Meningioma
O que é um meningioma?
O Meningioma é o tipo mais comum de tumor cerebral. Ele se forma nas meninges, uma estrutura com três camadas que reveste e protege o cérebro e a medula espinhal.
As três camadas da meninge são a dura-mater (externa), a aracnoide (intermediária) e a pia-mater (interna).
O meningioma tem origem nas células da membrana aracnoide, que é a camada intermediária da meninge.
A maioria dos meningiomas são benignos, embora alguns casos sejam malignos. Entretanto, eles podem crescer bastante para dentro do cérebro antes de serem diagnosticados e, mesmo que benignos, podem ser fatais se comprimirem e afetarem áreas próximas do cérebro.
Os meningiomas podem acontecer em qualquer idade. Entretanto, eles são mais comuns em adultos do que em crianças. A idade média no momento do diagnóstico é de 66 anos.
Classificação
O meningioma é classificado em três graus:
Grau I
Meningioma benigno que cresce lentamente. Eles representam aproximadamente 80% dos meningiomas.
Grau II
Meningioma benigno, mas que cresce mais rapidamente e pode ser mais resistente ao tratamento. Eles representam aproximadamente 17% dos casos.
Grau III
Meningioma maligno, que cresce e se espalha rapidamente. Eles representam aproximadamente 1,7% dos meningiomas.
Quais os sintomas do meningioma?
O meningioma não provoca qualquer sintoma até que ele cresça o suficiente para comprimir uma estrutura ao redor.
Alguns dos sintomas que podem estar associados a um meningioma cerebral incluem:
- Dor de cabeça.
- Tontura.
- Nausea e vomito.
- Alterações da visão,
- Perda de audição.
- Convulsões.
- Alterações comportamentais ou de personalidade.
- Problemas de memória.
- Hiperreflexia
- Fraqueza muscular ou paralisia.
Já os sintomas dos meningiomas espinhais costumam provocar os seguintes sinais e sintomas:
- Dor no local do tumor.
- Dor irradiada (radiculopatia).
- Fraqueza ou paralisia
- Redução no tônus muscular (hipotonia)
- Hipereflexia
Vale considerar, porém, que os sintomas podem variar bastante, a depender de que parte do sistema nervoso central que está sendo comprimida.
Como exemplo, podemos dizer que:
- Os meningiomas do sulco olfatório podem provocar a perda parcial ou total do olfato.
- Os meningiomas da linha média frontal posterior podem levar à paralisia das pernas.
- Meningiomas da asa esfenoidal podem levar ao abaulamento de um ou ambos os olhos (proptose).
Diagnóstico do meningioma
O meningioma não provoca sintomas em suas fases iniciais, de forma que o diagnóstico na maior parte das vezes é feito de forma tardia.
Eventualmente, ele pode ser descoberto por acaso, em um exame realizado por motivos que nada tinham a ver com o hemangioma em sí.
No paciente com sinais e sintomas característicos, o primeiro passo é a realização de exames de imagem.
A ressonância Magnética, especialmente a resssonância magnética com contraste, é o melhor exame para diagnosticar os tumores cerebrais, incluindo o hemangioma.
No paciente que tem alguma restrição para realizar a ressonância magnética, o exame de escolha é a tomografia computadorizada com contraste.
Caso exista dúvidas diagnósticas após os exames de imagem, pode ser necessária a realização de uma biópsia.
Além de confirmar o diagnóstico, a bíopsia permite determinar se o tumor é benigno ou maligno e permite avaliar o grau do tumor.
Tratamento do meningioma
O tratamento do meningioma depende do tamanho, da localização, dos sintomas e do grau do tumor.
Entre os possíveis tratamentos, incluem-se:
- Observação;
- Cirurgia;
- Radioterapia;
- Quimioterapia.
Observação
A observação pode ser considerada no caso de um tumor pequeno e pouco sintomático.
Ela também pode ser considerada quando o tratamento implicar em um risco significativo para a saúde e para a vida.
Caso em um segundo momento o tumor passe a crescer mais rapidamente ou se torne mais sintomático, a escolha de tratamento pode ser reavaliada.
Cirurgia
A ressecção cirúrgica do tumor é a primeira escolha no caso de um meningioma grande ou sintomático.
O objetivo da cirurgia deve ser a remoção máxima e segura do tumor, minimizando-se o dano ao tecido nervoso circundante.
Aproximadmaente 70% a 80% dos pacientes podem ter uma remoção completa e curativa do meningioma.
A capacidade de conseguir este objetivo pode ser limitada por diferentes fatores, incluindo a localização do tumor e se ele está conectado ao tecido cerebral ou veias circundantes.
Radioterapia
A radioterapia é o tratamento de primeira linha para meningiomas que não podem ser totalmente removidos por meio da cirurgia ou quando o risco da cirurgia supera o benefício potencial.
Quimioterapia
A quimioterapia pode ser recomendada para pessoas com meningiomas recorrentes ou progressivos e que não respondem mais à cirurgia ou radioterapia.
Este é um tratamento limitado à minoria dos casos de meningioma.