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Síndrome Hemolítico-Urêmica

O que é a Síndrome Hemolítico-urêmica?

A Síndrome Hemolítico-urêmica é uma doença grave que pode ocorrer quando os pequenos vasos sanguíneos nos rins ficam danificados e inflamados. Ela é caracterizada caracterizada por:

Estas três condições em conjunto formam o que é conhecido como tríade da Síndrome hemolítico urêmica.
Embora pessoas de qualquer idade possam desenvolver a síndrome, ela é mais comum em crianças menores de 5 anos de idade, sendo responsável por cerca de 50% das lesões renais agudas em idade pediátrica.

Quais as causas da Síndrome Hemolíttico-urêmica?

Infecções por Escherichia coli
A maior parte dos casos de Síndrome Hemolítico-urêmica acontece em decorrência de uma infecção pelas bactérias Escherichia coli. Algumas destas bactérias produzem uma toxina, que é a responsável por estes danos renais.
A E. Coli pode causar desde uma diarreia leve até casos graves de colite hemorrágica (infecção intestinal sanguinolenta).
O trato gastrointestinal do gado é o principal reservatório da E. Coli. Ela é eliminada nas fazer do gado, contaminando a água e o solo.
Os alimentos mais associados à transmissão destas bactérias são:

  • Carne crua ou mal-cozida;
  • Sucos
  • Leite e seus derivados que não passaram pelo processo de pasteurização ou fervura;
  • Hortaliças, legumes, verduras e frutas contaminados por esterco não tratado de animais,
  • Água para consumo humano não tratada devidamente com cloro.

Outras infecções
Ainda que a E. Coli seja a principal responsável pela Síndrome Hemolítico urêmica, outras bactérias também precisam ser consideradas, incluindo a Shigella dysenteriae , Campylobacter, Aeromonas e o Enterovirus.

Causas não infecciosas
Eventualmente, a Síndrome Hemolítico-Urêmica pode estar associada a condições não infecciosas que levam a um dano renal, incluindo gravidez, câncer, uso de certos medicamentos ou doença autoimune. Em alguns casos, ela pode estar associada a certas mutações genéticas.
Estas causas não infeciosas devem ser consideradas especialmente no caso da Síndrome Hemolítico-Urêmica na ausência de diarreia.

Quais os sinais e sintomas da Síndrome Hemolítico-urêmica?

A Síndrome hemolítico-urêmica geralmente se inicia com intensas cólicas abdominais, diarreia abundante e febre de curta duração. O vômito pode também estar presente em alguns casos.

Após cerca de dois dias, as fezes tornam-se sanguinolentas na maioria dos casos, com presença de coágulos e intensificação da dor abdominal. Cerca de 10 a 15% dos pacientes com colite hemorrágica evoluem para a Síndrome Hemolítico-urêmica.

Diagnóstico

No paciente com quadro clínico compatível, a Síndrome Hemolítico-Urêmica pode ser diagnosticada por meio dos exames de sangue e urina, além do exame de fezes para a pesquisa de bactérias.

Tratamento da Síndrome Hemolítico-Urêmica

O tratamento da Síndrome Hemolítico-Urêmica consiste em um conjunto de medidas de suporte, geralmente em unidade de terapia intensiva (UTI).

Isso pode incluir a transfusão sanguínea ou de concentrado de plaquetas, hemodiálise, medicamentos para o controle da pressão arterial e suporte nutricional adequado.

Tratamentos específicos podem ser indicados em alguns casos, incluindo a plasmaférese (remoção de plasma do sangue) e o uso do Eculizumab, um anticorpo monoclonal.

Nos pacientes com danos permanentes ao fígado ou rim, pode ser considerada a realização de transplante hepático ou transplante renal.

Qual o prognóstrico da Síndrome Hemolítico-urêmica?

A mortalidade durante os eventos iniciais dos pacientes com a Síndrome Hemolítico Urêmica é de cerca de 8 a 10%. Além disso, aproximadamente 25% dos pacientes se tornam dependentes de hemodiálise.

Cerca de 10% dos pacientes evolui com necrose cortical aguda e insuficiência renal irreversível. Estes pacientes podem necessitar de hemodiálise pelo restante da vida ou de um transplante renal.