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Prótese mamária (prótese de silicone)

O que é a prótese mamária?

A cirurgia para a colocação de prótese mamária, também chamada de mamoplastia com prótese, mamoplastia de aumento ou simplesmente “cirurgia para colocação de Prótese de silicone”, é um procedimento que visa aumentar as mamas através da implementação do silicone. A cirurgia ainda consegue corrigir pequenas assimetrias e flacidez leve nas mamas.

Ela é indicada para mulheres que vêm no aumento dos seios uma forma de valorizar o contorno do corpo e melhorar a autoestima.

A prótese de silicone também pode ser indicada para a reconstrução mamária, em pacientes submetidas a cirurgia para o tratamento do câncer de mama. Discutimos mais sobre a Prótese mamária reconstrutiva em um artigo específico.

Quais os tipos de prótese de silicone?

Um dos pontos mais sensíveis na cirurgia de colocação de prótese mamária está relacionada a escolha da prótese.
Muito se fala em relação ao tamanho. No entanto, outros fatores também precisam ser levados em consideração, incluindo:

  • Formato da prótese: arredondada, anatômica (gota), cônica.
  • Perfil da prótese: baixo, moderado, alto, extra alto.

Tamanho da prótese de silicone

A prótese de silicone pode variar entre 150mL e 1 litro, embora os tamanhos muito pequenos ou muito grandes sejam raramente utilizados.
Para escolher o tamanho de silicone ideal, o desejo da paciente em ter um aumento mais ou menos significativo no tamanho das mamas é fundamental. No entanto, outros critérios também devem ser levados em consideração, incluindo:

  • Altura da paciente;
  • Tamanho do tórax;
  • Característica da pele;
  • Volume natural das mamas.

Formato da prótese de silicone

As próteses de silicone estão disponíveis em três formatos diferentes:

Prótese arredondada
As próteses de silicone arredondadas permitem um melhor contorno da mama. Esse formato é o mais usado, já que ele é simétrico em todas as dimensões e preenche igualmente todos os espaços da mama. Ela ajuda a realçar a parte superior da mama, dando a impressão de levantá-las.

Prótese anatômica (gota)
Prótese de silicone que imita o formato natural das mamas. Sendo assim, ela é a melhor escolha para quem espera por resultados mais discretos. São mais indicados para mulheres que não possuem os seios muito caídos e que apresentam a parte superior da mama mais volumosa.

Cônico
A prótese de silicone cônica é mais indicada para mulheres que querem uma mama mais projetada para frente. É uma boa alternativa para quem apresenta um leve grau de queda, já que o formato cônico pode melhorar esse aspecto com o tempo.

 

Perfil da prótese de silicone

O perfil da prótese de silicone se refere à altura do seio em relação ao tórax.

  • Perfil Baixo: próteses que possuem uma base mais larga. São indicadas quando se deseja uma maior projeção do colo e pouca projeção para a frente.
  • Perfil Moderado: base um pouco larga e são mais baixas, para preenchimento moderado do colo mamário e pouca projeção para frente.
  • Perfil Alto: possuem uma base menor e são mais altas. Usadas para projetar os seios para frente sem tanta necessidade de preenchimento.
  • Perfil Extra alto: base ainda menor e de maior projeção, quando se deseja preencher bem o colo, mas sem projetar a mama para as axilas.

Prótese de mama corrige flacidez?

A prótese de mama pode corrigir a flacidez, mas, em casos específicos. Isso é válido especialmente para mulheres com pouca flacidez e seios pequenos.

No caso de mulheres com seios volumosos e bastante pele sobrando, a cirurgia de prótese mamária como procedimento isolado não é indicada. Na verdade, ela pode até piorar a situação.

Nestes casos, o cirurgião plástico poderá indicar a cirurgia de Mastopexia, que pode ou não incluir a colocação da prótese mamária.

A mastopexia é uma cirurgia que busca justamente corrigir a flacidez e a queda das mamas.

Como é feita a cirurgia de prótese mamária?

A Mamoplastia com prótese é normalmente realizada com anestesia local ou peridural, ambas com sedação.

Após a anestesia, são feitas algumas marcações na pele conforme o planejamento cirúrgico.

