserva ovariana.
A contagem de folículos antrais menor do que 7 nos dois ovários indica uma baixa reerva ovariana. Entretanto, uma contagem de 6 ou mais folículos em cada ovário indica uma boa chance de engravidar.
FSH Basal
O FSH Basal é um exame de sangue realizado entre o 2º e o 5º dia do ciclo menstrual.
Ele mede a quantidade do hormônio folículo-estimulante (FSH), indutor natural dos ovários.
Ele é um marcador efetivo da baixa reserva ovariana e, consequentemente, da baixa resposta à estimulação ovariana na Fertilização in Vitro.
Sendo assim, quanto mais altos forem os níveis de FSH, menor será a possibilidade de sucesso de gravidez.
O nível de FSH maior do que 10 Ul/L, colhido nestas condições, indica uma baixa reserva ovariana.
Hormônio antimülleriano (AMH)
O exame que testa o hormônio antimülleriano é um exame de sangue mais moderno e eficaz na verificação da reserva ovariana.
O hormônio é produzido pelas células dos ovários onde se desenvolvem nos folículos antrais e pré-antrais.
Quanto maior o número dos folículos no ovário, maior será a concentração sanguínea do Hormônio Antimülleriano.
O nível de Hormônio Antimülleriano menor do que 1ng/ml indica uma baixa reserva ovariana.
Este hormônio, diferente do FSH, não sofre variação expressiva ao longo do ciclo menstrual.
Indicações para o Teste de Reserva Ovariana
Algumas mulheres apresentam uma redução da reserva ovariana sem nenhuma justificativa aparente para isso.
Em muitos casos, ela somente é percebida durante a investigação para Infertilidade feminina.
O ideal, desta forma, é que ela seja percebida antes que a reserva atinja níveis críticos. Assim, estas mulheres podem optar pelo congelamento de óvulos, para caso optem por uma Fertilização In Vitro no futuro.
Podemos dizer, desta forma, que qualquer mulher com intenção futura de engravidar tem indicação para realizar uma avaliação da Reserva Ovariana, especialmente após os 30 anos de idade.
O teste também faz parte da avaliação de rotina da mulher em programação para realizar o congelamento de óvulos ou a Fertilização In Vitro (FIV).
É possível engravidar com baixa reserva ovariana?
A baixa reserva ovariana dificulta, mas não é um fator impeditivo para uma gravidez. Dessa forma, enquanto a mulher estiver ovulando ainda existe a possibilidade de gerar um filho.
Isso é válido especialmente no caso da mulher mais jovem, em que a qualidade dos óvulos tende a ser de melhor qualidade.
No caso de mulheres mais velhas, a dificuldade para engravidar será maior.
Mais do que isso, é preciso considerar que a probabilidade de conseguir engravidar tende a diminuir progressivamente.
Assim, , a mulher pode ter algumas decisões:
- Caso se sinta pronta e em condições de engravidar, ela pode ser recomendada a não ficar adiando a gestação. Caso esteja com dificuldade para engravidar, pode considerar a Fertilização In Vitro;
- Caso não se sinta pronta para isso, poderá considerar a possibilidade de congelação dos óvulos.