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Microcefalia

O que é microcefalia?

A microcefalia é uma condição em que a cabeça de um bebê é muito menor do que o esperado.
Ela pode ocorrer porque o cérebro de um bebê não se desenvolveu adequadamente durante a gravidez ou porque parou de crescer após o nascimento.

Quais as causas da microcefalia?

Alguns bebês podem ter microcefalia como uma condição familiar. Da mesma forma que uma pessoa pode ser alta ou baixa, branca ou negra, a cabeça também pode ser maior ou menor sem que se tenha nenhuma justificativa para isso.
Em outros casos, ela pode estar associada a diferentes tipos de condições, incluindo:

  • Problemas durante a gestação, incluindo:
  • Infecções gestacionais, como rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus ou Zica Vírus.
  • Desnutrição materna grave.
  • Exposição a substâncias nocivas, como álcool, tabaco, outras drogas recreativas ou produtos químicos tóxicos.
  • Interrupção do suprimento de sangue para o cérebro do bebê durante o desenvolvimento.
  • Fenilcetonúria, uma condição na qual a mãe não é capaz de quebrar o aminoácido fenilalanina
  • Complicações do parto, como a falta de oxigenação cerebral, resultando em Paralisia Cerebral.
  • Craniossinostose: fusão precoce das articulações (suturas) entre as placas ósseas que formam o crânio.
  • Alterações genéticas, como a Síndrome de Down.

Quais as consequências da microcefalia?

A microcefalia de origem familiar, em que não existe nenhuma outra condição associada, é inofensiva e não tem maiores implicações.
Nos casos em que ela se desenvolve de forma secundária a uma outra condição, ela pode estar associada a diferentes tipos de complicações, incluindo:

  • Convulsões e epilepsia.
  • Atraso no desenvolvimento, como problemas com a fala ou outros marcos do desenvolvimento (como sentar, ficar de pé e andar).
  • Deficiência intelectual.
  • Problemas de movimento e equilíbrio.
  • Problemas de alimentação, como dificuldade para engolir.
  • Perda auditiva.
  • Problemas de visão.
  • Esses problemas podem variar de leves a graves e geralmente duram a vida toda.

Qual a evolução esperada do bebê com microcefalia?

No momento do nascimento, pode ser difícil de prever quais serão as implicações decorrentes da microcefalia.
Assim, estes bebês devem ser acompanhados de perto pelo neuropediatra ao longo do crescimento, para que eventuais alterações sejam identificadas e tratadas precocemente.

Diagnóstico da microcefalia

O diagnóstico da Microcefalia pode ser feito ainda antes do nascimento, a partir do ultrassom pré-natal realizado no final do segundo trimestre ou no início do terceiro trimestre.

Após o nascimento, a aferição do diâmetro cefálico deve fazer parte da avaliação pediátrica de rotina feita até os cinco anos de idade.

Esta medida é então colocada em um gráfico de crescimento esperado de crianças da mesma idade e sexo.

Se a microcefalia for encontrada, o próximo passo é a busca por possíveis causas.

Inicialmente, é feita uma revisão do histórico de saúde da criança, incluindo a avaliação de eventuais atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, avaliação do histórico gestacional da mãe e pesquisa de eventuais sintomas, como irritabilidade, vômitos, choro inconsolável ou convulsões.

Diferentes tipos de exames poderão ser realizados, a depender da suspeita clínica. Entre eles, incluem-se:

  • Exames de imagem para a avaliação da estrutura cerebral, incluindo o ultrassom, tomografia computadorizada ou Ressonância Magnética.
  • Exame de líquor
  • Exames laboratoriais

Tratamento

A microcefalia é uma condição vitalícia. Isso significa que não há cura conhecida para esta condição.

Nos casos em que ela tem origem familiar e nenhuma outra condição associada, o bebê deve apenas ser monitorado na busca de eventuais causas ocultas que possam estar contribuindo para o problema.

Nos demais casos, o tratamento depende da causa e das eventuais repercussões clínicas.

No bebê com craniossinostose, o tratamento cirúrgico é indicado na maior parte das vezes.

Medicamentos específicos podem ser usados, por exemplo, no bebê que desenvolve epilepsia.

As perdas auditiva ou visual também exigem tratamentos específicos.

Outros tratamentos de suporte podem incluir:

  • Fisioterapia;
  • Fonoaudiologia;
  • Terapia Ocupacional;
  • Psicoterapia.