Terapia com Células CAR-T

A Terapia com Células T do Receptor de Antígeno Quimérico (CAR-T) – Terapia com Células CAR-T, é uma das formas de imunoterapia usadas no tratamento contra o câncer.

Ela envolve a mudança de algumas das células imunológicas para que elas possam combater e matar as células cancerígenas.

Os Linfócitos T e Linfócitos B são os dois principais tipos de glóbulos brancos que ajudam o sistema imunológico no combate a infecções e outras células invasoras.

As células T fazem isso identificando proteínas (antígenos) na superfície destas células invasoras. Elas têm receptores que se ligam aos antígenos e destroem as células invasoras.

Os receptores dos linfócitos T são específicos para cada tipo de célula invasora. Elas são ativadas uma vez que reconhecem a presença desta célula no organismo.

O que a terapia com células T CAR busca fazer é remover as células T do sangue e alterá-las em laboratório. Isso é feito adicionando-se receptores na superfície das células T para que elas reconheçam e ataquem as células cancerígenas.

As células T reprojetadas são então colocadas de volta no sangue para que elas possam identificar e matar as células cancerígenas.

Uma vez de volta ao corpo, elas começam a se multiplicar, aumentando sua ação contra as células cancerígenas.

O tratamento com células CAR-T Cell ainda não está disponível comercialmente no Brasil. Entretanto, ele já é usado no meio acadêmico em projetos de estudo.

Nos Estados Unidos, ela está disponível desde 2017, quando a Food and Drug Administration (FDA) aprovou a terapia pela primeira vez.

Até o momento, a FDA aprovou seis versões da terapia com células CAR-T para tratar diferentes tipos de câncer hematológicos, incluindo:

• Leucemia Linfoide Aguda;
• Mieloma Múltiplo;
• Certos tipos de Linfoma Não Hodgkin.

Vale considerar que diferentes tipos de células cancerígenas têm antígenos diferentes e cada versão da terapia com células CAR-T contém receptores que são projetados para um tipo específico de células cancerígenas.

Embora seja uma nova arma disponíveis para o Médico Oncologista no combate a certos tipos de câncer, nem todos os pacientes respondem da mesma forma ao tratamento.

Em alguns casos, o câncer pode simplesmente não responder bem ao tratamento, ou o câncer pode recorrer mais tarde.

Isso pode acontecer, por exemplo, porque a célula cancerígena pode parar de produzir o antígeno alvo da terapia.

Em alguns casos, o câncer pode responder bem ao tratamento, mas pode recorrer em um segundo momento.

A Terapia com Células CAR-T também pode causar efeitos colaterais potencialmente graves ou até mesmo com risco de vida.

Uma das maiores preocupações é com o desencadeamento de uma reação alérgica/ anafilática. Isso acontece quando o sistema imunológico passa a reconhecer os anticorpos monoclonais como algo estranho ao corpo e produz uma reação para combate-las.

Em outros casos, o sistema imunológico fica tão reforçado que passa a atacar os tecidos normais do corpo, com uma reação inflamatória potencialmente bastante grave.

Os órgãos mais acometidos por esta reação inflamatória incluem:

• Intestino;
• Pulmões;
• Coração;
• Cérebro;
• Pele.

Os Anticorpos monoclonais podem também causar reações cutâneas no local da agulha, além de alguns sintomas semelhantes aos da gripe.

As reações no local da agulha podem incluir dor, inchaço, vermelhidão, coceira e irritação da pele.

Entre os sintomas semelhantes aos da gripe, podem-se incluir febre, calafrios, fadiga, mal-estar geral, náusea, vômitos ou diarreia.