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Rubéola congênita

O que é a Rubéola Congênita

A rubéola congênita é uma infecção viral adquirida da mãe durante a gestação.

Inicialmente, o vírus da rubéola invada o trato respiratório superior, disseminando-se através do sangue para diferentes partes do corpo, inclusive a placenta. A partir da placenta, o feto pode ser acometido.

A infecção materna por rubéola, particularmente durante o 1º trimestre, pode causar restrição do crescimento intrauterino e graves anormalidades do desenvolvimento. No entanto, esta infecção se tornou incomum no Brasil e boa parte do mundo com melhores indicadores de saúde, devido aos programas de vacinação.

Sinais e sintomas da rubéola na gestante

Em uma gestante, a rubéola pode ser assintomática ou caracterizada por sintomas relativamente leves, incluindo:

  • Sintomas inespecíficos de vias respiratórias superiores;
  • Febre baixa;
  • Conjuntivite;
  • Aumento dos linfonodos (especialmente nas áreas suboccipital e auricular posterior);
  • Exantema maculopapular.

Complicações da rubéola no bebê

Aguns bebês não apresentam qualquer efeito da rubéola. No entanto, poderá também haver múltiplas anomalias ou mesmo a morte fetal.

As anomalias mais comuns da rubéola no feto formam o que se chama de síndrome de rubéola congênita.

Entre elas, incluem-se:

  • Restrição do crescimento intrauterino
  • Microcefalia
  • Meningoencefalite
  • Catarata ou retinopatia
  • Perda auditiva
  • Defeitos cardíacos cardíacos ou pulmonares
  • Hepatoesplenomegalia
  • Malformação óssea.

Diagnóstico da rubéola congênita

A sorologia da IgG para rubéola deve ser feita rotineiramente no início da gestação. Ela deve ser repetida nos casos de gestantes soronegativas que apresentam sinais ou sintomas dque possam ser relacionadas à rubéola.

O diagnóstico é feito por um teste sorológico positivo para anticorpos IgM, quando o IgG inicialmente negativo se torna positivo (o que se chama de soroconversão) ou a partir de uma elevação de ao menos quatro vezes nos títulos de IgG.

Ao nascimento, os títulos de anticorpos devem ser medidos no bebê com suspeita da síndrome de rubéola congênita. A persistência da IgG específica para rubéola após 6 a 12 meses sugere infecção congênita. A detecção de anticorpos IgM específicos contra a rubéola geralmente também pode indicar infecção por rubéola, No entanto, alguns bebês podem apresentar resultados de IgM falso-positivos.

A cultura do vírus pode ser feita com amostras da nasofaringe, da urina, do líquido cerebrospinal, do esfregaço de leucócitos e da conjuntiva de neonatos.

Tratamento da rubéola congênita

Não existe tratamento específico disponível para a infecção, seja materna, seja congênita.

Assim, mulheres expostas a rubéola em fase precoce da gestação devem ser informadas sobre o risco potencial para o feto.

Após o nascimento, o tratamento é voltado para o manejo das complicações relacionadas à infecção.