Oftalmologia Pediátrica

A avaliação da criança pelo oftalmologista pediátrico é recomendada em diversas situações, incluindo:

• Bebês nascidos prematuramente
• Bebês nascidos com alguma condição que aumenta o risco de problemas oculares, como a síndrome de Down
• Crianças com deficiência de aprendizagem ou atraso no desenvolvimento
• Todo recém-nascido deve ser submetido ao teste do Olhinho (teste do reflexo vermelho) até 72 horas de vida;
• Bebês de 6 a 12 meses podem ser submetidos a um exame oftalmológico completo. Isso é indicado especialmente para aqueles com histórico familiar de distúrbios oculares na infância.
• Crianças de 3 a 5 anos (idealmente aos 3 anos) devem ser submetidas a um exame oftalmológico completo;

Além disso, o oftalmologista também deve ser consultado na presença de certos sinais de que a criança pode ter um problema ocular, incluindo:

• Sensibilidade à luz
• Olhos cruzados
• Pus ou crosta persistente
• vermelhidão ou olhos lacrimejantes
• Esfregando os olhos com frequência
• Crianças que inclinam a cabeça para enxergar melhor

A catarata infantil é uma condição na qual a lente do olho, que normalmente é clara, se torna turva.

Ela pode estar presente ao nascimento ou pode se desenvolver a qualquer momento durante a infância.

Em alguns casos, a catarata pode ser removida cirurgicamente.

Cerca de 4% das crianças menores de 6 anos experimentam alguma forma de estrabismo, uma condição na qual os olhos apontam em direções diferentes em vez de trabalharem juntos.

O tratamento precoce por um oftalmologista pediátrico pode corrigir o estrabismo e evitar que ele afete o desenvolvimento da visão.

A ambliopia se refere a uma redução da visão que ocorre porque o cérebro ignora a imagem recebida de um dos olhos.

A causa mais comum de ambliopia é a necessidade de óculos que passa despercebida em uma criança pequena, devido a condições como a catarata pediátrica ou o estrabismo.

Caso o distúrbio não seja diagnosticado e tratado precocemente, o comprometimento da visão pode ser permanente.

Canais lacrimais bloqueados é uma condição comum em recém-nascidos.

Depois que uma pessoa produz a lágrima, uma parte dela deve evaporar e a outra é absorvida pelo canal lacrimal no canto do olho, indo para o nariz e outras vias.

Quando isso não acontece corretamente, há um acúmulo de lágrima e secreção na superfície ocular.

Como consequência, o bebê desenvolve sintomas como olhos lacrimejantes, olhos vermelhos, secreção (remela) em excesso, crostas na pálpebra e inchaço do canto interno do olho.

Os bloqueios nos canais lacrimais quase sempre desaparecem por conta própria entre os seis e os doze meses de idade. Caso contrário, o oftalmologista pediátrico pode realizar um procedimento para abri-los.

O glaucoma infantil é um problema congênito incomum que impede a drenagem do líquido da parte da frente do olho, levando a um aumento na pressão intraocular. Ele acomete cerca de um a cada 10 mil recém-nascidos.

Normalmente o humor aquoso, que é o líquido que nutre o olho, é produzido pelo corpo ciliar atrás da íris, na câmara posterior do olho, e flui pela para a parte da frente do olho. Dali ele é removido pelos canais de drenagem localizados entre a íris e a córnea.

Quando a drenagem é bloqueada, o líquido passa a se acumular, levando a um aumento na pressão intraocular.

O glaucoma infantil pode afetar um único olho ou, mais frequentemente, ambos os olhos.