O cirurgião realiza o acesso previamente escolhido e os implantes são posicionados.

A seguir, a pele é novamente fechada.

Este procedimento tem duração aproximada de uma hora.

Antes da sua cirurgia, o médico faz a marcação da pele.

Na maior parte das vezes, o paciente recebe alta no mesmo dia da cirurgia.

Vias de acesso para a prótese mamária

A grande maioria das próteses mamárias são feitas com o acesso inframamário, ou seja, pelo sulco mamário abaixo da mama.

Além de oferecer menos riscos quanto a perda de sensibilidade, ela tem uma recuperação mais tranquila e deixa a cicatriz bem escondida.

O acesso periareolar envolve a colocação da prótese através de um acesso feito pela aréola. Ela pode ser considerada quando há algum motivo para mexer na aréola, como quando a paciente tem a intenção de reduzí-la. Outro problema está relacionado a uma dificuldade futura para amamentar.

Prótese mamária subglandular X submuscular X subfacial

Prótese subglandular
Na prótese subglandular, o implante é colocado em cima do músculo e abaixo das glândulas mamárias.

Esta é a posição mais comumente utilizada, já que ela deixa os seios bem marcados e tem uma recuperação mais tranquila, quase sem nenhum incômodo.

Prótese submuscular
A prótese subglandular é colocada por trás do músculo peitoral maior.

Ela tem o benefício de deixar uma aparência final tende mais discreta e com um aspecto mais natural, especialmente no caso de mulheres magras e com pouco seio.

No entanto, a recuperação é mais dolorida do que na prótese subglandular, já que é preciso levantar o músculo para posicionar o implante. Além disso, ela exige uma maior restrição inicial após a cirurgia, pelo maior risco de deslocamento do implante.

Prótese subfacial (dual plane)
A prótese subfascial, ou dual plane, é uma técnica submuscular parcial. A parte superior da prótese de silicone, que é maior, fica recoberta pelo músculo peitoral, enquanto a parte inferior fica sob a glândula mamária.

A técnica permite unir benefícios tanto da prótese subglandular como da prótese submuscular.

A recuperação é mais acelerada, com a movimentação completa dos braços liberada cerca de 1 hora depois da cirurgia. O retorno ao trabalho e esforços como dirigir são permitidos entre 48 e 72 horas após a cirurgia.

Ao mesmo tempo, a prótese provê uma aparência mais natural, especialmente no caso de mulheres magras e com seios muito pequenos.

Por fim, a prótese dual plane reduz o risco de deslocamento da prótese e de contratura capsular, que é uma das complicações de longo prazo mais comuns.

Por conta de todos estes benefícios, esta técnica tem sido adotada por muitos cirurgiões plásticos, especialmente no caso de mulheres mais magras e com peito pequeno – que representam grande parte daquelas que procuram pela cirurgia.

Recuperação pós operatória

A recuperação pós operatória varia de acordo com a técnica cirúrgica realizada. Os tempos de restrição podem ser bastante diferentes em diferentes técnicas, de forma que o que está exposto abaixo deve sempre ser verificado previamente a cirurgia com o cirurgião responsável.

Movimentação dos braços
Dependendo da técnica utilizada, a mobilização completa poderá ser permitida desde o início.
Em outros casos, poderá ser necessário um período de até 30 dias para que o braço possa ser elevado acima da altura da cabeça.

Posição de descanso
Durante os primeiros dois meses de recuperação, é preciso dormir com a barriga para cima. Isso é importante para evitar o deslocamento da prótese.

Condução de automóveis
Em alguns casos, a mulher é liberada para dirigir após 48 a 72 horas da cirurgia.
Em outros casos, pode ser necessário esperar aproximadamente 2 semanas – especialmente no caso de carros de câmbio manual.

Atividade Física
Pequenas caminhadas estão liberadas. Atividades mais exigentes podem precisar de 15 a 90 dias para serem liberadas. Isso dependerá do tipo de atividade e da técnica cirúrgica realizada.
Carregar peso
No começo da recuperação, não será permitido carregar pesos excessivos. No entanto, o tepo e a intensidade desta restrição pode variar de caso para caso.

Sutiã pós-cirúrgico
O sutiã pós-cirúrgico deve ser colocado logo após a cirurgia e deverá ser mantido por no mínimo 30 dias.
Ao comprimir os seios, ele ajuda a minimizar sangramentos e a formação de hematomas.
Ele também ajuda a reduzir a dor no pós-operatório, mantém as mamas no lugar e evita a flacidez, já que a colocação da prótese estica a pele.
No segundo mês após à cirurgia, a paciente pode usar um sutiã sem arame, porém com boa sustentação. Após este período, é permitido usar qualquer sutiã.
Durante as atividades físicas, o ideal é sempre usar um top com um tecido que dê bastante apoio para as mamas e isso é válido para o resto da vida.

Banho de sol
O banho de sol não é permitido nos primeiros 30 dias ou enquanto os hematomas ainda estiverem presentes. Passado este prazo, ainda é preciso evitar a exposição da cicatriz ao sol por ao menos 6 meses e o cuidado com o uso de protetor solar deve ser redobrado. Caso isso não seja respeitado, a cicatriz cirúrgica tende a ficar escura e com aspecto cosmético ruim.

Drenagem linfática
A massagem manual é recomendada para diminuir o inchaço, muito comum no pós-cirúrgico.
Isso poderá ser feito pela própria paciente ou por uma fisioterapeuta especializada.

Estrias e flacidez
Uma vez que a prótese estica a pele da mama, ela favorece o aparecimento de estrias e flacidez.
Para evitar isso, é fundamental hidratar a pele das mamas com produtos específicos, assim como usar sutiãs e tops com boa sustentação ao longo da vida.
Quanto maior a prótese, maior o risco de flacidez e de estrias.

Quais as complicações da prótese de silicone?

Muitas mulheres têm o sonho de colocar silicone, mas abandonam essa ideia devido aos riscos da cirurgia.

As complicações da prótese de silicone de fato existem e não devem ser ignorados.

No entanto, complicações que coloquem em risco a saúde ou a vida da paciente são bastante incomuns.

Na maioria das vezes os riscos estão associados a questões estéticas. Ainda que todo o esforço deva ser feito para evita-las, estas complicações costumam ser solucionadas com sucesso quando bem conduzidas.

Dor pós prótese de silicone
A dor no período inicial de recuperação após uma prótese mamária é normal, especialmente nas duas primeiras semanas e após uma prótese submuscular.

O uso de analgésicos, sutiã cirúrgico, drenagem linfática e outras medidas podem ser consideradas para amenizar o desconforto.

Já a dor tardia, que acontece anos após a colocação da prótese de silicone, pode estar associada a complicações como contratura, ruptura, deslocamento de implante ou até mesmo problemas que não tenham relação com a mamoplastia, como a mastite ou as alterações decorrentes do ciclo menstrual.

Estes casos precisam de uma avaliação do ginecologista ou mastologista para que a causa da da dor seja identificada.

Perda da sensibilidade
Muitas mulheres apresentam uma perda temporária da sensibilidade após a colocação de uma prótese mamária.

Na maior parte das vezes, no entanto, esta sensibilidade melhora após um período de 6 meses a 01 ano.

O risco de perda de sensibilidade é maior em mulheres que realizam uma incisão mamilar para a introdução da prótese.

Problemas com a cicatriz
No curto prazo, há o risco de uma deiscência da cicatriz, que acontece quando os pontos cedem e a ferida se abre.

Isso pode ocorrer nas duas primeiras semanas de pós-operatório, enquanto o ponto ainda está fechando
A deiscência é mais comum em pessoas com diabetes, tabagistas e em decorrência de uma infecção ou de um trauma.

Por outro lado, o uso do sutiã cirúrgico e o respeito ao protocolo de recuperação pós operatória minimizam o risco de deiscência.

No médio prazo, há o risco de formação de queloide ou cicatriz hipertrófica.

Estes são problemas associados a uma produção excessiva de colágeno e que deixam a cicatriz cirúrgica mais feia e perceptível.

Evitar o sol nos seis primeiros meses após a cirurgia e o uso regular de protetores solares ajudam a minimizar este risco.

Infecção da prótese de silicone
Ainda que o risco exista e que todos os cuidados devam ser adotados para evita-la, a infecção é uma complicação incomum após a colocação de uma prótese de silicone.

Dupla bolha
Independentemente de se ter ou não silicone, a mama tende a ceder pela ação do tempo e da gravidade.

O efeito da dupla bolha no silicone ocorre quando os seios ficam flácidos e cedem. O implante, quando colocado por baixo do músculo, permanece na posição original, criando um aspecto de seio duplo.

Essa condição não oferece riscos à saúde, afetando somente a estética.

É uma complicação incomum que, quando ocorre, tende a se desenvolver vários anos após a cirurgia.

Queda da prótese
Quando a prótese de silicone é colocada em posição subglandular (por cima do músculo), é normal que, com o passar do tempo, a combinação do peso da prótese com a tendência a flacidez faça com que a prótese caia.

Deslocamento da prótese
A prótese de silicone pode sair do lugar devido a um esforço físico excessivo no período pós-operatório inicial, ou mais tardiamente, em decorrência de algum trauma, como batidas de carro ou outros acidentes.

A prótese deslocada pode estar solta, virada, dobrada. Para cada caso, existe um tratamento específico.

quando a prótese mamária é deslocada, a ponta da prótese não mais coincide com o centro da aréola. Isso poderá ser observado durante o exame feito pelo mastologista ou pelo cirurgião plástico.

Rompimento da prótese de silicone
O rompimento de uma prótese de silicone é uma complicação bastante incomum atualmente. Ela pode acontecer devido a um trauma significativo sobre a mama ou em decorrência do desgaste do implante, o que é extremamente incomum em uma prótese de boa qualidade.

Os sintomas da prótese de silicone rompida são dores, inflamação na mama e alteração no formato estético dos seios.

Mesmo que isso venha a acontecer, os implantes mais modernos são preenchidos com gel de silicone de alta coesividade, o que impede seu vazamento pelo organismo.

Contratura (rejeição)
Logo após a cirurgia o organismo forma uma cápsula em torno da prótese como reação a um corpo estranho ao organismo. Esta é uma reação natural e esperada e que inclusive ajuda a fixar a prótese nos tecidos ao redor.

Quando esta reação é exagerada, no entanto, há um processo de contratura capsular ou rejeição. Isso pode deixar a mama mais rígida, com formato alterado e pode causar dores, podendo ser necessário trocar ou retirar o implante.

Infelizmente essa é uma resposta do organismo que não há como prever antes da cirurgia.

Estrias
As estrias podem se formar em decorrência da tensão na pele, especialmente em mulheres magras, com a pele muito fina e com seios pequenos que colocam próteses de silicone mais volumosas.

Uma boa hidratação da pele antes e depois da cirurgia ajuda a minimizar o risco de formação de estrias.

Risco de câncer de mama

Diversos estudos mostram que o implante de silicone não aumenta o risco de câncer de mama. Ou seja, as chances de desenvolver câncer são as mesmas em quem tem ou quem não tem próteses (1).

A única diferença é que a prótese pode dificultar, mas não impedir, a realização da mamografia para rastreamenteo do câncer. Ela pode exigir

algumas adaptações no posicionamento da paciente e do aparelho no momento do exame.

Mulheres com prótese de silicone devem fazer o exame de mamografia ou ultrassom das mamas anualmente, como prevenção, independentemente de estar acima ou abaixo dos 40 anos.

Caso uma paciente com silicone venha a desenvolver câncer de mama, o tratamento cirúrgico irá levar em consideração a presença do implante. Com frequência, ele precisa ser retirado ou trocado, mas sem que haja qualquer prejuízo em termos de taxas de cura.

Quando a prótese mamária precisa ser trocada?

Até os anos de 1980 ou 1990, a maioria das próteses precisavam ser substituídas em aproximadamente 10 anos. Com a melhora na qualidade dos implantes, no entanto, a maioria das mulheres podem ficar com uma prótese por toda a vida atualmente sem precisar substituí-la.

O principal motivo para a troca da prótese, atualmente, é o desejo da mulher em aumentar ou diminuir o volume das mamas.

A prótese pode também ter que ser substituída em decorrência de contratura, ruptura e infecção em longo prazo, mas estas são complicações incomuns. A probabilidade de ter que trocar um implante por conta da contratura ou ruptura é inferior a 1% com os implantes mais modernos.